Return to search

A Review of the Mad Genius: Creativity in Patients with Bipolar Disorder

A doença afetiva bipolar (BD) é um subgrupo de doenças afetivas, caraterizado pela presença de episódios depressivos alternados com episódios de mania ou hipomania. Desde a Grécia Antiga, tem sido estabelecida uma relação entre a presença de BD e o maior nível de criatividade nestes pacientes. Esta associação teve por base a associação empírica de uma elevada prevalência da doença em artistas reconhecidos, como poetas e músicos. Recentemente, novos estudos epidemiológicos têm verificado esta associação entre o nível de criatividade e a BD, sendo que alguns autores sugerem que o um elevado grau de criatividade pode ser um fator preditor para o diagnóstico da doença. O aumento da criatividade parece também estar presente em familiares sem patologia de doentes com BD, bem como em indivíduos com vulnerabilidade genética para a doença. Embora ainda se desconheçam os mecanismos responsáveis pelo aumento da criatividade nos doentes bipolares, formularam-se hipóteses relacionadas com um conjunto de traços presentes nos indivíduos, tais como o pensamento divergente, impulsividade, ambição, afetividade positiva, processamento cognitivo intuitivo, função executiva, e abertura à experiência. De acordo com a evidência atual, é sugerido que os níveis mais subclínicos e moderados da doença são os que apresentam mais vantagens a nível criativo, comparativamente às formas mais graves, onde a disfunção cognitiva compromete o pensamento criativo. Nesta revisão, é feita uma compilação e análise crítica da literatura mais recente relativamente ao tema da criatividade em pacientes com doença bipolar. Sendo ainda uma área de investigação recente e escassa, reforça-se a necessidade de clarificar, no futuro, os mecanismos responsáveis pelo aumento da criatividade em doentes bipolares, bem como a sua transmissão intergeracional, e a otimização dos efeitos dos fármacos usados na BD. / Bipolar affective disorder (BD) is an impairing and lifelong subgroup of affective disorders, characterized by depressive and manic or hypomanic episodes. Since the time of Ancient Greece, it has been associated with increased creativity. Association arose after empirically observing an overrepresentation of BD in distinguished artists, such as poets and musicians. Recently, high-quality epidemiological studies started using more methodological approaches, highlighting an association between a standardized measure of creativity and BD, some suggesting that its level may have a role in predicting the diagnosis. The level of creativity seems to be enhanced in unaffected relatives of BD patients, as well as in individuals with genetic vulnerability for the disorder. Though not much is known about the mechanisms that lead to increased creativity, multiple qualities related to BD have been hypothesized, including divergent thinking, impulsivity, ambitiousness, positive affectivity, intuitive cognitive processing, executive function, and openness to experience. There is evidence that subclinical-mild and clinical-moderate levels of BD can have more creative advantages than severe forms of BD, in which cognitive impairment causes compromise of creative thinking. In this article, we provide a summary and critical review of current findings in the field. Since there is still little research regarding the covered topics, we conclude there is a necessity for future investigation, clarification of intergenerational transmission of creativity, mechanisms leading to increased creativity, and potentiation of medication effects.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/142005
Date25 March 2022
CreatorsJoão Carlos da Costa Teixeira
ContributorsFaculdade de Medicina
Source SetsUniversidade do Porto
LanguageEnglish
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsrestrictedAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/

Page generated in 0.0013 seconds