Return to search

Recurrence of Varicose Veins After Surgery

Introdução:
A recorrência de varizes após cirurgia (REVAS) é um problema comum, complexo e dispendioso dos tratamentos de varizes disponíveis e a sua etiologia continua pouco compreendida.
O objetivo deste estudo é analisar as caraterísticas dos doentes que poderão contribuir significativamente para a REVAS.
Métodos:
Estudo de coorte observacional, retrospetivo, que incluiu pacientes submetidos à VVS num hospital terciário em 2016. Foram excluídos os pacientes sem qualquer registo pré-operatório de eco-doppler dos membros inferiores ou sem contacto telefónico nos seus registos clínicos.
Todos os pacientes incluídos responderam, por telefone, a um questionário sobre demografia, comorbilidades, hábitos de vida, e o seu estado atual da doença venosa. Foram extraídos dos registos clínicos detalhes do tipo de cirurgia e do eco-doppler previamente realizado. Os principais objetivos foram a melhoria sintomática, melhoria do CEAP e taxas de intervenção secundária devido à REVAS, 5 anos após a cirurgia. Outro objetivo foi a comparação de pacientes submetidos um vez vs. VVS repetida num estudo caso controlo.
Resultados:
De um total de 1115 pacientes submetidos a VVS em 2016, foram incluídos 328 no estudo. A maioria dos pacientes eram mulheres (74%), e a idade média de intervenção foi de 4911 anos.
A melhoria sintomática 5 anos após a cirurgia foi referida por 89 pacientes (27,1%). A realização da primeira VVS foi associada à melhoria sintomática (30,6% vs 18,5% na VVS repetida; P=0,026).
A melhoria do CEAP 5 anos após a cirurgia foi relatada em 162 pacientes (49,4%). Sexo masculino (34,0% versus 18,2%; P=0,002), ausência de patologia osteoarticular (95,1% versus 88,6%; P=0,032), ausência de história de trombose venosa superficial (79,6% versus 68,7%; P=0,024) foram associados a melhoria do CEAP.
A taxa de intervenção secundária por REVAS foi de 4,9% em 5 anos.
Noventa e dois pacientes (28%) de toda a amostra tiveram VVS repetida. Pacientes submetidos a VVS repetida foram mais frequentemente tratados com injeção venosa de espuma em comparação com pacientes que tiveram a sua primeira VVS (3,3% vs 0%; P = 0,02). Além disso, os pacientes submetidos a VVS repetida eram mais velhos (48,3 vs. 58,6 anos; P = 0,01), tinham mais história de trombose venosa superficial (19,6% vs. 42,2%; P <0,01) e de trombose venosa profunda (1,7% vs. 6,5%; P <0,023).
Conclusão:
A melhoria sintomática e a melhoria do CEAP aos 5 anos após a VVS é baixa, particularmente para mulheres e pacientes com patologia osteoarticular ou história de trombose venosa superficial. Mais estudos que considerem os fatores de risco, o estilo de vida e as comorbidades como causa de recorrência de varizes são de grande importância para discutir melhor com os pacientes sobre os riscos e benefícios de uma VVS. / Introduction:
Recurrent varicose veins after surgery (REVAS) are a common and costly problem of the available treatments and the etiology of these recurrences is still poorly understood.
Our aim is to analyze patient's characteristics that could significantly contribute for REVAS.
Methods:
This was an observational, retrospective cohort study, that included consecutive patients who underwent VVS in a tertiary hospital in 2016. Patients were excluded if: did not have a preoperative lower limb venous ultrasound registry or if did not have phone contact available.
All included patients answered to a questionnaire about demographics, comorbidities, life-style habits, and the current venous disease status. Surgery type and Doppler-ultrasound details were extracted from the clinical registries. Primary outcomes were symptomatic improvement, CEAP improvement and rate of secondary intervention due to REVAS at 5 years after surgery. Secondary outcome was to compare patients submitted to first versus redo VVS in a case-control design.
Results:
From a total of 1115 patients that underwent VVS in 2016, 328 were included in the study. The majority of patients were women (74%) and the mean age at intervention was 4911 years.
Symptomatic improvement 5 years after surgery was referred by 89 patients (27.1%). Undergoing the first VVS was associated with symptomatic improvement (30.6% vs 18.5% in redo VVS; P=0.026).
CEAP improvement 5 years after surgery was reported in 162 patients (49.4%). Male gender (34.0% versus 18.2%; P=0.002), absence of osteoarticular pathology (95.1% versus 88.6%; P=0.032), absence of superficial vein thrombosis history (79.6% vs 68.7%; P=0.024) were associated with CEAP improvement.
Rate of secondary intervention due to REVAS was 4.9% at 5 years (Figure 1).
Ninety-two patients (28%) from the whole sample had redo VVS. Patients undergoing redo VVS were more often treated with foam venous injection compared to patients that had their first VVS (3.3% vs 0%; P=0.02). Furthermore, patients undergoing redo VVS were older (48.3 vs. 58.6 years; P=0.01), had more often a history of superficial vein thrombosis (19.6% vs. 42.2%; P<0.01) and of deep vein thrombosis (1.7% vs 6.5%; P<0.023).
Conclusion:
At 5 years, symptomatic and CEAP improvement after VVS is low, particularly for women, in patients with osteoarticular pathology or history of superficial vein thrombosis and after redo VVS. Further studies considering lifestyle risk factor and comorbidities as a cause for varicose veins recurrence are of major importance to better discuss with the patients the risks and benefits of a VVS.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/142049
Date25 March 2022
CreatorsCatarina Maria Vieira Brazão
ContributorsFaculdade de Medicina
Source SetsUniversidade do Porto
LanguageEnglish
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsopenAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/

Page generated in 0.0022 seconds