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Neutralização de atividades farmacologicas e enzimaticas de venenos crotalicos perante antivenenos

Orientadores: Sergio Marangoni, Stephen Hyslo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-04T06:10:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: Crotoxina, a principal neurotoxina do veneno das cascavéis Crotalus durissus terrificus e Crotalus durissus cascavella, é um complexo protéico que contém uma fosfolipase A2 (PLA2) básica e uma proteína ácida, crotapotina. O veneno e a crotoxina purificada do veneno de C. d. cascavella foram estudados quanto aos efeitos neurotóxico e miotóxico na preparação biventer cervicis de pintainho. O veneno e a crotoxina mostraram bloqueio neuromuscular nessa preparação em concentrações tão baixas quanto 0,2 mg/ml e 1 mg/ml. Quanto ao efeito miotóxico, a mionecrose foi mais marcante com altas concentrações de veneno e crotoxina (1, 5 e 25 mg/ml). Assim, o veneno de C. d. cascavella e sua crotoxina possuem um efeito neurotóxico preponderante e bastante potente nessa preparação, e uma ação miotóxica que foi observada somente em altas concentrações. Para melhor entender o mecanismo de neutralização da crotoxina por anticorpos foram produzidos antissoros específicos contra a crotoxina e PLA2 do veneno de C. d. cascavella. O título de anticorpos e a especificidade dos antisoros produzidos foram avaliados por ELISA e immunoblotting, respectivamente. A neutralização da atividade neurotóxica foi avaliada por intermédio de técnica miográfica nas preparações biventer cervicis de pintainho e nervo frênico diafragma de camundongo. A capacidade neutralizante dos antissoros na preparação de camundongo foi comparável à do soro comercial anticrotálico produzido contra o veneno de C. d. terrificus. O antissoro anti-crotoxina foi um pouco menos potente do que o antissoro anti-PLA2 no processo de neutralização e isso confirma o papel central da PLA2 no mecanismo de neurotoxicidade da crotoxina. Neste trabalho, nós também avaliamos a habilidade do antissoro produzido em coelho contra a crotapotina do veneno C. d. cascavella em neutralizar a neurotoxicidade e miotoxicidade deste veneno e crotoxina, e inibir a atividade enzimática do complexo crotoxina e da PLA2. Este antissoro neutralizou parcialmente o bloqueio neuromuscular causado pelo veneno e crotoxina na preparação frênico nervo-diafragma de camundongo, sem prevenir o dano morfológico resultante ou inibir a atividade fosfolipásica. Em contraste, antissoros contra a PLA2 e crotoxina neutralizaram o bloqueio neuromuscular e a atividade enzimática efetivamente. A neutralização parcial do bloqueio neuromuscular pelo anti-crotapotina sugere que este antissoro pode prevenir a interação da crotoxina com seu receptor causando dissociação do complexo crotoxina por se ligar a crotapotina. Neste estudo, nós também examinamos a habilidade dos antissoros contra a crotoxina e PLA2 em neutralizar a neurotoxicidade dos venenos de Crotalus durissus terrificus e Bothrops jararacussu e suas principais toxinas na preparação frênico nervo-diafragma de camundongo. Immunoblotting mostrou que o anti-crotoxina de C. d. cascavella reconheceu a crotoxina de C. d. terrificus e BthTX-I de B. jararacussu, enquanto que o antissoro contra a PLA2 reconheceu a PLA2 de C. d. terrificus e a BthTX-I de B. jararacussu. ELISA confirmou esta reatividade cruzada. Estes antissoros neutralizaram eficazmente o bloqueio neuromuscular causado pelo veneno e crotoxina de C. d. terrificus na preparação de camundongo em proporções semelhantes às usadas para neutralizar o veneno e a crotoxina de C. d. cascavella. Anti-crotoxina e anti-PLA2 também neutralizaram eficientemente o bloqueio produzido pelo veneno e principal toxina de Bothrops jararacussu, porém doses mais altas dos antissoros foram necessárias para essa neutralização. Então, os resultados mostram reatividade cruzada entre esses venenos e suas toxinas principais e também mostra que o antissoro produzido contra PLA2 eficazmente neutraliza a neurotoxicidade dos venenos de C. d. terrificus e B. jararacussu e suas toxinas PLA2. Esses resultados, portanto, confirmam o importante papel da PLA2 no mecanismo de neurotoxicidade dos venenos / Abstract: Crotoxin, the main neurotoxin from venom of the rattlesnakes Crotalus durissus terrificus and Crotalus durissus cascavella, is a protein complex that contains a phospholipase A2 (PLA2) basic and an acid protein, crotapotin. The venom and the purified crotoxin from C. d. cascavella venom were studied with relationship to the neurotoxic and myotoxic effects in the chick biventer cervicis preparation. The venom and crotoxin showed neuromuscular blockade in this preparation at doses as low as 0,2 mg/ml and 1 mg/ml. With relationship to the myotoxic effect, the myonecrosis was stronger with higher doses of venom and crotoxin (1, 5 and 25 mg/ml). These results showed that the C. d. cascavella venom and its crotoxin possess a preponderant and quite potent neurotoxic effect in this preparation, and a myotoxic action that was observed only at higher doses. To clarify the crotoxin neutralization mechanism by antibodies, specific anti-sera was produced against the crotoxin and PLA2 from C. d. cascavella venom. The title of antibodies and specificity of the anti-sera raised in rabbits were tested by ELISA and immunoblotting, respectively. The neutralization of the neurotoxic activity was evaluated through myoghraphic technique in the chick biventer cervicis and mouse phrenic nerve diaphragm preparations. The neutralizing capacity of the anti-sera against crotoxin and PLA2 in the mouse preparation was comparable to the commercial crotalic antiserum produced against the C. d. terrificus venom. The anti-crotoxin anti-sera was a little less potent than the anti-PLA2 and this confirms the central role of PLA2 in the mechanism of neurotoxicity of the crotoxin. In this work, we also examined the ability of rabbit anti-serum raised against crotapotin purified from Crotalus durissus cascavella venom to neutralize the neurotoxicity and myotoxicity of this venom and crotoxin, and to inhibit the enzymatic activity of the crotoxin complex and PLA2 alone. This anti-serum to crotapotin partially neutralized the neuromuscular blockade caused by venom and crotoxin in electrically stimulated mouse phrenic nerve-diaphragm preparations, without preventing the resulting morphological damage or inhibiting the PLA2 activity. In contrast, rabbit anti-sera to PLA2 and crotoxin effectively neutralized the neuromuscular and PLA2 activities. The partial neutralization of the neurotoxicity of crotoxin by the anti-serum to crotapotin suggested that this anti-serum may prevent the interaction of intact crotoxin with its recceptor by causing dissociation of the crotoxin complex through binding to crotapotin. In this study, we also examined the ability of anti-sera raised against crotoxin and PLA2 to neutralize the neurotoxicity of Crotalus durissus terrificus and Bothrops jararacussu venoms and their major toxins, crotoxin and bothropstoxin-I (BthTX-I), respectively, in mouse isolated phrenic nerve-diaphragm preparations. Immunoblotting showed that anti-serum to crotoxin from C. d. cascavella recognized crotoxin from C. d. terrificus and BthTX-I from B. jararacussu, while anti-serum to PLA2 from C. d. cascavella recognized PLA2 from C. d. terrificus and BthTX-I from B. jararacussu. ELISA corroborated this cross-reactivity. These anti-sera efficiently neutralized the neuromuscular blockade caused by venom and crotoxin from C. d. terrificus in mouse preparation in similar proportions used to neutralize the venom and crotoxin from C. d. cascavella. Anti-crotoxin and anti-PLA2 anti-sera also efficiently neutralized this blockade produced by venom and main toxin of Bothrops jararacussu, bothropstoxin-I (BthTX-I), however higher doses of anti-sera was necessary for this neutralization. Therefore, the results show cross-reactivity between these venoms and its main toxins and also shown that anti-serum produced against PLA2 efficiently neutralized the neurotoxicity of C. d. terrificus and B. jararacussu venoms and their PLA2 toxins. These results confirms the important role of PLA2 in the neurotoxicity mechanism of the venoms / Doutorado / Bioquimica / Doutor em Biologia Funcional e Molecular

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/314695
Date28 January 2005
CreatorsBeghini, Daniela Gois
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Marangoni, Sérgio, 1951-, Hyslop, Stephen, 1964-, Langone, Francesco, Hofling, Maria Alice da Cruz, Franco, Yoko Oshima, Cogo, Jose Carlos, Joazeiro, Paulo Pinto, Novello, Jose Camillo
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format87f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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