A Teoria de Negócios Internacionais sugere que ao aumentar o seu grau de internacionalização, as Empresas Multinacionais dos Países Emergentes dependerão cada vez menos dos efeitos dos seus países de origem, escapando assim das mazelas e deficiências desses países e igualando-se às Empresas Multinacionais dos Países Desenvolvidos. Essa argumentação de escape do país de origem, ou argumentação de escape, enfrenta, no entanto, dois desafios. O primeiro refere-se à geração das vantagens competitivas das multinacionais. As firmas originárias dos países desenvolvidos utilizam-se principalmente de capacidades tecnológicas e marketing para construir suas vantagens com base em seus produtos e marcas diferenciados, enquanto as multinacionais dos países emergentes o fazem a partir do aproveitamento de condições específicas do seu país de origem, utilizando-se de capacidades de inovação em processos e operações e em funções administrativas. O segundo desafio refere-se a evidências empíricas de que efeitos de país de origem se fazem sentir mesmo nas empresas multinacionais maduras de países desenvolvidos. A presente pesquisa busca ampliar o conhecimento sobre as capacidades de inovação das empresas multinacionais de países emergentes através do estudo dos limites do argumento do escape. Uma análise longitudinal das capacidades de inovação das empresas multinacionais brasileiras é utilizada para este fim. Estuda-se um período de cinco anos em que o ambiente de negócios do Brasil mudou de estável e favorável a turbulento e desafiador. A análise utiliza dois \"surveys\" aplicados em 2010 e 2015, além de informação complementar de fontes primárias e secundárias. Os resultados sugerem que as capacidades de inovação dessas empresas multinacionais ainda podem sofrer influência do ambiente institucional político e econômico do seu país de origem, mesmo com incremento do seu grau de internacionalização. Observam-se ainda diferentes consequências conforme a estratégia de internacionalização utilizada pelas firmas. As implicações dos achados são discutidas. / The international Business theory suggests that as they increase their degree of internationalization, Multinationals from Emerging Markets reduce their dependency on their Country of Origin Effects, escaping from these countries\' instabilities and deficiencies, therefore leveling with Multinationals from developed countries. The escape from the country of origin, or escape argument, faces two challenges. The first is that firms from developed countries base their advantages on technology and marketing capabilities to build strong products and brands, whereas firms from emerging countries do so mainly by exploiting their country of origin effects using innovative capabilities related to process and operations and to administrative functions. The second challenge relates to empirical evidence of the persistence of country of origin effects on mature multinational firms from developed countries. This research attempts to improve the knowledge on the innovation capability of Emerging Markets Multinational Enterprises through studying the limits of the escape argument. A longitudinal analysis of the innovative capabilities of Brazilian Multinational firms is used for that purpose. The five-year period studied involves a shift in Brazil\'s conditions from a stable and positive institutional environment to one of turbulence and instability. The research uses data from two surveys executed in 2010 and 2015, as well as other primary and secondary sources. The results suggest that the innovative capabilities from Emerging Market Multinationals can still suffer influences from changes in their home country political and economic institutional environment, even with an increase in their degree of internationalization. The outcomes vary according to the internationalization strategy used by the firms. Implications of these findings are discussed.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-09042018-092320 |
Date | 15 December 2017 |
Creators | Flávio Fisch |
Contributors | Afonso Carlos Correa Fleury, Dinorá Eliete Floriani, Mario Henrique Ogasavara |
Publisher | Universidade de São Paulo, Engenharia (Engenharia de Produção), USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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