Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2011. / Submitted by Juliane Alves (juliane_570@hotmail.com) on 2012-04-10T17:57:52Z
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2011_ClarissaVazDias.pdf: 1034330 bytes, checksum: c54ff1e7b9ed8fa971888f7c5493798e (MD5) / A comunicação em saúde constitui o alicerce da relação profissional de saúde-paciente, sendo um fator de influência tanto na promoção quanto na assistência à saúde, com implicações diretas para a adesão aos tratamentos. Assim, é de fundamental importância estudar o conceito, para garantir abordagem adequada das reais necessidades em saúde e direcionar políticas públicas, programas de formação e treinamento em saúde, bem como avaliar sua efetividade na prestação de serviços. A prática humanizada, sustentada pelo Sistema Único de Saúde, passa pela consideração das variáveis psicossociais envolvidas no processo saúde-doença, pelo reconhecimento das desigualdades/disparidades existentes na relação profissional de saúde-paciente e pela ciência de que tal condição pode gerar iniquidades. A competência cultural tem sido apontada como um recurso estratégico para o desenvolvimento de habilidades comunicacionais essenciais no cuidado terapêutico. Nesse sentido, a presente pesquisa teve por objetivo geral caracterizar a percepção do que seja comunicação em saúde para estudantes do Campus da Universidade de Brasília (UnB), situado em Ceilândia (FCE), Distrito Federal. Foi realizado um levantamento descritivoexploratório, de caráter quantiqualitativo, com 139 estudantes dos diferentes cursos da área de saúde da referida unidade: enfermagem, farmácia, fisioterapia, saúde coletiva e terapia ocupacional. Os participantes da amostra responderam a quatro instrumentos elaborados para esta pesquisa. A análise dos resultados permite afirmar que a comunicação em saúde para estudantes da FCE é percebida como a transmissão de informações relacionadas à saúde, incluindo meios de comunicação para alcançar aspectos de promoção da saúde e prevenção de doenças, a partir da interação entre profissional de saúde, paciente e equipe, em busca de compreender as necessidades, principalmente dos pacientes, que devem ser ouvidos e respeitados na tomada de decisão sobre o tratamento. O estudo revela a importância da linguagem não verbal como parte substancial no processo comunicativo, razão pela qual se deve estar mais atento a esse aspecto durante a formação dos profissionais. Saúde foi definida como um estado de bem-estar físico, psíquico, social e espiritual. Nas definições de desigualdade/disparidade foi reconhecida a relação assimétrica que existe entre o profissional de saúde e seu paciente. Entre variáveis psicossociais amplamente apontadas pela literatura, os alunos indicaram linguagem, nível educacional e idade como as mais importantes, situando participação em atividades comunitárias e raça como as menos relevantes, o que evidencia a necessidade de que essas últimas sejam mais abordadas nos cursos. Foram identificados indicadores de competência cultural para a realidade brasileira, mais especificamente: respeitar, ouvir, conhecer, interagir e prestar atenção. Esses indicadores também foram citados como atributos essenciais a um profissional de saúde, ainda que em diferentes graus de prioridade e frequência, e poderão compor elementos para um programa de treinamento em competência cultural. Os dados sugerem que, do ponto de vista conceitual, os estudantes têm informações relevantes para uma efetiva comunicação em saúde. Contudo, se considerarmos que diferentes estudos apontam que essa é uma grande dificuldade no cotidiano profissional, torna-se imprescindível a atenção dos docentes no sentido de garantir a incorporação desses conceitos numa prática voltada para a assistência integral, incluindo aspectos relacionais e não apenas técnicos. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Health communication is the basis for the health professional-patient relationship, being an influencing factor in promotion and in health care, with direct implications for treatment adherence. Thus, it is of fundamental importance to study the concept, to ensure proper approach of the real health needs and to direct public policies, training programs, and assess its effectiveness in providing services. Humanized care, sustained by the Unified Health System (SUS) permeates the consideration of psychosocial variables involved in the health and illness process, the recognition of disparities/inequalities in the health professional-patient relationship and the awareness that such condition can generate inequities. Cultural competence has been identified as a strategic resource for the development of communication skills that are essential to therapeutic care. In this sense, this study aimed to characterize how students of the Ceilândia Campus of the University of Brasilia (FCE/UnB) perceive health communication. A qualitative and quantitative, descriptive exploratory study was carried out with 139 students of the different health area fields offered by the referred campus: nursing, pharmacy, physiotherapy, collective health and occupational therapy. Participants responded to four instruments designed for this purpose. Analysis of results suggests that health communication for students at FCE is perceived as the transmission of health-related information, including the media and means to achieve aspects of health promotion and disease prevention from the interaction between health professional, patient and staff, seeking to understand the needs, especially of patients, who should be heard and respected in decision making regarding treatment. The study shows the importance of non-verbal language as a substantial part in the communicative process, which is why we must be more attentive to this aspect during the training of professionals. All members of the sample developed a concept of health. Health was defined as a state of physical, psychological, social and spiritual well-being. Within definitions of inequality/disparity the asymmetrical relationship between the health professional and his patient was recognized. Among psychosocial variables widely described in literature, students indicated language, educational level and age as the most important, situating participation in community activities and race as less relevant, which highlights the need for the latter to be more addressed in all courses. Cultural competence indicators were identified for use in Brazil, more specifically: to respect, listen, learn, interact and pay attention. These indicators were also cited as essential attributes of a health professional, though in different degrees of priority and frequency, and may select elements to a program of training in cultural competence. Data suggests that from a conceptual point of view, students have relevant information for effective health communication. However, given that various studies indicate that this is a great difficulty in daily work, it is essential to the attention of teachers to ensure the incorporation of these concepts in a practice focused on comprehensive care, including relational and not just technical aspects of humanized healthcare.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/10241 |
Date | 15 December 2011 |
Creators | Dias, Clarissa Vaz |
Contributors | Queiroz, Elizabeth |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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