O rapazinho analfabeto que, com 10 anos de idade emigrou para Belém do Pará (Brasil), em 1837, fez-se Francisco Gomes de Amorim poeta, dramaturgo, romancista, biógrafo e publicista. O brilho de "Garrett - Memórias biográficas" obscureceu toda uma outra obra, fecunda e indelevelmente marcada pelos dramas, sentidos e vividos, da escravidão e da emigração, e sobretudo influenciada pelos quatro anos de trabalho (dos 13 aos 17), como seringueiro, remador, carpinteiro e caixeiro, em contacto permanente com gentios, tapuios, pretos e mulatos, no interior de um Amazonas ainda "Forêt Vierge" do qual seria inspirado cantor e um abalizado etnógrafo. Meio português, meio brasileiro, em vez de "duas pátrias para felicitá-lo", como desejaria Machado de Assis, Francisco Gomes de Amorim tem duas pátrias que o ignoram.
Identifer | oai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/19455 |
Date | January 1998 |
Creators | Carvalho, José Rodrigo Carneiro da Costa |
Publisher | Porto : [Edição do Autor] |
Source Sets | Universidade do Porto |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação |
Format | application/pdf, application/pdf, application/pdf, application/pdf, application/pdf |
Source | http://aleph.letras.up.pt/F?func=find-b&find_code=SYS&request=000093429 |
Rights | openAccess |
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