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Alterações histopatológicas na orelha contralateral em ossos temporais humanos de portadores de otite média crônica

Introdução: A otite média crônica é definida pela presença de alterações inflamatórias teciduais irreversíveis na fenda auditiva. A teoria do continuum a respeito da sua patogênese sugere que as fases mais precoces da otite média, aguda, serosa ou secretora podem progredir para cronificação. Desta forma, pode-se supor que a grande prevalência de bilateralidade da otite média secretora também pode ser observada na otite crônica. Objetivo: determinar a prevalência de alterações na orelha contralateral em ossos temporais humanos de portadores de otite média crônica. Metodologia: Os ossos temporais humanos foram analisados sob microscopia óptica. Definiu-se como orelha contralateral a orelha normal ou menos comprometida. As alterações histopatológicas foram classificadas por ordem crescente de gravidade. Para comparação entre as variáveis qualitativas, utilizou-se o teste de Chi-quadrado, nas correlações o coeficiente de Spearman, sendo estatisticamente significativos P≤0,05. Resultados: Foram estudados 85 pares de ossos temporais, 22,4% com colesteatoma no lado mais comprometido. A prevalência de orelhas contra laterais com alterações foi de 91,8%, sendo as principais tecido de granulação (81%), efusão (58%) e retração da membrana timpânica (35%). Não houve diferença na prevalência de alterações significativas na orelha contralateral entre os gêneros, crianças e adultos, imunossuprimidos ou não e com ou sem colesteatoma na pior orelha. Houve correlação da extensão do tecido de granulação (rS=0,345, P=0,004) e do colesteatoma (rS=0,617, P<0,0001) entre as orelhas. Conclusão: Podemos observar alta prevalência de alterações orelha contralateral. A correlação entre a extensão tanto do tecido de granulação quanto do colesteatoma entre os dois lados, sugere, corroborando a hipótese do continnuum, que as alterações constitucionais do indivíduo podem estar implicadas na cascada de eventos que leva à cronificação e que isto pode ocorrer bilateralmente. / Objective: To determine the prevalence of contra lateral middle ear cleft pathologic findings in human temporal bones with chronic otitis media. Study design: Transversal Material and Methods: The humam temporal bones was analised under optical microscopy. Chronic otites media was definied by the presence of irreversible inflammatory alterations in the middle ear cleft. The contralateral ear was defined as the normal or the less alterated one. The histopathologic alterations were described and classified in a crescent severity order. To compare the quantitative variables it was used the Chi square test and for correlations it was used Sperman coefficient (P≤0.05) Results: It has been studied 85 pairs of temporal bones. 22.4% had cholesteatoma in the most damaged ear. The prevalence of contra lateral ears with alterations was 91.8%. The main alterations were granulation tissue (81%), effusion (58%) and tympanic membrane retractions (35%). There was not difference between the genders, adults and children, imunossupressed or not, with or without cholesteatoma. There was a direct correlation between the both ears in relation to granulation tissue (rS=0.345, P=0.004) or cholesteatoma extension (rs=0.617, P<0.001). Conclusion: We can observe a high prevalence of contralateral ears alterations and the granulation tissue was the most frequent. The correlation between the ears about the granulation tissue and cholesteatoma extension suggest, in agreement with the continuum, that the individual constitutional alterations are involved in the sequential events that go to cronification.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/11354
Date January 2006
CreatorsRosito, Leticia Petersen Schmidt
ContributorsCosta, Sady Selaimen da
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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