Return to search

Intoxication and Extracorporeal Therapy: A Narrative Review

As intoxicações são uma causa importante de morbilidade e mortalidade. O tratamento da maioria dos doentes com intoxicação é bem sucedido apenas com tratamento de suporte. No entanto, intoxicações graves são frequentemente acompanhadas de disfunção orgânica e podem beneficiar de técnicas que aumentem a eliminação do tóxico. Estas técnicas podem ser divididas entre terapias corporais e extracorporais (ECTs), que requerem um aparelho artificial externo.
Este trabalho tem como objetivo rever os principais aspetos do papel das terapias extracorporais em intoxicações, através de uma análise crítica da literatura existente. Foram revistos os aspetos técnicos das ECTs e a sua associação com a farmacocinética das toxinas, e o papel de suporte orgânico das ECTs.
As terapias extracorporais que aumentam a eliminação incluem a hemodiálise, hemofiltração, hemodiafiltração, hemoperfusão e a plasmaferese com ou sem reposição de plasma. As modalidades de ECT podem ser aplicadas de forma intermitente ou numa abordagem contínua. A seleção da ECT é fortemente determinada pelas características do tóxico, nomeadamente o seu peso molecular, ligação a proteínas e volume de distribuição. Contudo, a escolha da ECT deve também ter em consideração as características do doente e o seu estado clínico. O desequilíbrio metabólico e a disfunção orgânica são complicações frequentes das intoxicações graves e podem contradizer a ECT teoricamente ótima, baseada unicamente nas características do tóxico. Doentes críticos ou com instabilidade hemodinâmica podem beneficiar de uma abordagem de manutenção mais lenta mas prolongada. / Intoxications are a major source of morbidity and mortality. The majority of intoxicated patients are successfully treated with only supportive care. However, severe intoxications are often associated with organ dysfunction and may benefit from elimination enhancement techniques. Elimination enhancement techniques may be divided into corporeal and extracorporeal therapies (ECTs), which require an artificial device outside the body.
This work aims to review the main aspects of the extracorporeal therapies' role in intoxications, by performing a critical analysis of the available literature. Technical ECT's considerations and their association with toxins' pharmacokinetics, and the organic support role of ECTs were reviewed.
Extracorporeal elimination enhancement therapies include hemodialysis, hemofiltration, hemodiafiltration, hemoperfusion and therapeutic plasmapheresis / plasma exchange. ECT modalities may be applied intermittently or in a continuous approach. ECT selection is greatly determined by the toxin's characteristics, namely its molecular weight, protein binding and volume of distribution. However, ECTs' choice must also take into account patient characteristics and clinical status. Metabolic imbalance and organ dysfunction often complicate severe intoxications and may contradict the theoretical optimal ECT, based solely on toxin's characteristics. Critically ill or hemodynamically unstable patients may benefit from a slower but prolonged maintenance approach.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/142223
Date25 March 2022
CreatorsRicardo Filipe da Silva Ferreira
ContributorsFaculdade de Medicina
Source SetsUniversidade do Porto
LanguageEnglish
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsrestrictedAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/

Page generated in 0.0017 seconds