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Realidade Virtual como Abordagem Terapêutica Não Farmacológica para a Depressão na Demência: Uma Revisão Sistemática

Objetivos: A depressão é dos sintomas comportamentais e psicológicos da demência (SCPDs) mais frequente e, quando não tratada, tem sido associada a uma série de efeitos negativos. A realidade virtual (RV) tem ganho popularidade como uma abordagem não farmacológica para os SCPDs. No entanto, a eficácia da RV na depressão relacionada com demência ainda é inconclusiva. Esta revisão tem como objetivo avaliar o efeito das intervenções de RV na redução da depressão ou sintomas depressivos em pessoas com demência (PcD).
Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática seguindo as diretrizes PRISMA 2020 e o protocolo do estudo foi registado no PROSPERO. As bases PubMed, Scopus e Web of Science foram pesquisadas desde o seu início até março de 2022 para estudos experimentais avaliando o efeito da RV na depressão. Para cada estudo elegível, o risco de viés foi determinado com a ferramenta Cochrane "Risk of Bias" (RoB 2.0) e a ferramenta "Risk of Bias In Non-randomized Studies of Interventions" (ROBINS-I). Foi realizada uma síntese narrativa.
Resultados: Dos 617 registos identificados, seis estudos cumpriram todos os critérios de elegibilidade. Estes compreendem 300 PcD. Dois estudos foram considerados com risco de viés de "algumas preocupações" e quatro de risco "alto"/"crítico". Três estudos relataram efeitos não estatisticamente significativos da RV em comparação com o grupo de controlo ou com os dados de base dos participantes, e três relataram efeitos positivos significativos.
Conclusões: Até agora, existe apenas fraca evidência de que intervenções de RV podem melhorar a depressão em PcD. Apesar disso, a RV é promissora, pois nenhum aumento nos sintomas depressivos foi relatado, portanto pesquisas futuras devem abordar as limitações metodológicas e a escassez da evidência existente. / Objectives: Depression is one of the most frequent behavioral and psychological symptoms of dementia (BPSDs) and, when untreated, has been associated with a range of negative outcomes. Virtual reality (VR) has been gaining popularity as a non-pharmacological approach to BPSDs. However, the efficacy of VR in dementia-related depression is still uncertain. This review aims to evaluate the effect of VR interventions in the reduction of depression or depressive symptoms in people with dementia (PwD).
Methods: A systematic review was conducted following PRISMA 2020 guidelines and the study protocol was registered in PROSPERO. PubMed, Scopus, and Web of Science databases were searched from inception to March 2022 for intervention studies evaluating the effect of VR in depression. For each eligible study, risk of bias was assessed with Cochrane "Risk of Bias" tool (RoB 2.0) and Risk of Bias In Non-randomized Studies of Interventions tool (ROBINS-I). A narrative synthesis was undertaken.
Results: Of 617 records identified, six studies fully met the eligibility criteria. These comprise 300 PwD. Two studies were deemed to have "some concerns" risk of bias, and four "high"/"critical" risk. Three studies reported no statistically significant effects of VR compared to the control group or to baseline patient data, and three reported significant positive effects.
Conclusions: So far, only weak evidence that VR interventions may benefit depression in PwD is provided. Notwithstanding this, VR holds promise as no increase in depressive symptoms has been reported, so future research should address the methodological limitations and narrow scope of the existing evidence.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/142212
Date25 March 2022
CreatorsJoana Jardim Freitas Soares
ContributorsFaculdade de Medicina
Source SetsUniversidade do Porto
LanguageEnglish
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsrestrictedAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/

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