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TESE COMPLETA.pdf: 49901831 bytes, checksum: 17913d4ce5fd21d0c32ece402d6621a1 (MD5) / Essa Tese analisa as práticas e representações dos agentes no campo dos festejos da
Independência da Bahia em Salvador de 1959 até 2017. Interpela o objeto a partir da
aproximação entre as noções de cultura e poder, orientando-se pelo prisma da Sociologia da
Cultura e em dialogo estreito com a História Cultural e a Antropologia Cultural.
Tecnicamente, foi operacionalizada na observação participante e com a análise dos jornais.
Partiu-se da problematização segundo a qual em Salvador os festejos da Independência da
Bahia evidenciaram uma rede tensionada de práticas e representações que ofereceram o
suporte para a construção, divulgação, encenação e fricção de identidades de diversas
matrizes, colocadas em prática através de variadas formas de expressão, num processo que
contou com a assunção de órgãos estatais enquanto agentes de racionalização e centralização
da organização da festa. Objetivou-se entender os processos socioculturais de construção,
divulgação, encenação e luta de representações, expressas nos desempenhos e calcadas em
repertórios relativos à Bahia e ao Brasil. A Tese demonstra que as comemorações do 2 de
Julho, a partir da segunda metade do século XX, mantiveram uma ampla diversidade de
manifestações, entretanto, as possibilidades de viabilização, reconhecimento e afirmação
foram alteradas devido às transformações modernizantes ocorridas na cidade, bem como na
correlação de forças entre os grupos sociais no campo da festa. Nesse processo, os festejos
foram gradualmente controlados por práticas institucionais, burocráticas e instrumentais dos
órgãos estatais e, em menor medida, dos coletivos de militância política, que são estranhos à
lógica originária da festa cívica baiana que era permeada por uma cultura popular
predominantemente comunitária, oral, lúdica e informal. Em meio a esta dinâmica, as figuras
dos Caboclos continuaram aportando elementos cívico-nacionais, estéticos, étnicos, políticos
e religiosos aos agentes do campo, permanecendo fundamentais e contribuindo à durabilidade
da festa. Desenvolveu-se nos festejos a contradição entre representações manifestas por
diferentes agentes e grupos sociais em choque para estabelecer uma narrativa fundante
legítima, o que faz da festa do 2 de Julho uma polifonia que formata uma ambivalente
identidade cívica baiana, enunciada a partir de Salvador, que ao mesmo tempo fissura e sutura
o espaço simbólico da comunidade imaginada nacional. / This thesis analyzes the practices and representations of the agents in the field of the
celebrations of Independence of Bahia in Salvador from 1959 to 2017. It interpolates the
object from the approach between the notions of culture and power, guided by the prism of
the Sociology of Culture and in a close dialogue with Cultural History and Anthropology.
Technically, it was operationalized in the participant observation and with the analysis of
newspapers. It started from the problematization that in Salvador the festivities of the
Independence of Bahia have evidenced a tensioned network of practices and representations
that offered the support for the construction, divulgation, staging and friction of identities of
several matrices, put into practice through various forms of expression, in a process that
counted on the assumption of state organs as agents of rationalization and centralization of the
organization of the festivity. The objective was to understand the sociocultural processes of
construction, dissemination, staging and struggle of representations, expressed in the
performances and based on repertoires related to Bahia and Brazil. The thesis shows that the
celebrations of July 2nd, from the second half of the twentieth century, maintained a wide
diversity of manifestations, however, the possibilities of viability, recognition and affirmation
were altered due to the modernizing transformations that took place in the city, as well as in
the correlation of forces between social groups. In this process, the celebrations were
gradually controlled by institutional, bureaucratic and instrumental practices of the state
organs and, to a lesser extent, political militancy groups, which are foreign to the original
logic of the Bahian civic festivity that was permeated by a predominantly communitarian
popular culture, oral, playful and informal. In this dynamic, Caboclos figures continued to
contribute civic-national, aesthetic, ethnic, political and religious elements to all agents of the
field, remaining fundamental and contributing to the party's durability. Thus, in the festivities
the contradiction between representations manifested by different agents and social groups in
shock to establish a legitimate founding narrative was developed, which makes the party of
July 2 a polyphony that forms an ambivalent Bahian civic identity, enunciated from Salvador,
which at the same time fissures and sutures the symbolic space of the national imagined
community.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/25957 |
Date | 23 February 2018 |
Creators | Baldaia, Fábio Peixoto Bastos |
Contributors | Moura, Milton Araújo, Guerra Filho, Sérgio Armando Diniz, Couto, Edilece Souza, Lourenço, Luiz Claudio, Dantas Neto, Paulo Fabio |
Publisher | Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, UFBA, brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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