[pt] A insurgência dos museus nas mídias nos últimos anos colocou em debate
o papel social e educacional desses locais. Essa dissertação coloca em discussão a
relação entre essas instituições e o ensino de História, tendo como preocupação as
marcas da colonialidade do poder e do saber, que causam silenciamentos,
exclusões e assimetrias. Dentro do projeto de modernidade ocidental, o poder
colonial impõe a racionalidade e os valores europeus como os únicos referenciais
aceitos para o alcance da civilização e do progresso. Nesse cenário, a pedagogia
decolonial aparece como impulsionadora da necessidade de emergir novas formas
de pensar, perspectivas outras, de modo a projetar alternativas interculturais.
Para analisar essas questões recorre-se ao pouco investigado Museu Histórico da
Cidade do Rio de Janeiro (MHCRJ), sua constituição, construção do acervo e as
exposições mais recentes. Buscou-se explorar as narrativas circulantes do espaço e
a possibilidade de construir outras a partir das fotografias das últimas mostras
montadas por meio do acervo próprio: Os Múltiplos Olhares de Augusto Malta e
Imagens do Rio Oitocentista. As reformas urbanas do Rio de Janeiro, os projetos
urbanísticos em disputa e suas implicações sociais foram os temas suscitados para
problematizar a imagem projetada da cidade, seu estado atual e a construção do
conhecimento histórico. Portanto, esse trabalho aposta na possibilidade de um
ensino de História intercultural em diálogo com narrativas de museus de História,
de modo a promover encontros com o diferente e a ampliação das visões e leituras
de mundo. / [en] The insurgency of museums in the media in recent years has brought into
question the social and educational role of these places. This dissertation discusses
the relationship between these institutions and the history teaching, having as a
concern the marks of the coloniality of power and of knowledge that cause
silences, exclusions and asymmetries. Within the project of western modernity,
colonial power imposes European rationality and values as the only benchmarks
accepted for the achievement of civilization and progress. In this scenario,
decolonial pedagogy appears as a booster of the need to emerge new ways of
thinking, other perspectives, in order to project intercultural alternatives. To
analyze these questions, we use the little investigated Historical Museum of the
City of Rio de Janeiro (MHCRJ), its constitution, construction of the collection
and the most recent exhibitions. It pursued to explore the circulating narratives of
space and the possibility of building others from the photographs of the latest
exhibitions assembled through their own collection: The Multiple Views of
Augusto Malta and Images of the Eighteenth Century. The urban reforms of Rio
de Janeiro, the disputed urban projects and their social implications were the
themes raised to problematize the projected image of the city, its current state and
the construction of historical knowledge. Therefore, this work bets on a teaching
of intercultural history within the history museums, in order to promote
encounters with the different and the expansion of world views and readings.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:47688 |
Date | 27 April 2020 |
Creators | LUISA DA FONSECA TAVARES |
Contributors | JUCARA DA SILVA BARBOSA DE MELLO, JUCARA DA SILVA BARBOSA DE MELLO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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