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Estudo imunohematológico molecular do sistema de grupo sangüíneo Kell em indivíduos brasileiros / Molecular immunohematology study of Kell blood group system in Brazilians

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Publico-10892d.pdf: 1690185 bytes, checksum: 34b03df3cf5cbb70f29cd94d1a659d77 (MD5) / Objetivos: Determinar as freqüências dos principais polimorfismos KEL, KEL*1,2, KEL*3,4,21 e KEL*6,7, e de dois novos alelos KEL, KEL*29 e KEL*30, em pacientes com hemoglobinopatias e doadores de sangue. Elucidar, empregando técnicas moleculares, casos raros envolvendo o sistema Kell. Casuística e métodos: As freqüências dos polimorfismos KEL*1,2, KEL*3,4,21 e KEL*6,7 foram avaliadas por PCR-RFLP em 108 pacientes portadores de hemoglobinopatias e 205 doadores de sangue. As freqüências dos polimorfismos KEL*29,KEL*29- (1988G>A) e KEL*30,KEL*30- (1033G>A) foram estudadas por PCR-RFLP em 68 pacientes com hemoglobinopatias e 300 doadores. Afim de elucidar um caso raro de aloimunização anti-KEL7 em uma gestante com antecedente de perdas fetais, estudamos por PCRRFLP os principais polimorfismos KEL nos 6 indivíduos da família. Empregando a técnica de seqüenciamento, pesquisamos as bases moleculares responsáveis pelo fenótipo KELnull em 2 pacientes e a mutação responsável pelo padrão anômalo na genotipagem do polimorfismo KEL*3,4 por PCR-NlaIII-RFLP em 3 indivíduos. Resultados: O genótipo KEL*1/KEL*2 foi observado em 6,5% (7/108) dos pacientes com hemoglobinopatias e em 6,3% (13/205) dos doadores de sangue (p>0,999). O genótipo KEL*3/KEL*4 foi observado em apenas 1% (2/205) dos doadores de sangue (p=0,547). O genótipo KEL*6/KEL*7 foi detectado em 6,5% (7/108) dos pacientes com hemoglobinopatias e em 4,4% (9/205) dos doadores (p=0,430). Todos os 68 pacientes portadores de hemoglobinopatias e os 300 doadores de sangue foram genotipados como KEL*29/KEL*29 e KEL*30/KEL*30. A identificação do aloanticorpo anti-KEL7 na gestante foi auxiliada pelo estudo molecular KEL. A gestante apresentava o genótipo KEL*6/KEL*6, sua mãe e sua filha eram KEL*6/KEL*7, enquanto seu segundo parceiro e sua neta foram genotipados como KEL*7/KEL*7. O recém nascido apresentou o mesmo genótipo da mãe. A mutação C1042T (Q348X) foi detectada pela reação de seqüenciamento e confirmada pela técnica de PCR-Tsp45I-RFLP nas pacientes portadoras do fenótipo KELnull. A mutação IVS6-13C>T foi identificada pela reação de seqüenciamento nos indivíduos com o padrão anômalo na genotipagem KEL*3,4. Conclusões: Não foi observada diferença significativa nas freqüências dos polimorfismos KEL entre os pacientes brasileiros afro-descendentes com hemoglobinopatias e os doadores de sangue. A concordância na genotipagem KEL observada entre as populações de doadores e receptores de sangue sugere que os pacientes brasileiros politransfundidos apresentam menor risco de aloimunização Kell quando comparados aos dados reportados em estudos onde a população de doadores de sangue é predominantemente constituída por indivíduos de origem caucasiana. Em adição, nossos dados sugerem que a necessidade de transfusão de hemácias com fenotipagem expandida pode não ter o mesmo custo-benefício nos pacientes politransfundidos no Brasil. Nenhum alelo variante KEL*29- (1988G>A) ou KEL*30- (1033G>A) foi identificado entre os 736 alelos analisados. Nossos dados sugerem que os antígenos KEL29 e KEL30 têm pouco impacto clínico, uma vez que a aloimunização a estes antígenos é, provavelmente, um evento raro restrito a poucos casos envolvendo indivíduos com fenótipo KEL:-29 ou KEL:-30. Finalmente, o estudo molecular KEL possibilitou a elucidação do caso de aloimunização anti-KEL7 associado às mortes fetais intra-uterinas, a identificação das bases moleculares do fenótipo KELnull em dois indivíduos brasileiros e a detecção da mutação responsável pelo padrão anômalo na genotipagem KEL*3,4. / To evaluate the KEL polymorphisms in Brazilian patients with hemoglobinopathies and blood donors and to elucidate some rare cases implicating Kell blood group system. Subjects and methods: Employing the PCR-RFLP technique, we evaluated the KEL*1,2, KEL*3,4,21 and KEL*6,7 polymorphisms frequencies in 108 patients with hemoglobinopathies and 205 blood donors. We also studied the KEL*29,KEL*29- (1988G>A) and KEL*30,KEL*30- (1033G>A) polymorphisms frequencies in 68 patients with hemoglobinopathies and 300 blood donors. In adition, the KEL polymorphisms were evaluated in an Afro-descent Brazilian pregnant woman and her relatives to elucidate a rare case of anti-KEL7 alloimmunization associated to intrauterine deaths. To elucidate the molecular basis of KELnull phenotype in Brazilian patients and to identify the mutation responsible for the abnormal pattern observed in three different samples in KEL*3,4 genotyping by PCR-NlaIII-RFLP, KEL sequencing was performed. Results: The KEL*1/KEL*2 genotype was found in 6.5% (7/108) of patients with hemoglobinopathies and in 6.3% (13/205) of blood donors (p>0,999). The KEL*3/KEL*4 genotype was observed in only 1.0% (2/205) of blood donors (p=0,547). The KEL*6/KEL*7 genotype was found in 6.5% (7/108) of patients with hemoglobinopathies and in 4.4% (9/205) of blood donors (p=0,430). We also found 1 (0.5%) donor with KEL*6/KEL*6 genotype. There was no statistically significant difference between the frequencies of KEL*1/KEL*2, KEL*3/KEL*4 and KEL*6/KEL*7 genotypes seen in patients with hemoglobinopathies compared to those observed in blood donors. All tested subjects, 300 donors (100%) and 68 patients (100%), were homozygous for the wild type consensus nucleotides at the KEL*29 and KEL*30 positions. No variant allele 1988G>A KEL*29 or 1033G>A KEL*30 was identified among the 736 analyzed alleles. The pregnant woman (propositus) was KEL*6/KEL*6, her mother and her daughter were KEL*6/KEL*7 heterozygous, and her former partner was KEL*7/KEL*7. The newborn was also tested and presented the same KEL*6/KEL*6 genotype of his mother. The propositus and her available relatives were KEL*2,4/KEL*2,4 homozygous. In addition, the C1042T (Q348X) mutation was detected by KEL sequencing, and corroborated by the PCR-Tsp45I-RFLP technique, in Brazilian patients with KELnull phenotype. The IVS6-13C>T mutation was also detected by KEL sequencing in subjects with abnormal pattern in KEL*3,4 genotyping by PCR-NlaIIIRFLP. Conclusions: The observed concordant KEL genotyping donor-recipient population suggests that Brazilian patients are at lower risk for Kell alloimmunization than that reported by studies where the donor population is predominantly formed by white Caucasians. In addition, our data indicate that the requirement for extended antigen-matched RBC transfusion in multitransfused patients may not be cost-effective in Brazil. Moreover, our data suggest that the KEL29 and KEL30 antigens have little clinical impact, since the alloimmunization by these antigens is probably a very rare event, restricted to a few cases involving subjects with KEL:-29 or KEL:-30 phenotype. Finally, we also report a rare case of anti-KEL7 alloimmunization associated to intrauterine deaths in an Afro-descent Brazilian woman, as well as the molecular basis of KELnull phenotype in Brazilians and the mutation implicated in the abnormal pattern seen in KEL*3,4 genotyping were identified by molecular studies. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unifesp.br:11600/9588
Date28 May 2008
CreatorsBoturão-Neto, Edmir [UNIFESP]
ContributorsUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Bordin, José Orlando [UNIFESP]
PublisherUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format166 p.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNIFESP, instname:Universidade Federal de São Paulo, instacron:UNIFESP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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