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The role of stereotactic radiosurgery(SRS) in treatment of cerebral metastases from lung cancer.

Introdução
As metástases cerebrais são muito frequentes em pacientes com cancro do pulmão. No cancro do pulmão de células não pequenas (CPCNP) quase 40% dos pacientes desenvolverão metástases cerebrais durante a sua doença e este número pode ser ainda maior nos pacientes com mutação do recetor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). A radiocirurgia estereotáxica (SRS) tornou-se uma terapia de primeira linha bem estabelecida para doentes com um número limitado de metástases cerebrais de cancro do pulmão. O objetivo deste estudo foi, portanto, avaliar a eficácia da SRS em metástases cerebrais de cancro do pulmão com diferentes características histopatológicas e avaliar o padrão e as características imagiológicas das metástases cerebrais.
Pacientes e métodos
Fizemos uma revisão dos registos de casos de pacientes com cancro do pulmão e evidência de metástases cerebrais da base de dados do IPO do Porto, entre 2011 e 2020. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente.
Resultados
Analisamos 84 pacientes com metástases cerebrais de cancro do pulmão. Constatamos que durante o follow-up das metástases cerebrais após SRS, aos 3, 6 e 12 meses, a maioria delas reduziu ou manteve o seu tamanho. Os pacientes com metástases cerebrais que apresentavam realce de sinal heterogéneo após a administração de produto de contraste tendem a apresentar um maior número de lesões, um maior diâmetro das lesões e maiores níveis de volume tumoral total em comparação com pacientes com lesões que mostraram um realce de sinal homogéneo após a administração de produto de contraste. Também notamos que os homens tendem a ser mais velhos que as mulheres, tanto no momento do diagnóstico do tumor primário, quanto das metástases cerebrais. Os fumadores têm níveis mais elevados de volume tumoral total do que os não fumantes. Houve uma correlação entre a existência de metástases extracranianas no momento da SRS e lesões cerebrais de menor diâmetro. Os pacientes com melhoria dos sintomas após a SRS receberam níveis mais elevados de dose total de radiação durante a SRS.
Conclusões
A SRS provou ser uma escolha eficaz e adequada para o tratamento de pacientes com um número limitado de metástases cerebrais de cancro do pulmão, proporcionando um bom controlo local das metástases cerebrais. A histopatologia da metástase cerebral e algumas características imagiológicas das metástases cerebrais de cancro do pulmão podem predizer a evolução do tamanho das metástases cerebrais após SRS, ajudando a definir os pacientes que são os melhores candidatos para SRS. No entanto, não foi possível fazer uma previsão sobre o prognóstico das metástases cerebrais tratadas com SRS com base no seu padrão de distribuição. Estes dados suportam mais pesquisas sobre o tratamento de metástases cerebrais de cancro de pulmão com SRS. Os resultados também mostraram que houve uma associação significativa entre a mutação dominante do tumor cerebral e o seguimento em 3, 6 e 12 meses e o aparecimento de novas lesões. / Introduction
Brain metastases are very common in lung cancer patients. In non-small cell lung cancer (NSCLC) almost 40% of patients will develop brain metastases during their illness and this number may be even higher in patients with mutation of the epidermal growth factor receptor (EGFR). Stereotactic radiosurgery (SRS) has become a well-established first-line therapy for patients with a limited number of brain metastases. The aim of this analysis was therefore to evaluate the efficacy of SRS in lung cancer brain metastases with different histopathological features and to assess the pattern and imaging features of brain metastases.
Patents and methods
We retrospectively reviewed the case records of patients with lung cancer and evidence of brain metastases from the database of IPO Porto between 2011 and 2020. The data obtained were statistically analyzed.
Results
We analyzed 84 patients with brain metastasis from lung cancer. We found that during follow up of brain metastasis after SRS, at 3, 6 and 12 months, most of the lesions reduced or maintained their size. Patients with lesions that showed a heterogeneous contrast enhancement tended to have a higher number of lesions, diameter of lesions and levels of gross tumor volume in comparison with patients with lesions that showed homogeneous contrast enhancement. We also noted that, men tended to be older than women, both at the time of primary tumor and brain metastasis diagnosis. Smokers had higher levels of gross tumor volume than non-smokers. There was a correlation between existence of extracranial metastasis at the time of SRS and lesions with smaller diameter. Patients with symptom improvement after SRS had received higher levels of total radiation dose during SRS. Results also showed that there was a significant association between the dominant mutation of the brain tumor and the follow-up at 3, 6 and 12 months and the occurrence of new brain lesions.
Conclusions
SRS has proved to be an effective and appropriate choice for the treatment of patients with limited number of brain metastases of lung cancer, providing a good local control of brain metastasis. The histopathology of the brain metastasis and some imaging features of the brain metastasis from lung cancer can predict the evolution of brain metastasis after SRS, helping to define which patients are the best candidates for SRS. However, it was not possible to make a prediction about the prognosis of the brain metastasis treated with SRS based on pattern of distribution. These data support further research concerning treatment of brain metastasis from lung cancer with SRS.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/141985
Date25 March 2022
CreatorsGazal
ContributorsFaculdade de Medicina
Source SetsUniversidade do Porto
LanguageEnglish
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsopenAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/

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