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Sociopatas digitais: comportamento antissocial e empatia em ambientes virtuais

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Previous issue date: 2017-03-06 / Fundação São Paulo - FUNDASP / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The tools that emerge within digital tracking can assume positive usages, as much
as negative ones, reminds Lucia Santaella in “Ecologia Pluralista da
Comunicação: Conectividade, Mobilidade, Ubiquidade” (2010). Fernanda Bruno,
on the other hand, in “Máquinas de Ver, Modos de Ser: Vigilância, Tecnologia e
Subjetividade” (2013), alleges that tracked communication steps in the
construction of contemporary man subjective identity, both for good and for evil.
Nevertheless, what evil is ithis? How this alleged evil operates within digital
universe? For answering this questions, it is necessary to understand evil from a
philosophical point of view, in order to understand the complexity that this
concept assumes within the moral - this, in turn, inserted in time and space limits.
Hannah Arendt, in “Eichmann em Jerusalém - Um relato sobre a banalidade do
mal” (1999) points to two kinds of malignancy: the banal evil, unplanned, brought
on by ordinary people in everyday situations; and a supreme evil, planned, that
derives from gaining advantages and power for an individual or group of people,
precisely from the manipulation commonly associated with feelings usual to most
human beings, especially empathy, shame and fear. This pattern of behavior
coincides, according to Ana Beatriz Barbosa Silva in “Mentes Perigosas: o
Psicopata Mora ao Lado” (2008), with the profile understood by psychiatry as the
antisocial personality disorder, also called sociopathy. Understanding how the
sociopath acts in the digital universe is thus the subject of this research. In the
virtual medium - where ubiquity determines human behavior - empathy, fear and
shame of an individual can be used to obtain advantages by another individual and
also by groups of individuals, both in the private sphere and in the public domain.
Does the sociopath find a fertile territory in the social media to act to others
detriment? Which are the negative usages that can be made from digital
communication? How can data tracking tools be used for evil? But, if the network
is a complex system as dynamic as the physical universe, what is the role that the
sociopath fulfills in the digital universe? How does it work in this complex
system? Identifying and qualitatively typifying their actions organizes information
and opens paths to answering those questions. Bullying, trolling, copy cat,
hackerism, gaslighting and mind control are some of the types already
consecrated, and deserve to be tabulated. All these actions, in some of their stages,
run counter to the realm of tracking. Even more: what are the flanks in the internet
that fit antisocial behavior? Establishing this limit, by typifying the actions of
sociopaths in the social media, and characteristics of digital empathy and alterity,
can foster a digital morality. And, finally, add knowledge to the forensic sciences,
combating digital crimes, besides expanding the studies and debates about the
meaning of evil and promoting ethics on communication in digital mediums / As ferramentas que surgem com o rastreamento digital podem ter usos positivos,
mas também negativos, diz Lucia Santaella em “Ecologia Pluralista da
Comunicação: Conectividade, Mobilidade, Ubiquidade” (2010). Fernanda Bruno,
por sua vez, em “Máquinas de Ver, Modos de Ser: Vigilância, Tecnologia e
Subjetividade” (2013), afirma que a comunicação rastreada interfere na construção
da identidade subjetiva do homem contemporâneo, tanto para o bem quanto para o
mal. Ora, mas que mal é esse? Como opera o mal dentro do universo digital? Para
responder estas questões, é necessário entender o mal do ponto de vista filosófico,
a fim de compreender a complexidade que esse conceito assume dentro da moral -
esta, por sua vez, inserida em limites de tempo e espaço. Hannah Arendt, em
“Eichmann em Jerusalém - Um relato sobre a banalidade do mal” (1999) aponta
para dois tipos de mal: o mal banal, não planejado, impetrado por indivíduos
comuns, em situações cotidianas; e o mal supremo, planejado, que parte da
obtenção de vantagens e poder para um indivíduo ou grupo de pessoas, justamente
a partir da manipulação comumente associada a sentimentos comuns à maioria dos
seres humanos, em especial a empatia, a vergonha e o medo. Este padrão de
comportamento coincide, de acordo com Ana Beatriz Barbosa Silva em “Mentes
Perigosas: o Psicopata Mora ao Lado” (2008), com o do perfil entendido pela
psiquiatria como transtorno de personalidade antissocial, também chamado de
sociopatia. Compreender como o sociopata age no universo digital é, assim, o
tema dessa pesquisa. No ambiente virtual – onde a ubiquidade determina o
comportamento do indivíduo –, a empatia, o medo e a vergonha de um indivíduo
podem ser usados para a obtenção de vantagens por outro indivíduo e, também,
por grupos de indivíduos, tanto na esfera privada quanto na pública. O sociopata
encontra nas redes território fértil para agir em detrimento dos demais? Quais os
usos negativos que se pode fazer a partir da comunicação digital? Como
ferramentas de rastreamento de dados podem ser usadas para o mal? Mas, se a
rede é um sistema complexo tão ou mais dinâmico do que o universo físico, qual é
o papel que o sociopata cumpre no universo digital? De que modo ele atua nesse
sistema complexo? Identificar e tipificar qualitativamente sua ação organiza
informações e abre caminho para responder a essas perguntas. Bullying, trolling,
copy cat, hackerismo, gaslighting e mind control, além da engenharia social, são
alguns dos tipos já consagrados e que merecem ser tabulados. Todas essas ações
esbarram, em alguma de suas etapas, na esfera do rastreamento. Quais são os
flancos da web que se ajustam ao comportamento antissocial? Estabelecer esse
limite, a partir da tipificação das ações de sociopatas nas redes, e das
características da empatia e da alteridade em rede, pode fomentar uma moral
digital e, enfim, somar conhecimento às ciências forenses e ao combate aos crimes
digitais, além de ampliar o estudo e o debate sobre o significado do mal, e de
promover a ética na comunicação em ambientes digitais

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/19810
Date06 March 2017
CreatorsAssis Junior, Fabio de Paula
ContributorsSantaella, Lucia
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Tecnologia da Inteligência e Design Digital, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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