Orientador : Maria Alice Garcia / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-28T10:31:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2001 / Resumo: o modelo de agricultura conhecido como manejo convencional, baseado em monoculturas e uso intensivo de insumos químicos sintéticos, traz uma série de danos à saúde humana, aos recursos naturais e à biodiversidade. Nas últimas décadas, uma série de manejos agrícolas alternativos vêm sendo desenvolvidos como uma resposta ao desafio da produção de alimentos com sustentabilidade ao longo do tempo e espaço. Estes manejos incorporam uma série de técnicas que mantêm e aumentam a biodiversidade nos agroecossistemas. Dentre elas, destaca-se a manutenção de plantas invasoras nas bordas dos cultivos. Plantas invasoras são vistas de diferentes maneiras e têm papel controverso dentro de diferentes agroecossistemas. A visão mais difundida é que são pragas, competem com as culturas comerciais e servem como reservatório para artrópodes-praga. Contudo, invasoras podem ser benéficas aos agroecossistemas de várias maneiras: mantêm a umidade e estrutura do solo e podem fornecer abrigo e outros recursos a artrópodes benéficos. O presente estudo tem como objetivo analisar as comunidades de artrópodes associados a plantas invasoras em agroecossistemas orgânicos e convencionais, tendo como principais questões: 1) como estão estruturadas as comunidades de artrópodes, em termos de riqueza, diversidade, similaridade e estrutura organizacional de guildas? 2) o tipo de manejo adotado influencia a composição destas comunidades? 3) há algum grupo taxonômico útil como bioindicador destas comunidades? 4) há diferença na incidência de insetos-praga associados às plantas invasoras nos diferentes agroecossistemas? Os agroecossistemas estudados compreenderam quatro propriedades agrícolas situadas na região de São Roque/SP, dedicadas ao plantio de hortaliças. Duas propriedades estavam situadas em topografia de várzea, e duas em encosta de morro. Em cada situação topográfica, uma propriedade adotava manejo orgânico e outra no manejo convencional. Os artrópodes foram coletados mensalmente no período de agosto de 1996 a julho de 1997, por inspeção manual e varredura com rede entomológica, fixados, montados e identificados até o nível de morfoespécie, caso não tenha sido possível a determinação da espécie. Usou-se o índice de diversidade de Morisita e o índice de similaridade de Shannon- Wienner. As estruturas das guildas, segundo o hábito alimentar, foram determinadas através de informações disponíveis na literatura científica. A influência de manejo e topografia foi analisada através de análise de componentes principais (PCA).
Possíveis grupos indicadores de biodiversidade e a incidência de insetos praga foram avaliados através de qui-quadrado. Em ambas as situações de relevo, as propriedades sob manejo orgânico tiveram maior riqueza e diversidade que as sob manejo convencional. As similaridades entre as comunidades não mostraram um padrão consistente de agrupamento por manejo ou relevo. Embora diferindo em riqueza, diversidade e composição de espécies, as quatro comunidades mostraram grande semelhança na estrutura organizacional das guildas. O tipo de manejo adotado revelou ter influência decisiva na composição das comunidades nos quatro agroecossistemas. Para os agroecossistemas estudados, não foi possível propor um grupo taxonômico como indicador confiável das comunidades de artrópodes. Propriedades sob manejo orgânico tiveram abundância menor ou igual de insetos praga que as propriedades sob manejo convencional / Abstract: The model of agriculture knoWIl as conventional management, that relies on monocultures and intensive use of sinthetic chemical inputs, brings several damages to human health, natural resources and biodiversity. In the last decades, many altemative agricultural managements have been developed as answers to the chalenge of food production with time and space sustainability. These management types incorporate many techniques that promote and increase agroecosystems biodiversity. One of them is to maintain weed at the edges of cultivated fields. Weed is seen in different ways it has a controvertial role in different agroecosystems. The most widespread vision focuses on its pest status: weed compete with the crops and maintain pest insects populations. However, weed can benefit agroecosystems in many ways: it maintain soil humidity and structure, and may provide shelter and other resources to benefical arthropods. The aim ofthis study is to analyse the arthropod communities associated with weed in organic and conventional agroecosystems.The main questions are: 1) how structured are these arthropod communities, in terms of diversity, similiraty and organizacional structure of guilds? 2) can management influence the composition of those communities? 3) are there taxonomic groups useful as bioindiocator for these communities? 4) is there any difference in incidence of pest arthropod associated with weed in these agroecosystems? F our commercial horticulture agroecosystems were surveyed in São Roque/SP region. Two areas were located on a hill slope and two were situated in a fiat area. In both relieves a pair of conventional-organic management agroecosystems were sampled for arthropods associated with the weeds. The arthropods were sampled monthly between September 1996 and August 1997 by visual inspection and sweep, fixed and identified at 1east morphospecies. Diversity and similarity were analyzed by Morisita and Shannon- Wienner indexes, respectively. Guilds were determined by food habits information available in the literature. Management and relief influence was analyzed by PCA. Bioindicator taxonomic groups and the incidence of pest arthropods were analyzed by chi-square. In both relieves, organic agroecosystems had communities richer and more diverse than the conventional agroecosystems. There is no clear1y defined pattem of communities similarity between communities. Although different in richness, diversity and species assemblage, these four communities showed considerable resemblance in organizational guild structure. Management type had striking influence on the community composition. It was not possible to propose a taxonomic group as reliable bioindicator for these communities. The incidence of pest in the organic agroecosystems was lower or at most similar to the incidence in conventional agroecosystems / Mestrado / Mestre em Ecologia
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/316099 |
Date | 16 July 2001 |
Creators | Brombal, Jose Carlos |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Garcia, Maria Alice, 1952-, Freitas, André Victor Lucci, Moraes, Gilberto Jose de, Prado, Paulo Inácio |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 128p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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