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Avaliação dos efeitos de fármacos benzodiazepínicos sobre o catabolismo de nucleotídeos, nucleosídeos e acetilcolina em encéfalo de zebrafish adulto: (Danio rerio)

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Previous issue date: 2013 / Benzodiazepines, such as diazepam and midazolam, are a widely used class of drugs for anxiety treatment, with anxiolytic, hypnotic, and anticonvulsant properties. The use of zebrafish (Danio rerio) as a model for evaluating pharmacological mechanisms has gained importance due to their rapid development and high sensitivity to drugs. Studies have shown that behavioral parameters were altered in zebrafish after benzodiazepine treatment. Many neurotransmitter systems have been identified in this species, including purinergic and cholinergic system. Purinergic system is characterized by the action of ATP and adenosine on purinoreceptor P2 and P1, respectively. The levels of these molecules are regulated by ectonucleotidases, especially nucleoside triphosphate diphosphohydrolase (NTPDases) and ecto-5'-nucleotidase, which constitute the extracellular cascade for ATP hydrolysis to adenosine. Adenosine can be subsequently deaminated to inosine by action of adenosine deaminase (ADA). ATP is coreleased with other neurotransmitters, including acetylcholine, and has been demonstrated that adenosine can control the release of acetylcholine. Cholinergic system is characterized by the action of acetylcholine (ACh) on muscarinic and nicotinic receptors. The level of this molecule is regulated by acetylcholinesterase (AChE), which catalyzes degradation of ACh into choline and acetate. Since there are few reports relating these enzyme activities and the action mechanism of benzodiazepines, the aim of this study was evaluated the in vitro and ex vivo effects of classical benzodiazepines, such as diazepam and midazolam, on NTPDase, ecto-5'nucleotidase, ADA, and AChE activities in zebrafish brain and gene expression pattern in treatments that induced changes in enzyme activity in the ex vivo experiments. In order to elucidate whether diazepam or midazolam has direct effects on these enzymes, we performed in vitro experiments. Diazepam, at 500 μM, promoted a decrease on ATP hydrolysis (66%), whereas this drug, at 10-500 μM, reduced ADP hydrolysis (40-54%, respectively). Midazolam also decreased ATP (16-71% for 10-500 μM, respectively) and ADP hydrolysis (48-73% for 250-500 μM, respectively), and ecto-ADA activity (26-27. 5% for 10-500 μM, respectively). Diazepam and midazolam did not induce significant changes on ecto-5´-nucleotidase activity at the concentrations tested. Concerning to AChE activity, 500 μM diazepam promoted a decrease on ACh hydrolysis (19%), whereas midazolam, at 50-500 μM, reduced AChE activity (18-79%, respectively). For ex vivo experiments, diazepam or midazolam exposures did not alter NTPDase activities in zebrafish brain membranes. AMP hydrolysis was decreased in animals treated with of 0. 5 and 1mg/L midazolam (31. 5% and 36. 1%, respectively) when compared to the control group. However, diazepam was unable to alter ecto-5’-nucleotidase. Both drugs significantly decreased the ecto-ADA activity, whereas diazepam and midazolam reduced the adenosine hydrolysis at a concentration of 1. 25 mg/L (30. 85%) and 1 mg/L (32. 8%), respectively. Diazepam did not alter cytosolic-ADA activity; however, the exposure to 0. 1 mg/L midazolam induced a significant increase in cytosolic-ADA (39. 9%) when compared with the control group. The gene expression pattern demonstrated that the CD73 transcript levels were increased (41. 7%) after treatment with 0. 5 mg/L midazolam. Moreover, the changes caused by diazepam and midazolam in the ADA activity are not related to the transcriptional control. Concerning the cholinerg signaling, diazepam decreased ACh hydrolysis at 1. 25 mg/L (30. 7%) when compared to the control group. Similarly, the exposure to 0. 5 mg/L midazolam also changed the enzymatic activity of 9 AChE promoting an increase in the ACh hydrolysis (36. 7%). It is possible to suggest that these drugs can induce a direct effect on the enzyme activities, since we observed a decreased on nucleotide and nucleoside hydrolysis after in vitro exposure. In addition, the alteration on AMP hydrolysis, ADA and AChE activities suggest a modulation of extracellular adenosine and ACh levels induced by benzodiazepine exposure. / Fármacos benzodiazepínicos, como diazepam e midazolam, são muito usados na prática clínica para o tratamento da ansiedade, possuindo propriedades ansiolíticas, hipnóticas e anticonvulsivantes. O uso do zebrafish (Danio rerio) como modelo para avaliar mecanismos farmacológicos tem ganhado grande importância devido ao rápido desenvolvimento e alta sensibilidade a drogas que essa espécie possui. Estudos têm demonstrado que parâmetros comportamentais mostraram-se alterados em zebrafish após tratamento com benzodiazepínicos. Muitos sistemas de neurotransmissão foram identificados nessa espécie, incluindo os sistemas purinérgico e colinérgico. O sistema purinérgico é caracterizado pela ação do ATP e adenosina (ADO) nos purinoreceptores P2 e P1, respectivamente. Os níveis dessas moléculas são regulados pela ação das ectonucleotidases, especialmente as nucleosídeo trifosfato difosfoidrolases (NTPDases) e a ecto-5’-nucleotidase, que catalisam a hidrólise do ATP a adenosina. A adenosina pode ser desaminada a inosina pela ação da adenosina desaminase (ADA). O ATP é coliberado com outros neurotransmissores, entre eles a acetilcolina, e tem sido demonstrado que a adenosina pode controlar a liberação de acetilcolina. O sistema colinérgico é caracterizado pela ação da acetilcolina (ACh) nos receptores muscarínicos e nicotínicos. O nível dessa molécula é regulado pela acetilcolinesterase (AChE), que catalisa a degradação da ACh em colina e acetato. Uma vez que existem poucos relatos relacionando esses sistemas enzimáticos e a ação de fármacos benzodiazepínicos, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito in vitro e ex vivo do tratamento com fármacos benzodiazepínicos, tais como diazepam e midazolam, sobre a atividade das NTPDases, ecto-5'-nucleotidase, ADA and AChE no encéfalo de zebrafish e o padrão de expressão gênica nos tratamentos que induziram alterações na atividade enzimática nos experimentos ex vivo. A fim de elucidar se o diazepam e o midazolam têm efeitos diretos nessas enzimas, experimentos in vitro foram realizados. Na concentração de 500 μM, o diazepam diminuiu a hidrólise de ATP (66%) e, nas concentrações de 10-500 μM, este fármaco reduziu a hidrólise de ADP (40-54%, respectivamente). O midazolam também diminuiu a hidrólise do ATP (16-71% para 10-500 μM, respectivamente), ADP (48-73% para 250-500 μM, respectivamente) e a atividade da ecto-ADA (26-27,5% para 10-500 μM, respectivamente). Diazepam e midazolam não induziram alterações significativas sobre a atividade da ecto-5´-nucleotidase nas concentrações testadas. Com relação à atividade da AChE, o diazepam, 500 μM, promoveu uma diminuição na hidrólise de ACh (19%) e o midazolam, nas concentrações de 50-500 μM, reduziu a atividade da AChE (18-79%, respectivamente). Nos experimentos ex vivo, as exposições ao diazepam e midazolam não alteraram a atividade enzimática das NTPDases em membranas cerebrais de zebrafish. A hidrólise do AMP diminuiu em animais tratados com 0. 5 mg/L e 1 mg/L de midazolam (31. 5% e 36. 1%, respectivamente) quando comparados com o grupo controle. Entretanto, o diazepam foi incapaz de alterar a atividade da ecto-5’-nucleotidase. Ambos os fármacos diminuíram significativamente a atividade da ecto-ADA, sendo que o diazepam e o midazolam reduziram a hidrólise da adenosina na concentração de 1. 25 mg/L (30. 85%) e 1 mg/L (32. 8%), respectivamente. O diazepam não alterou a atividade da ADA citosólica, no entanto a exposição a 0. 1 mg/L de midazolam induziu um significativo aumento na atividade dessa enzima (39. 9%) quando comparado ao grupo controle. O padrão de expressão gênica demonstrou que os níveis 7 de transcritos do CD73 apresentaram-se reduzidos (41,7%) após o tratamento com 0. 5 mg/L de midazolam. Com relação a sinalização colinérgica, diazepam diminuiu a hidrólise da ACh na concentração de 1. 25 mg/L (30. 7%) quando comparado ao grupo controle. Similarmente, a exposição à concentração de 0. 5 mg/L de midazolam também alterou a atividade enzimática da AChE, promovendo um aumento na hidrólise da ACh (36. 7%). É possível sugerir que essas drogas podem induzir um efeito direto na atividade enzimática, uma vez que foi observada uma diminuição na hidrólise de nucleotídeos e nucleosídeos após a exposição in vitro. Além disso, as alterações na hidrólise do AMP e atividade da ADA e da AChE sugerem uma modulação dos níveis extracelulares de adenosina e acetilcolina induzidos pela exposição aos fármacos benzodiazepínicos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/1304
Date January 2013
CreatorsAltenhofen, Stefani
ContributorsBonan, Carla Denise
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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