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The impact of antipsychotics and benzodiazepines in the outcome of acute ischemic stroke

Contexto e Objetivo: Determinar se o uso de antipsicóticos e benzodiazepinas em doentes com AVC se correlaciona com resultados desfavoráveis.
Métodos: Trata-se de um estudo retrospetivo que incluiu doentes consecutivos após AVC isquémico admitidos no nosso centro de AVC durante o ano de 2020. O uso de antipsicóticos e benzodiazepinas foi avaliado através de registos clínicos durante as primeiras 2 semanas de internamento. Os principais resultados incluíram a pontuação na escala de Rankin modificada (mRS) aos 90 dias e os resultados neurológicos precoces com base na variação da pontuação na National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS). O tempo até à alta foi calculado e foi também avaliada a ocorrência de efeitos adversos nas primeiras 2 semanas e a recorrência de acidente vascular cerebral, acidente isquémico transitório, enfarte agudo do miocárdio ou embolia sistémica dentro de 90 dias.
Resultados: Entre os 524 doentes, o uso de antipsicóticos foi detetado em 71 doentes (14%) e o uso de benzodiazepinas em 190 doentes (36%). O uso de antipsicóticos e benzodiazepinas associou-se a uma diferença significativa na independência funcional (mRS 0-2: odds ratio ajustado (ORa)=0.35 (intervalo de confiança (IC) 95% 0.17-0.71), P<0.01 para antipsicóticos; ORa=0.43 (IC 95% 0.27-0.69), P<0.01 para benzodiazepinas) e na pontuação na mRS (regressão ordinal, ORa=2.16 (IC 95% 1.36-3.43), P<0.01 para antipsicóticos; ORa=1.93 (IC 95% 1.39-2.68), P<0.01 para benzodiazepinas). Doentes expostos a antipsicóticos tiveram pior recuperação neurológica aos 14 dias (ORa=0.45 (IC 95% 0.23-0.87), P=0.02) e maior tempo de internamento (ORa=6.87 (CI 95% 1.08-12.67), P=0.02). A mortalidade aos 90 dias foi superior nos doentes expostos às benzodiazepinas (ORa=2.31 (IC 95% 1.24-4.27), P<0.01). Não foram encontradas diferenças na deterioração neurológica entre os grupos.
Conclusões: Este estudo mostra que o uso de fármacos sedativos e antipsicóticos no AVC isquémico agudo está relacionado com piores resultados funcionais aos 90 dias. Este estudo enfatiza as recomendações de modo a evitar estes fármacos e desenvolver estratégias não farmacológicas para lidar com doentes agitados. / Background and Purpose: To determine if the use of antipsychotics and benzodiazepines drugs in stroke patients correlate with unfavorable outcomes.
Methods: This is a retrospective study of consecutive patients with ischemic stroke admitted to our comprehensive stroke center during 2020. Antipsychotic and benzodiazepine uses were assessed through medical records during the first 2 weeks of hospitalization. Major outcomes included modified Rankin scale (mRS) at 90 days and early neurological outcomes based on National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) variation. Time to discharge was calculated and it was also assessed the occurrence of adverse effects in the first 2 weeks and the recurrence of stroke, transient ischemic attack, acute myocardial infarction, or systemic embolism within 90 days.
Results: Among 524 patients, the use of antipsychotics was detected in 71 patients (14%) and the use of benzodiazepines in 190 patients (36%). The use of antipsychotics and benzodiazepines was associated with a significant difference in functional independence (mRS 0-2: adjusted odds ratio (aOR)=0.35 (95% confidence interval (CI) 0.17-0.71), P<0.01 for antipsychotics; aOR=0.43 (95% CI 0.27-0.69), P<0.01 for benzodiazepines) and in mRS (ordinal shift analysis, aOR=2.16 (95% CI 1.36-3.43), P<0.01 for antipsychotics; aOR=1.93 (95% CI 1.39-2.68), P<0.01 for benzodiazepines). Patients exposed to antipsychotics had worse neurological recovery at 14 days (aOR=0.45 (95% CI 0.23-0.87), P=0.02) and higher days of hospitalization (aOR=6.87 (95% CI 1.08-12.67), P=0.02). All-cause mortality at 90 days was higher in patients exposed to benzodiazepines (aOR=2.31 (95% CI 1.24-4.27), P<0.01). No differences were found in the neurological deterioration between groups.
Conclusions: Our study shows that the use of sedative and antipsychotic drugs in acute ischemic stroke is related to worse functional outcomes at 90 days. It emphasizes the recommendations to avoid these drugs and develop non-pharmacological strategies to cope with agitated patients.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/141997
Date25 March 2022
CreatorsDiana Elisa Lopes Barros
ContributorsFaculdade de Medicina
Source SetsUniversidade do Porto
LanguageEnglish
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsrestrictedAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/

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