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Previous issue date: 2004-07-13 / A obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis como infarto, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer. Presente em idade precoce, a obesidade infantil pode persistir e aumentar a incidência de morbidade e mortalidade em adultos. As causas da obesidade envolvem uma combinação da predisposição genética com um estilo de vida caracterizado pela inatividade física e ingestão excessiva de alimentos de alta densidade energética, provocando um balanço energético positivo e conseqüentemente o ganho de peso corporal. Renda familiar, escolaridade dos pais, hábitos nutricionais inadequados e sedentarismo têm papel importante no desenvolvimento de sobrepeso e obesidade infantil. A atividade física é fator protetor contra a obesidade e sobrepeso em crianças, promove alterações na composição corporal e reduz o risco de desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional e associação do mesmo com atividade física e fatores sócioeconômicos (renda familiar e escolaridade dos pais) em crianças de 7 a 10 anos de idade. Foram estudados 403 escolares da 1a a 4a série do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Corumbá (MS), sendo a maioria do sexo masculino e com média de idade igual a 8,8 ± 1,12 anos. Os dados foram obtidos a partir de medidas antropométricas (Índice de Massa Corporal, percentual de gordura e circunferência de cintura), clínicas (pressão arterial sistólica e diastólica) e bioquímica (glicemia capilar de jejum), e por questionários de caracterização da atividade física, dos hábitos alimentares e do nível socioeconômico. Verificou-se uma freqüência de 3% de hipertensos, 3,8% em situação limítrofe e 93,2% normotensos. Foi verificado correlação positiva da Pressão Arterial Sistólica com as medidas antropométricas, e com a atividade física. A maioria das crianças (94,4%) apresentaram glicemia normal e 5,6% glicemia de risco ( 110 mg/dL). A prevalência de risco de sobrepeso e sobrepeso foi igual a 6,2% e 6,5% respectivamente; 78,2% das crianças foram consideradas eutróficas e 9,2% estavam abaixo do peso. A prevalência de risco de sobrepeso e sobrepeso nas crianças do sexo feminino foi 39% maior do que no sexo masculino, sendo essa prevalência maior também nas famílias com melhor poder aquisitivo. Foi constatado no estudo 9,4% de crianças com percentual de gordura corporal maior do que 30%, sendo a maioria (60,5%) meninas e 39,5% meninos. A maior prevalência de percentual de gordura acima da mediana, foi observada nas crianças de famílias com maior poder aquisitivo, em ambos os sexos. Quanto à escolaridade, 58,9% dos pais tinham 7 anos de estudo. Não houve associação entre escolaridade dos pais e estado nutricional. Entre os sexos, não houve diferenças significantes quanto ao tempo dispendido nas atividades físicas, no entanto, os meninos apresentaram maior gasto energético do que as meninas em função da maior predisposição em participar de atividades mais intensas do que as meninas. Quanto à idade, as crianças mais velhas brincaram menos e gastaram mais tempo assistindo televisão e/ou videogame, do que as crianças mais novas, em ambos os sexos. Foi constatado efeito inverso entre renda e atividade física, sendo que as crianças menos ativas pertenciam às famílias de maior renda. As crianças eutróficas praticaram atividades físicas de mais intensidade do que as crianças com sobrepeso, e não houve diferença quanto à duração das atividades. Na atividade de se deslocar para a escola, constatou-se que as crianças com sobrepeso caminharam menos do que as crianças eutróficas. Nas atividades físicas sedentárias, as crianças com sobrepeso gastaram mais tempo assistindo televisão e/ou videogame do que as crianças eutróficas. De acordo com os resultados encontrados, conclui-se que menor atividade física favorece o excesso de peso, e conseqüentemente a incidência de doenças e/ou distúrbios endócrino-metabólicos, devido às associações com os parâmetros antropométricos, clínico e bioquímico observados neste estudo. As estratégias de prevenção da obesidade infantil devem enfocar primeiramente o incentivo à prática de atividades físicas regulares e a redução de hábitos sedentários. / The obesity is one of the main factors of risk for the development of noncommunicable chronic diseases as stroke, arterial hypertension, cardiovascular diseases, type 2 diabetes and certain types of cancer. Present at early age, the childhood obesity can persist and increase the incidence of morbidity and mortality in adults. The causes of the obesity involves a combination of the genetic pre- disposition with a lifestyle characterized by the physical inactivity and excess intake of high energy density foods, provoking positive energy balance and consequently the gain of body weight. Familiar income, parents schooling, inadequated nutritional habits and sedentarysm have an important role in the overweight development and childhood obesity. The physical activity is a protective factor against the obesity and overweight in children, it promotes alterations in the body composition and it reduces the risk of development of noncommunicable chronic diseases. The objective of this work was to evaluate the nutritional status and its association with physical activity and the socioeconomic factors (familiar income and parents schooling) in children of 7 to 10 years of age. 403 students from the 1st to 4th series of the BASIC TEACHING of the MUNICIPAL NET OF EDUCATION of Corumbá ( MS ) have been studied, being the majority of the masculine sex with the average of 8,8 to ± 1,12 years of age. The data were obtained from anthropometric measures (Body Mass Index, percentage of body fat and waist circumference), clinics (sistolic and diastolic arterial blood pressure) and biochemical (fasting capillary glicemy), and from questionnaires about of the physical activity characterization, the nutritional habits and the socioeconomic status. It was verified a frequency of 3% of hipertensive ones, 3.8% in bordering situation and 93.2% normo-tensive ones. It was verified a positive correlation of the sistolic arterial pressure with the anthropometric measures, and the physical activity. The majority of the children (94,4%) showed normal glicemy and 5.6% showed risk glicemy (110 mg/dL). The overweight and overweight prevalence risk was equal to 6.2% and 6.5% respectively; 78,2% of the children were considered normal-weight, and 9,2% were under- weight. The overweight and overweight prevalence risk in the children of the feminine sex was 39% greater than in the masculine sex, being this prevalence higher in families with a better purchasing power. It was evidenced in the study that 9.4% of children with a body fat percentage higher than 30%, being the majority (60,5%) girls and 39.5% boys. The higher prevalence of body fat percentage above of the medium one, was observed in the children of families with a greater purchasing power, in both genders. About schooling, 58.9% of the parents had 7 years of study. There was no association between schooling and nutritional status of the parents. Between the genders, there was no significant difference about the time spent in physical activities, however, the boys showed a greater energy expenditure than the girls due to the higher predisposition in participating of more intense activities than the girls. About to the age, the oldest children played less and spent more time watching television and/or playing video-games, than the youngest ones, in both genders. An inverse effect between income and physical activity was evidenced, where the less active children belonged to the families with a higher income. The normal-weight children practiced physical activities of a higher intensity than the overweight ones, and there was no difference on how long the activities lasted. In the activity like commuting to school, it was evidenced that the overweight children walked less than the ones with a normal-weight. In the sedentary physical activities, the overweight children spent more time watching television and/or playing video-games than the normal-weight ones. According to the results, it was concluded that less physical activities favors to the excess of weight, and consequently to the endocrine-metabolic incidence of diseases and/or disturbs, due to associations with the anthropometrics parameters, clinical and biochemist observed in this study. The strategies of prevention of the childhood obesity must first focus the incentive to the practice of regular physical activities and to the reduction of sedentary habits. / Não foi localizado o cpf do autor.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/8887 |
Date | 13 July 2004 |
Creators | Baruki, Silvia Beatriz Serra |
Contributors | Rosado, Gilberto Paixão, Ribeiro, Rita de Cássia Lanes, Rosado, Lina Enriqueta Frandsen Paez de Lima |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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