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Blood Biomarkers for the Diagnosis of Neurodegenerative Dementia - A Systematic Review

O diagnóstico de demências neurodegenerativas é, muitas vezes, desafiante, devido às suas apresentações clínicas serem semelhantes, e à sua sobreposição neuropatológica. A acuidade diagnóstica poderia ser melhorada com biomarcadores específicos de doença. Até à data, apenas a Doença de Alzheimer (DA) possui biomarcadores validados no líquido cefalorraquidiano (LCR) (Aβ42, T-tau e P-tau). No entanto, os procedimentos de análise do LCR, e as modalidades de imagem, por tomografia por emissão de positrões, são ou invasivos, ou caros, e encontram-se frequentemente indisponíveis. Assim, o diagnóstico, geralmente, baseia-se apenas em critérios clínicos. Biomarcadores específicos de doença, facilmente acessíveis, seriam de imenso valor para um correto diagnóstico diferencial entre os subtipos de demência. Neste trabalho, realizámos uma pesquisa sistemática da literatura para identificar biomarcadores no sangue, que poderiam ajudar a diferenciar DA de Degeneração Lobar Frontotemporal (DLFT), incluindo Demência Frontotemporal (DFT), ou DA de Demência com Corpos de Lewy (DCL). A pesquisa foi efetuada em três bases de dados (PubMed, Scopus, e Web of Science). Os estudos que avaliassem os níveis sanguíneos de biomarcadores na DA versus DLFT, ou na DA versus DCL, e a sua acuidade diagnóstica, foram selecionados. Foi realizada meta-análise, quando o mesmo biomarcador era avaliado em três ou mais estudos. Os critérios QUADAS-2 foram utilizados para a avaliação da qualidade. Vinte estudos foram incluídos nesta análise. Coletivamente, 905 pacientes com DA foram comparados com 1.262 pacientes com DLFT, e 209 pacientes com DA foram comparados com 246 pacientes com DCL. Em relação aos biomarcadores para DA versus DLFT, foi encontrada uma excelente acuidade diagnóstica (AUC>0,9) para a p-tau181, a p-tau217, a sinaptofisina, a sinaptopodina, o GAP43 e a calmodulina. Os microRNAs miR-107/miR-335-5p e miR-127-3p, a neurogranina, a sinaptotagmina e o GFAP também demonstraram boa acuidade (AUC=0,8-0,9). Para a distinção de DA versus DCL, apenas os miR-21-5p e miR-451a registaram uma excelente acuidade (AUC>0,9). Esta revisão sistemática destacou o estado da arte de biomarcadores derivados do sangue, que podem, potencialmente, vir a desempenhar um papel importante no diagnóstico de demências neurodegenerativas. Embora vários biomarcadores tenham tido resultados encorajadores, sozinhos ou em combinação, é necessária mais investigação. Estudos longitudinais prospetivos e protocolos consensuais, compreendendo coortes maiores, e modalidades de teste homogéneas entre centros, são essenciais para validar o valor clínico destes biomarcadores derivados do sangue. / Neurodegenerative dementia diagnosis is often challenging due to similar clinical presentations and neuropathological overlap. Disease specific biomarkers could enhance diagnostic accuracy. To date, only Alzheimer's Disease (AD) has core cerebrospinal fluid (CSF) validated biomarkers (Aβ42, T-tau and P-tau). However, CSF analysis procedures and positron emission tomography imaging modalities are either invasive or high-priced, and routinely unavailable. Thus, diagnosis usually relies only on clinical criteria. Easily accessible disease biomarkers would be of utmost value for accurate differential diagnosis of dementia subtypes. Here, we conducted a systematic literature search to identify blood-based biomarkers that could help differentiating AD from Frontotemporal Lobar Degeneration (FTLD), including Frontotemporal Dementia (FTD), or AD from Dementia with Lewy bodies (DLB). Three databases (PubMed, Scopus, and Web of Science) were searched. Studies assessing blood-based biomarkers levels in AD versus FTLD, or AD versus DLB, and its diagnostic accuracy, were selected. When the same biomarker was assessed in three or more studies, a meta-analysis was performed. QUADAS-2 criteria were used for quality assessment. Twenty studies were included in this analysis. Collectively, 905 AD patients were compared to 1262 FTLD patients, and 209 AD patients were compared to 246 DLB patients. Regarding biomarkers for AD versus FTLD, excellent discriminative accuracy (AUC>0.9) was found for p-tau181, p-tau217, synaptophysin, synaptopodin, GAP43 and calmodulin. The microRNAs miR-107/miR-335-5p and miR-127-3p, neurogranin, synaptotagmin and GFAP also demonstrated good accuracy (AUC=0.8-0.9). For AD versus DLB distinction, only miR-21-5p and miR-451a achieved excellent accuracy (AUC>0.9). This systematic review highlighted state-of-the-art blood-biomarkers that might play an important role in the diagnosis of neurodegenerative dementia. Although encouraging results were found for several biomarkers, alone or in combination, further research is warranted. Prospective longitudinal designs and consensual protocols, comprising larger cohorts and homogeneous testing modalities across centres are essential to validate the clinical value of these blood-derived biomarkers.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/142039
Date25 March 2022
CreatorsAna Filipa Santos Oliveira
ContributorsFaculdade de Medicina
Source SetsUniversidade do Porto
LanguageEnglish
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsrestrictedAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/

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