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Previous issue date: 2018-02-27 / As doenças cardiovasculares (DCV) representam um desafio em saúde pública no Brasil e no mundo por serem as principais causas de óbitos em indivíduos acima dos 30 anos de idade. A alimentação pode desempenhar papel protetor para as DCV por meio dos antioxidantes presentes em alimentos como frutas e hortaliças, e papel de risco em função do consumo de alimentos ricos em açúcares, sódio e gorduras como os alimentos processados e ultraprocessados. Nesse sentido, é fundamental compreender a relação entre o consumo alimentar da população brasileira e os fatores de risco cardiometabólico, a fim de se elaborar estratégias nutricionais que favoreçam a prevenção, redução do risco e/ou manejo dessas doenças. O objetivo do presente estudo foi avaliar a associação da capacidade antioxidante da dieta (CATd) e do consumo de alimentos ultraprocessados com os fatores de risco cardiometabólico em adultos e idosos brasileiros. Trata-se de um estudo transversal com dados referentes ao estudo multicêntrico DICA-Br. A amostra é composta por 2355 indivíduos de ambos os sexos, com idade superior a 45 anos, provenientes da atenção secundária em cardiologia de todas as regiões brasileiras. Estes foram avaliados quanto ao consumo alimentar, por meio de dois recordatórios de 24 horas, a partir do qual, foi calculada a CATd e os alimentos classificados de acordo com seu grau de processamento. Características clínicas (triglicerídeos, colesterol total, lipoproteínas de alta e baixa densidade e glicemia de jejum), sociodemográficas (classe socioeconômica, escolaridade e idade), antropométricas (peso, estatura, índice de massa corporal e perímetro da cintura) e de estilo de vida (tabagismo e prática de atividade física) também foram avaliadas. As análises estatísticas foram conduzidas com auxílio dos softwares STATA ® 13.0 e SPSS ® 23.0. Para comparação de proporções foi utilizado o teste qui-quadrado. A análise de variância foi utilizada para comparação das médias entre os tercis de consumo de antioxidantes e de contribuição calórica de alimentos ultraprocessados. Para associações, foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. Análise de regressão linear multivariada foi utilizada para identificar associações entre o consumo alimentar e os fatores de risco cardiometabólico. Razões de prevalência e seus intervalos de confiança robustos foram estimados por meio de regressão de Poisson multivariada ajustadas para variáveis relevantes. Foi adotado nível de significância (α) de 5%. Como resultados, a CATd esteve associada positivamente ao consumo de alimentos in natura e minimamente processados (β:0,0006; IC 95%: 0,0005 – 0,0007; p < 0,001); alimentos processados (β:0,0005; IC 95%: 0,0002 – 0,0007; p < 0,001) e ultraprocessados (β:0,0001; IC 95%: 0,0000 – 0,0002; p = 0,041) e negativamente ao consumo de lipídeos saturados (r=-0,28; p<0,001), contudo, não apresentou relação com nenhum dos fatores de risco cardiometabólicos avaliados. O consumo de alimentos ultraprocessados foi relativamente baixo (18,8% das calorias consumidas) e esteve associado a maior prevalência de perímetro da cintura elevado (RP:1,066; IC 95%:1,018 – 1,116; p=0,006) e excesso de peso (RP:1,082; IC 95%:1,001 – 1,170; p=0,047) e, menor prevalência de hipertensão arterial (RP:0,905; IC 95%:0,822 – 0,997; p=0,043) e hipertensão arterial auto referida (RP:0,951; IC 95%:0,919 – 0,983; p=0,003). Conclui-se que pelo baixo consumo de alimentos ricos em antioxidantes, a CATd não esteve associada aos fatores de risco cardiometabólico, porém, o consumo de alimentos ultraprocessados, mesmo em pequenas quantidades, está associado a importantes fatores de risco cardiovascular em indivíduos cardiopatas. / Cardiovascular diseases (CVD) represent a challenge in public health in Brazil and worldwide as they are the main causes of death in individuals over 30 years of age. Food can play a protective role for CVD by antioxidants in foods such as fruits and vegetables, and risky role due to consumption of foods rich in sugars, sodium and fats such as processed and ultraprocessed foods. In this sense, it is fundamental to understand the relationship between the food consumption of the Brazilian population and the cardiometabolic risk factors, in order to elaborate nutritional strategies that favor the prevention, risk reduction and/or management of these diseases. The aim of the present study was to evaluate the association between the antioxidant capacity of the diet (TAC) and the consumption of ultraprocessed foods with cardiometabolic risk factors in Brazilian adults and elderly. This is a cross-sectional study with data referring to the multicenter DICA-Br study. The sample consisted of 2355 individuals of both sexes, over the age of 45, from secondary care in cardiology in all Brazilian regions. These were evaluated for food consumption by means of two 24 hour recalls and, posteriorly, the total antioxidant capacity of the diet (TAC) were calculated and foods were classified by NOVA. Clinical characteristics (triglycerides, total cholesterol, high and low density lipoproteins and fasting glycemia), sociodemographic (socioeconomic class, schooling and age), anthropometric variables (weight, height, body mass index and waist circumference) and lifestyle (smoking and physical activity) were also evaluated.Statistical analyzes were carried out using Stata® 13.0 and SPSS® 23.0 softwares. The chi-square test was used to compare proportions. The analysis of variance was used to compare the averages between the tertiles of antioxidant consumption and caloric contribution of ultraprocessed foods. For associations, the Pearson correlation coefficient was used. Multivariate linear regression analysis was used to identify associations between dietary intake and cardiometabolic risk factors. Prevalence ratios and their robust confidence intervals were estimated using multivariate Poisson regression adjusted for relevant variables. The level of significance (α) of 5% was adopted. As results, TAC was positively associated to the consumption of fresh and minimally processed foods (β: 0.0006; 95% CI: 0.0005 - 0.0007; p <0.001); (β: 0.0001, 95% CI: 0.0002 - 0.0007, p <0.001) and ultraprocessed (β: 0.0001, 95% CI: 0.0000 - 0.0002, p = 0.041) and negatively to the consumption of saturated lipids (r = -0.28, p <0.001), however, was not related to any of the cardiometabolic risk factors evaluated The consumption of ultraprocessed foods was relatively low (18.8% of consumed calories) and was associated with a higher prevalence of high waist circumference (PR: 1,066, 95% CI: 1,018 - 1,116, p = 0.006) and overweight (PR: 1,082, 95% CI: 1,001 - 1,170, p = 0.047); and lower prevalence of arterial hypertension (PR: 0.905, 95% CI: 0.822-0.997, p = 0.043) and self-reported arterial hypertension (PR: 0.951, 95% CI: 0.919-0.983, p = 0.003). It was concluded that due to the low consumption of foods rich in antioxidants, TAC was not associated with cardiometabolic risk factors, but the consumption of ultraprocessed foods, even in small amounts, was associated with important cardiovascular risk factors in heart patients.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/23709 |
Date | 27 February 2018 |
Creators | Felício, Matheus Brum |
Contributors | Hermsdorff, Helen Hermana Miranda, Bressan, Josefina |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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