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Previous issue date: 2013-12-06 / A planície do Recife apresenta subsolo, bastante heterogêneo diretamente
relacionado com as regressões marinhas que ocorreram em períodos geológicos
recentes. Por este motivo uma diversidade de soluções de fundações pode ser
observada. A partir do ano 2002 houve um aumento significativo do número de
fundações realizadas com estacas tipo hélice contínua. Recentemente foi executada
uma obra com mais de 4.000 estacas deste tipo. Para elaboração de projeto de
fundações foram solicitados 68 furos de sondagens SPT e seguindo norma de
fundações NBR 6122:2010, o número de provas de carga mínimo exigido foi de 1%
das estacas de cada obra, como medida de controle. Foram executadas 40 provas
de carga estática nas estacas. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a
confiabilidade estatística do sistema de fundações do empreendimento a partir do
resultado desses ensaios. Para tanto foi necessário obter as cargas solicitantes nas
estacas, bem como as cargas máximas que cada estaca suporta (carga última).
Para avaliar a capacidade de carga das estacas utilizaram-se os métodos
semiempíricos de Alonso 1996 e Antunes Cabral 1996, e da confiabilidade real,
obtida a partir de 03 métodos extrapolação da carga última com base no resultado
dos ensaios de prova de carga (Van der Veen, 1953, Décourt, 1996 e Chin, 1970).
Foi demonstrado analiticamente que os métodos de Décourt, 1996 e Chin 1970
obtêm resultados equivalentes, e essa demonstração posteriormente foi comprovada
experimentalmente. É apresentada explicação física para o método de Van der
Veen, 1953 e formulada equação geral para os três métodos. Também foi possível
comprovar que existe influência do nível de deslocamento obtido em ensaio de
prova de carga sobre o resultado dos métodos, de forma que os coeficientes de
variação das cargas de ruptura para pequenos deslocamentos (até 2% do diâmetro)
se mostraram mais elevados que os demais. A partir das cargas nas estacas foram
calculadas as curvas de solicitação. Verificou-se que 10% das estacas trabalhavam
com carga muito menor que a média, então (para efeito de comparação) essas
estacas foram excluídas de análise, dando origem a duas amostras de solicitação, a
primeira que considera todas as estacas, chamada de amostra dos dados brutos, e
a segunda que considera 90% da amostra, chamada de amostra de dados tratados.Também foram calculadas as curvas de resistências a partir do resultado das
sondagens e a partir do resultado das provas de carga, e foram chamadas de
resistência de projeto e resistências de campo, respectivamente. Para a
confiabilidade de projeto considerando os dados brutos foi obtido índice de
confiabilidade (β) igual a 8,09 e probabilidade de ruína igual a 1/5,178x1010, já para
os dados tratados foi obtido β de 9,32 e probabilidade de ruína de 1/1,027x1013. Foi
observada influência dos deslocamentos das provas de carga sobre a confiabilidade
de campo de forma que ao se excluir as PCEs que deslocaram menos de 2% do
diâmetro o índice de confiabilidade β de campo variou de valores em torno de 3 pra
valores entre 6 e 13. Semelhantemente a probabilidade de ruína diminuiu mais de
100.000 vezes, variando de valores em torno de 1/1.000 para valores inferiores a
1/10.000.000.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12501 |
Date | 06 December 2013 |
Creators | Oliveira, Pedro Eugenio Silva de |
Contributors | Ferreira, Silvio Romero de Melo, Gusmão, Alexandre Duarte |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Breton |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess |
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