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Previous issue date: 2002 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A década de 1960 foi palco de inúmeras manifestações estudantis contra
o establishment. Em vários países, os governantes foram surpreendidos por
ondas de protestos contra o autoritarismo vigente nas sociedades industriais. A
representação do mundo naquele momento era a de um mundo dividido entre
dois blocos antagônicos, numa rivalidade prestes a explodir a qualquer momento.
O clima era de engajamento em uma das duas frentes. E um segmento dos
universitários preferiu o socialismo, mas não o socialismo real , que havia
transformado o sonho de autonomia em um regime totalitário. Os jovens
envolvidos nos protestos queriam viver numa sociedade sem injustiças, onde
fosse possível ter prazer e ser livre.
As manifestações estudantis ocorridas nos países do Terceiro Mundo
tiveram como base a luta contra o imperialismo, que era, então, responsabilizado
pelos graves problemas desses países. Seduzidos pelas vitórias da Revolução
Cubana e do povo vietnamita sobre os exércitos norte-americanos, os jovens de
esquerda latino-americanos acreditaram que também poderiam lutar para derrotar
o imperialismo em seus países e implantar o regime socialista. Este, no entanto,
não era o projeto de toda a sociedade. E, para defender o status quo, vários
golpes militares foram desfechados na América Latina. O sonho dos estudantes
de esquerda de implantar o socialismo em seus países tinha agora um obstáculo a
mais, a derrubada das ditaduras militares implantadas sob a aquiescência dos
EUA.
No Brasil, após o instalação do Regime Militar, em 1964, dois projetos
passaram a se defrontar pela conquista da massa estudantil: o dos jovens de
esquerda, interessados em derrubar a ditadura militar e implantar um regime
socialista no país; e o dos universitários de direita, que defendiam a Revolução
de 31 de Março . A atuação governamental, entretanto, levou ao
descontentamento de muitos setores da sociedade, favorecendo o predomínio do
projeto político dos estudantes de esquerda. O Movimento Estudantil passou a
coordenar a oposição à ditadura, promovendo passeatas, comícios, greves etc.
Em Pernambuco, multiplicaram-se as manifestações estudantis com
caráter nitidamente contestador ao Regime Militar. A maioria das ações atraiu
violenta repressão policial, o que repercutiu intensamente na imprensa. Parte da
sociedade pernambucana passou a apoiar e a aderir ao chamado estudantil para
novas manifestações. Com esse apoio, houve um recrudescimento das
manifestações não só no Recife, mas também em muitas outras cidades
brasileiras que passaram a ser encaradas como uma ameaça ao governo
instituído, que tomou uma série de medidas para impedi-las, culminando com a
decretação do AI- 5, em 13 de dezembro de 1968
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7669 |
Date | January 2002 |
Creators | Silva, Simone Tenório Rocha e |
Contributors | Miranda, Carlos Alberto Cunha |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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