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Os youtubers e a representa??o do certo, errado, adequado e inadequado no trabalho com a varia??o lingu?stica em sala de aula

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Previous issue date: 2013-12-02 / Algumas das atuais discuss?es no ensino de L?ngua Portuguesa (LP) dizem respeito a como se deve lidar na escola com o fen?meno da varia??o lingu?stica em sala de aula. No ano de 2010, por exemplo, houve uma explos?o de falares fora dos c?rculos acad?micos que envolveu a popula??o no que respeita ? viabilidade e as consequ?ncias no trato com a varia??o lingu?stica no espa?o escolar. O estopim dessa explos?o foi o fato de que se considerava que o MEC (Minist?rio da Educa??o e Cultura) adotara um livro did?tico destinado ? EJA (Educa??o de Jovens e Adultos) que parecia - aos olhos de muitos, acad?micos e leigos - anunciar ser ?certo? ensinar ?errado?, bastando o ?erro? ser recorrente e estar sedimento em alguma comunidade lingu?stica. O livro, titulado ?Por uma vida melhor?, 2? volume da cole??o ?Viver, Aprender?, dos autores Helo?sa Ramos et. al., reservou um cap?tulo espec?fico para problematizar a quest?o da varia??o lingu?stica e das rela??es entre a oralidade e escrita. Para tanto, concentrou as discuss?es em torno das no??es de variedade culta, padr?o e popular mensurando-as ? possibilidades de adequabilidade lingu?stica. Neste sentido, um falante da l?ngua, de acordo com o LD, poderia fazer certas ?escolhas lingu?sticas? para fazer uso delas em contextos interacionais diferentes: assim, eleger entre ?os menino bonito? ou ?os meninos bonitos? dependeria da necessidade contextual em que o sujeito estaria inserido. A comunidade surpreendeu-se com a defesa do ?poder? usar, uma vez que seria a escola o espa?o de ensinar uma norma ?padr?o?, e n?o legitimar a possibilidade de uso de padr?es gramaticais que destoavam daquelas preconizados nas gram?ticas tradicionais. A imprensa televisiva foi uma das grandes respons?veis em alardear que o MEC havia endossado a utiliza??o, nas escolas, de um livro que legitimava tais padr?es lingu?sticos - mesmo que fosse recorrente na ?boca? do povo. A querela foi lan?ada no Youtube e, nesse espa?o, internautas manifestavam-se a favor ou contra a proposta do LD, muitas vezes direcionando as discuss?es para quest?es de ordem exclusivamente pol?ticas. Observamos que, de um lado, erguiam-se argumentos relacionados ? Sociolingu?stica (BAGNO, 2003, 2005, 2007; BAGNO, M.; STUBBS, M.; GAGN?, G., 2006; BORTONI-RICARDO, S. M., 2008; TARALLO, F., 1982; WEINREICH U., MARVIN I. HERZOG, LABOV, W., 1968; LABOV, 1972; etc); de outro, argumentos concentravam-se em defender que a escola ? o espa?o de ensino de l?ngua padr?o e n?o caberia trazer determinadas discuss?es no interior de um LD. Foi, a partir dessas falas, que nasceu esta pesquisa. Interessou-nos o modo particular como a comunidade midi?tica, que parecia n?o ter forma??o em Lingu?stica, entendia as no??es de certo, erradas, adequadas e inadequadas, t?o ?ntimas nos c?rculos acad?micos. Nossas reflex?es tomam como refer?ncia te?rica os estudos sociolingu?sticos sobre a quest?o da varia??o e ensino, documentos oficiais que orientam o ?trabalho? com a l?ngua portuguesa em sala de aula, a exemplo dos PCN (Par?metros Curriculares Nacionais) e da Proposta Curricular para a Educa??o de Jovens e Adultos (PCEJA). Em nossa an?lise, observamos que o LD ?Por uma vida melhor? n?o faz apologia ao ensino do ?erro?, mas levanta discuss?es sobre a possibilidade da ?varia??o?, ligada a fatores e ordem diversa. Anda assim, n?o pudemos deixar de lado um fato significativo: o LD ?cria? dados de ?fala?, quando seria mais interessante fazer uso de dados ?reais? - no Brasil, ? poss?vel encontrar projetos que t?m como objetivo a coleta de dados de fala, a exemplo do Projeto NURC (Projeto de Estudo da Norma Lingu?stica Urbana Culta no Brasil) e do Projeto ?A l?ngua falada e escrita na cidade do Natal?, corpus organizado pelo Grupo de Pesquisa ?Discurso & Gram?tica? (UFRN). Percebemos o qu?o significativo ? observar como falantes de uma l?ngua se posicionam em rela??o ao ensino da l?ngua da qual s?o eles falantes e n?o estudiosos. Nosso estudo mostrou, ainda, que certas quest?es no tocante ao ensino da l?ngua portuguesa, como ? o caso da varia??o lingu?stica, est?o longe de ser pontos resolvidos, seja para linguistas, seja para falantes da l?ngua. / Some of the current discussions in the teaching of Portuguese Language (LP) pertain to how the school should deal with the phenomenon of language variation in the classroom. In 2010, for example, an explosion of talk took over the academic corridors: a book, entitled "Por uma vida melhor", the collection "Viver, Aprender", published by the MEC (Ministry of Education and Culture) to students EJA (Youth and Adults) brought notions regarding linguistic variation, even in their first chapter. In it is clear the notion that it is possible to make use of structures as "pretty boy", instead of "pretty boys", depending on the context in which such use is insert. Therefore, the discussions focused around the notions of variety cultivated, standard and popular measuring them to the possibilities of linguistic appropriateness. The community was surprised by the defense of the "power" to use, since it would be the school space to teach a standard "default", and not the possibility of legitimate use of grammatical patterns that clashed with those recommended in traditional grammars. The television media has been responsible for a major blaze that MEC had endorsed the use in schools of a book that legitimized such linguistic patterns. The quarrel was released on Youtube and in that space, netizens expressed themselves for or against the proposal of LD often directing the discussion to questions of a purely political. We observed that, on one side, loomed arguments related to Sociolinguistics (BAGNO , 2002, 2003, 2007, 2009; BAGNO, M.; STUBBS, M., Gagne, G., 2006; Bortoni - RICARDO, S.M., 2008; Tarallo, F., 1982; U. Weinreich, MARVIN I. HERZOG, Labov, W., 1968, Labov 1972, etc.); another, arguments concentrated on defending the school is the area of language teaching standard, and not fit to bring certain discussions within an LD. It was from these words, that this research was born. Interested in the particular way that the community media, which seemed to have no training in linguistics, understand the concepts of right, wrong, appropriate and inappropriate, so intimate in academic circles. Our thoughts take as reference the theoretical studies on the question of sociolinguistic variation and education, official documents that guide the "work" with the Portuguese language in the classroom, like the NCP (National Curriculum) and Curriculum Proposal for Education Youth and Adult (PCEJA). In our analysis, we found that LD" For a better life "makes no apology for teaching the "error", but it raises discussions about the possibility of "change", linked to factors and different order. We realize how significant it is to observe how speakers of a language are positioned in relation to language teaching which they are not speakers and scholars. Our study showed that certain issues regarding the teaching of the Portuguese language, as is the case of linguistic variation, points are far from being resolved, either for linguists and/or grammarians, whether for language speakers.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufrn.br:123456789/21163
Date02 December 2013
CreatorsPereira, Marlyton da Silva
Contributors93098898453, http://lattes.cnpq.br/6169626776821393, Cunha, Carla Maria, 35443057472, http://lattes.cnpq.br/2255113140877073, Sousa, Maria Margarete Fernandes de, 20342047353, http://lattes.cnpq.br/5233227719780998, Lima, Maria Hozanete Alves de
PublisherUniversidade Federal do Rio Grande do Norte, PROGRAMA DE P?S-GRADUA??O EM ESTUDOS DA LINGUAGEM, UFRN, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFRN, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte, instacron:UFRN
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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