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Outcome and relationship with cerebral autoregulation impairment in the first 24 hours after traumatic brain injury

Introdução: Imediatamente após um traumatismo crânio-encefálico grave (TCE) podem surgir precocemente lesões secundárias. É reconhecido que a estabilização sistémica precoce e o tratamento individualizado da pressão de perfusão cerebral (PPC) guiado pela monitorização contínua do índice de reatividade cerebrovascular (PRx), podem influenciar o prognóstico. O objetivo do estudo é avaliar a relação entre a mortalidade aos seis meses, os dados de monitorização e do manuseamento dos pacientes com TCE grave orientado pela PPC ótima, recolhidos prospetivamente durante as primeiras 24 horas após admissão na unidade de cuidados neurocríticos.
Material e Métodos: Análise retrospetiva de registos de monitorização cerebral recolhidos prospetivamente em 129 doentes após TCE grave, internados numa Unidade de Cuidados Neurocríticos (UCCN) de um Hospital Universitário e Centro de Trauma. As variáveis analisadas foram recolhidas durante as primeiras 24 horas e incluíram dados demográficos (idade, sexo, escala de coma de Glasgow, SAPS II), parâmetros sistémicos (pressão arterial, frequência cardíaca, valores de gasometria e laboratoriais com hemograma, ionograma, bioquímica com estudo de função hepática e renal e coagulação), monitorização cerebral (pressão intracraniana, PPC, e PRx), dados de tomografia crânio-encefálica (escala de Rotterdam) e dados de tratamento relacionados com PPC (PPC ótima). A guideline STROBE foi utilizada para assegurar a correta redação dos métodos, resultados e discussão. A análise estatística foi realizada utilizando o IBM SPSS.
Resultados: verificamos que os fatores identificados como preditivos da mortalidade aos 6 meses com uma associação estatisticamente significativa foram a Escala de Rotterdam, o SAPSII, a PaCO2 e o PRx. O PRx, definido como um marcador de perturbação da auto-regulação, apresentou o maior odds ratio de 24,8 IC (3,79-162,15), comparativamente à escala de Rotterdam (OR 3,38; IC 1,29-8,86), SAPS II (OR 1,06; IC 1,01-1,11) e PaCO2 (OR 0,90; IC 0,83-0,97). A variação da mortalidade explicada com base neste modelo foi de 38,8%. O modelo previu 80,6% dos casos em geral, com uma sensibilidade de 50% e especificidade de 91,6% e com área sob a curva ROC de 0,841.
Conclusão: Este estudo confirma a relevância em termos de prognóstico do manuseamento individualizado dos doentes com TCE severo, salientando a importância da monitorização e avalia�\xA7ão precoce da autorregulação cerebral.
Nível de evidência: III, Terapêutica/Manuseamento do doente / Background: After severe traumatic brain injury (TBI), secondary lesions immediately start to appear. It is recognized that early systemic stabilization and individualized cerebral perfusion pressure (CPP) targeted by continuous monitoring of pressure reactivity index (PRx) and autoregulation, may influence prognosis. The aim of the study is to assess the relationship between mortality at 6-months and monitoring of CPP management data of severe TBI patients prospectively collected during the first 24h of admission in the neurocritical care unit (NCCU).
Methods: Retrospective analysis of neuromonitoring records of prospective data collected from 129 severe TBI patients, admitted in a NCCU at an University Hospital and Trauma Center. Variables analysed were collected during the first 24h and included demographic data (age, gender, Glasgow Coma Scale, SAPSII), systemic parameters (arterial blood pressure, heart rate, blood gas analysis, hematocrit, coagulation, glycemia, serum ions, kidney and liver function), neuromonitoring (intracranial pressure, CPP, PRx), head-CT (Rotterdam score) and CPP-management data (CPPoptimal). Statistical analysis was performed using the IBM SPSS. The STROBE guideline was used to ensure proper reporting of methods, results, and discussion.
Results: Rotterdam score, SAPSII, PaCO2 and PRx were significantly related to mortality at 6 months and were able to predict it. PRx, chosen as marker for impaired autoregulation, showed the highest odds ratio of 24.8 CI (3.79-162.15), compared to Rotterdam Score (OR=3.38; CI 1.29-8.86), SAPS II (OR=1.06; CI 1.01-1.11) and PaCO2 (OR=0.90; CI 0.83-0.97). The explained variation in mortality based in this model was 38.8%. The model predicted 80.6% of cases overall, with a sensitivity of 50% and a specificity of 91.6% with an area under the ROC curve of 0.841.
Conclusion: This study confirms the prognostic relevance of severe TBI optimized management, specially related to early monitoring and evaluation of cerebral autoregulation.
Level of evidence: Level III, Therapeutic/Care management

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/142254
Date28 March 2022
CreatorsAna Sofia de Sousa Moreira
ContributorsFaculdade de Medicina
Source SetsUniversidade do Porto
LanguageEnglish
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação
Formatapplication/pdf
RightsrestrictedAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/

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