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Previous issue date: 2017-04-18 / A presente investigação intitulada “Terra, Raça, Classe e Estratégia” visa compreender qual a relação da luta do MST pela Reforma Agrária com o debate sobre a questão racial. Partindo das contribuições teóricas dos sociólogos Clóvis Moura e Florestan Fernandes entre outros autores, nosso estudo tem como finalidade levantar subsídios para a percepção de como as desigualdades sociais e territoriais no campo estão intrinsicamente ligadas às desigualdades raciais. No nosso estudo investigaremos de que maneira o MST historicamente pensa a questão racial associada a luta pela Reforma Agrária, visto que a maioria das pessoas que compõem os assentamentos e acampamentos são negros e negras. A partir desse diagnóstico visamos compreender de que maneira a estratégia de luta do MST se associa à luta contra o racismo, como legado da escravidão e do latifúndio no Brasil. Na perspectiva de contextualizar esta análise em sua possível efetivação nas esferas individual e coletiva, analisaremos a possibilidade de encontrar elementos que apontem para a relação entre terra, raça e classe do ponto de vista da contribuição para o avanço da luta da classe trabalhadora. O estudo parte da hipótese de que o MST não desenvolveu o debate sobre a questão racial como avançou no debate sobre a questão de gênero e a questão LGBT. Porém, constatamos nas entrevistas com militantes do MST da Bahia, um grande potencial para que o debate avance internamente na organização. Pois compreendemos que a questão agrária e a questão racial estão articuladas historicamente no Brasil, sendo marcas do trauma da colonização e da escravidão, que legaram ao país um sistema de divisão da terra desigual e uma estrutura racial que vitimizam a maioria da população pobre e negra com o racismo, como marca estruturante da desigualdade social brasileira. Portanto, podemos tratar a luta pela terra também como uma luta pela superação do racismo, bem como da questão racial como pauta de debate na luta pela reforma agrária. / The present research entitled "Land, Race, Class and Strategy" aims to understand the relationship between the MST struggle for Agrarian Reform and the debate on the racial phenomenon. Starting from the theoretical contributions of sociologists Clóvis Moura and Florestan Fernandes among other authors, our study has the purpose of raising subsidies for the perception of how social and territorial inequalities in the field are intrinsically linked to racial inequalities. In our study we will investigate how the MST historically thinks the racial issue associated with the struggle for Agrarian Reform, since most of the people who make up the settlements and camps are Black and Brown. From this diagnosis we aim to understand how the MST's strategy of struggle is associated with the fight against racism, as a legacy of slavery and latifundia in Brazil. In the perspective of contextualizing this analysis in its possible realization in the individual and collective spheres, we will analyze the possibility of finding elements that point to the relation between land, race and class from the point of view of the contribution to the advancement of the struggle of the working class. The Study starts from the hypothesis that the MST did not develop the debate on the racial issue as it advanced in the debate on the issue of gender and the LGBT question. However, we verified in interviews with militants of the MST of Bahia, a great potential for the debate to advance internally in the organization. For we understand that the agrarian question and the racial question are historically articulated in Brazil, being the marks of the trauma of colonization and slavery, which left the country with a system of uneven land division and a racial structure that victimize the majority of the poor and Black with racism, as a structuring mark of Brazilian social inequality. Therefore we can treat the struggle for land, as well as a struggle to overcome racism, as well as a racial issue as a debate in the struggle for agrarian reform. / Esta investigación titulado "Tierra, raza, clase y Estrategia", que tiene como objetivo comprender la relación de la lucha del MST por la reforma agraria con el debate sobre el fenómeno racial.Sobre la base de las contribuciones teóricas de los sociólogos Clóvis Moura y Florestan Fernandes, entre otros, nuestro estudio tiene como objetivo aumentar los subsidios para la percepción de cómo las desigualdades sociales y territoriales en el campo están intrínsecamente ligadas a las desigualdades raciales. En nuestro estudio vamos a investigar cómo el MST pensar históricamente el problema de la raza asociada con la lucha por la reforma agraria, ya que la mayoría de las personas que conforman los asentamientos y campamentos son hombres y mujeres de raza negra. Con este diagnóstico se pretende entender cómo la estrategia de lucha MST se asocia con la lucha contra el racismo como un legado de la esclavitud y el latifundio en Brasil. Con el fin de contextualizar este análisis de su posible eficacia en las esferas individuales y colectivas, vamos a examinar la posibilidad de encontrar elementos que apuntan a la relación entre la tierra, la raza y el punto de vista de la contribución clase para el avance de la lucha obrera. El estudio parte de la hipótesis de que el MST no se ha desarrollado el debate sobre la raza a medida que avanzaba en el debate sobre la cuestión de la cuestión de género y LGTB.Sin embargo, encontramos las entrevistas a militantes del MST Bahía, un gran potencial para el debate proceder internamente en la organización. Porque entendemos que la cuestión agraria y la cuestión racial se articulan históricamente en Brasil, marcas de trauma de colonización y la esclavitud, que legó al país un sistema de división de un terreno irregular y un marco racial que victimiza a la mayoría de los pobres y el racismo negro como la marca estructuración de la desigualdad social brasileña. Así podemos tratar la lucha por la tierra, así como por la superación de la lucha contra el racismo, así como la cuestión racial como una agenda para la discusión en la lucha por la reforma agraria.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unesp.br:11449/153932 |
Date | 18 April 2017 |
Creators | Souza, Raumi Joaquim de |
Contributors | Universidade Estadual Paulista (UNESP), Villas Bôas, Rafael Litvin |
Publisher | Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNESP, instname:Universidade Estadual Paulista, instacron:UNESP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 600, 600 |
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