Orientador: José Sterza Justo / Banca: Sônia Regina Vargas Mansano / Banca: Walter José Martins Migliorini / Resumo: A melancolia é uma antiga companheira da humanidade e por muito tempo foi vista como a dor de existir, origem da genialidade e da loucura, essência dos excêntricos, daqueles que não se encaixam nos padrões, daqueles que têm na sua melancolia a fonte de sua criação artística, o impulso que os leva a rechear de sentido àquilo que os bem adaptados mal conseguem enxergar. Da loucura genial dos filósofos antigos à ação da bílis negra, da influência astral de Saturno à acedia cristã, da criação à inibição, a melancolia foi um tema que, desde a antiguidade, instigou a curiosidade investigativa do homem. Assim também acontece com a depressão nos mais diferentes discursos que a colocaram em destaque desde o século XIX, sobretudo, como uma patologia. Em que momento essa dor de existir se transformou em doença? Freud ([1930] 1996) referiu-se, certa vez, sobre a felicidade ser derivada de um contraste. Não um estado permanentemente estável e constante. A dor de existir pode ter se transformado em déficit por não combinar com os ideais de nossa cultura do desempenho e do bem-estar, disseminados pela modernidade. Os limites entre o que seja uma tristeza decorrente dos descaminhos que são próprios da vida e uma depressão passível de ser medicamentada são muito frágeis. Atualmente, ela é anunciada como o "mal do século" e dados nos mostram que ela está entre as principais causas de comorbidades e afastamento do trabalho, em todo o mundo. Salvo todas as imprecisões possíveis dessa intrincada... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Melancholy is an old partner of humanity and for very long time it was seen as a pain of existence, origin of geniality and madness, essence of eccentrics, of those who don't fit the patterns, of those who their melancholy is the source of artistic creation, the impulse that takes them to fill of sense what the well-adjusted ones barely can see. From genial madness of the ancient philosophers to action of black bile, from the astral influence of Saturn to the Christian accidie, from creation to inhibition, melancholy has been a subject that instigated the human being's investigative curiosity since antiquity. The same thing happens with depression through the most different discourses that have highlighted it since the 19th century, comprehending depression mostly as pathology. In what moment that pain of existence turned to a disease? Freud ([1930] 1996) asserted once about happiness being derivative of a contrast. In other words, it is not a permanently and constant state. Pain of existence can be transformed in a deficit because it doesn't combine with the cultural ideals of performance and well-being that are widespread by Modernity. The boundary between a sadness caused by difficulties in life and a depression that can be medicated is too delicate. Nowadays, depression is announced as "the greatest evil of the century" and data show that it is among the main causes of comorbidities and take off from work around the whole world. Despite of all the possible inaccuracies of this complicated discussion about the diagnostics definitions and origins of depressions, as well as the ideological intentions that eventually exist in the transmission of those data, we cannot ignore them. Independently of what is being called depression, this debate has something to say about the topic. The goal of this research study is investigating the relationships between... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
Identifer | oai:union.ndltd.org:UNESP/oai:www.athena.biblioteca.unesp.br:UEP01-000880219 |
Date | January 2017 |
Creators | Heguedusch, Carolina Villanova. |
Contributors | Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências e Letras (Campus de Assis). |
Publisher | Assis, |
Source Sets | Universidade Estadual Paulista |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | text |
Format | 98 f. |
Relation | Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader |
Page generated in 0.002 seconds