Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Geografia. / Made available in DSpace on 2012-10-21T19:23:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
203642.pdf: 12249134 bytes, checksum: 1c3969d3196a5e86761c560ada39bd3f (MD5) / Esta tese visa avaliar os processos de degradação das águas do rio Coruja-Bonito (Braço do Norte, SC), principalmente no que se refere à poluição oriunda da suinocultura. Este problema ambiental foi analisado sob a perspectiva sistêmica, que tem recebido importantes contribuições através do estudo de sistemas complexos. De sua aplicação no espaço, surge o "geossistema", cujo conceito aqui adotado é o de um sistema espacial aberto e complexo, formado por características fisiográficas e pela sociedade. O espaço é visto como um conjunto indissociável de sistemas de objetos e de sistemas de ações. Foi delimitada a bacia hidrográfica do rio Coruja-Bonito como geossistema estudado, correspondendo ao primeiro nível de análise: o local. Um segundo nível de análise foi considerado: o global, que corresponde ao universo no qual a bacia (e a atividade suinícola local) se insere. Foram realizadas diversas análises (quanti e qualitativas) das águas do rio em 2001-2002. Com o referencial e a metodologia adotados, foi possível atender a questão norteadora da pesquisa: a que processos de degradação (envolvendo sobretudo a produção suinícola) está submetido o rio Coruja-Bonito, e o que mantém ou colabora para que essa degradação perdure? A resposta a esta questão foi desenvolvida através do estudo da maneira como diversos componentes do sistema estão organizados e da estrutura e das dinâmicas particulares das inter-relações existentes no nível local e entre os níveis local e global. O que se percebe, historicamente, é que mudanças ocorridas (e que estão ocorrendo) no geossistema, induzidas pelo nível espacial global de análise, determinaram a expansão da suinocultura local, e a poluição hídrica insere-se num processo de reprodução da atividade. Há uma lógica que sustenta a poluição: em nível local, compreende a lógica produtivista do suinocultor, que se baseia, entre outros, na apropriação da natureza e na ação de se "desfazer dos dejetos" (seja liberando-os nas águas superficiais, seja utilizando o solo como receptor); em nível global, compreende a lógica produtivista do mercado, das grandes corporações, associadas ao Estado, dominando-o, baseada em inovações tecnológicas. A estrutura poluidora local é sustentada por essas lógicas, expressas em diferentes níveis espaciais, e tem a contribuição de um meio físico que facilita os processos de poluição hídrica por dejetos.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/87398 |
Date | January 2004 |
Creators | Hadlich, Gisele Mara |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Scheibe, Luiz Fernando |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | xii, 1v.| il., grafs., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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