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A vivência da função materna no período de dependência : do sexto mês ao quarto ano de vida da criança

O presente estudo investigou a vivência da função materna de cuidar e educar no período de dependência. Com base na perspectiva winnicottiana, buscou-se compreender os aspectos subjetivos que permeiam a função materna dos seis meses aos quatro anos de vida da criança. Para tanto, foi realizado um estudo de caso coletivo, com caráter longitudinal, no qual participaram três duplas mãe-bebê. As mães responderam entrevistas semiestruturadas em seis momentos do desenvolvimento (6º, 12º, 18º, 24º, 36º e 48º mês da criança). O relato clínico foi utilizado para analisar os dados, evidenciando as especificidades do percurso de cada dupla em relação à função materna. Evidenciou-se que a função de cuidar exige grande disponibilidade materna, especialmente quanto aos movimentos de dependência e independência da criança, podendo tornar-se um dilema para as mães. Apesar da satisfação, ao cuidar as mães se depararam com dificuldades e cansaço. Ainda, encontraram a possibilidade de autocuidado e de reeditar os cuidados recebidos na infância ao cuidarem do bebê (experiência curativa), o que evidencia que a função materna se refere a uma construção realizada pela díade. Em relação ao educar, foram sobressalentes os relatos de dúvida quanto a melhor maneira de estabelecer limites ao filho, bem como de surpresa frente as manifestações de birra nos anos iniciais. Assim, destaca-se a importância de encorajar o saber materno e legitimar a vivência de sentimentos ambivalentes no cuidado e na educação de crianças pequenas. / The present study investigated the experience of the maternal role of caring and education during the dependency period. Based on Winnicott's perspective, it sought to understand the subjective aspects that permeate the maternal role from sixth month to fourth year. Through a collective case study with longitudinal design, three mothers answered semistructured interviews in six different times of the development (6, 12, 18, 24, 36 and 48 months of the child's life). The clinical report was used to analyze the data showing the singular trajectory of each pair in the maternal role. Results showed the role of caring requires maternal availability, especially with regard to the movements of dependence and independence of the child, becoming a dilemma for the mothers. Despite the satisfaction, mothers feel fatigue and found dificulties to care the child. Mothers also found the possibility of self-care and they could edit the care received in childhood when taking care of the baby (curative experience), which shows that the maternal function refers to a construction performed by the dyad. Regarding education, the reports of doubt as to the best way to establish limits to the child, as well as of surprise against the manifestations of tantrums in the initial years, were sparing. Thus, the importance of encouraging maternal knowledge and legitimizing the experience of ambivalent feelings in the care and education of children is highlighted.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/181079
Date January 2016
CreatorsSehn, Amanda Schöffel
ContributorsLopes, Rita de Cassia Sobreira
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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