Return to search

Estrutura espacial e ecologia de briófitas epífitas e epífilas de remanescentes de floresta atlântica na estação ecológica de Murici, Alagoas

Made available in DSpace on 2014-06-12T15:06:36Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo4853_1.pdf: 1478319 bytes, checksum: 020993ae39fcbf9d0ebddfac5ec54110 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2007 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Visando atender à necessidade de ampliar o conhecimento cobre ecologia de briófitas
epífitas e epífilas e acrescer a flora do Estado de Alagoas, estas comunidades foram
inventariadas em fragmentos florestais da Estação Ecológica Murici (9º11 05 - 9º16 48 S/
35º45 20 - 35º55 12 O), Nordeste do Brasil. Visto que possuem elevada sensibilidade a
microclima, ciclos de vida rápidos e alta especificidade por substratos, briófitas epífilas são
um grupo-chave para estudos sobre dinâmica metapopulacional. Elas permitem acessar
respostas às variações ambientais em escalas espaciais e temporais relativamente menores
àquelas das plantas superiores. Assim, epífilas de sub-bosque foram coletadas nos
primeiros 100 metros de borda de dez fragmentos da área e tiveram seus padrões de
ocupação (abundância local e regional) e fertilidade aferidos. Foi observada uma tendência
de perda de abundância local e regional, e isso pode estar atrelado à reduzida expressão
sexual e assexual observada com a perda de qualidade de habitat. Embora a fertilidade não
tenha sido correlacionada com constância nos fragmentos, espécies frequentemente férteis
colonizaram um significativo maior número de sítios dentro dos mesmos. Espécies dióicas
particularmente mostraram menor proporção de populações férteis e baixa freqüência nos
fragmentos. Métricas da paisagem, principalmente tamanho e isolamento, juntamente com
indicativos de qualidade de habitat de fragmentos (proporção de vegetação secundária)
explicaram melhor a variação na riqueza e ocupação das epífilas que a distância de borda.
Isto sugere que os efeitos da fragmentação em escala local desempenham um papel
coadjuvante ou secundário na brioflora após determinado tempo decorrido. É possível que
o presente estudo tenha retratado este estágio sucessional, onde aspectos locais já não
impactam a brioflora com a mesma clareza que o isolamento. Os resultados acrescem o
suporte empírico para a visão mais ampla e realista dos efeitos da fragmentação e perda de
habitat. Ações de prospecção de áreas prioritárias para conservação devem levar em
consideração tanto a quantidade de habitat remanescente como também a conectividade
entre as diversas manchas em que ela se distribui na paisagem. No caso das briófitas
epífitas, isolamento, área e proporção de vegetação secundária também influenciaram
significativamente a brioflora. Os remanescentes maiores, menos isolados e com boa proporção de vegetação secundária abrigaram uma riqueza total praticamente três vezes
superior aos menos conservados. Epífitas não chegaram a colonizar sequer troncos
inferiores na maioria dos fragmentos não conservados, ficando restritas às bases com
comunidades bastante descaracterizadas em seu componente florístico, isto é, fortemente
dominadas por espécies generalistas e xerófitas, ao passo que 95% das espécies típicas de
sombra foram confinadas aos fragmentos conservados. Somando-se isto ao fato de que
houve uma grande similaridade do dossel dos fragmentos conservados com o sub-bosque
dos não conservados, os resultados sugerem que a perda de habitat leva a um deslocamento
das guildas típicas de sol do dossel para o sub-bosque. Isto esclarece eventos precedentes à
extinção, resultado culminante da fragmentação e perda de habitat, de grupos biológicos em
ecossistemas florestais. Ademais, mostra que remanescentes florestais capazes de abrigar
floras epífitas ricas até o dossel possuem mais de 300 ha, o que está longe de ser um
tamanho comum nos remanescentes de Floresta Atlântica brasileira e, portanto, reforça a
necessidade de conservação dos poucos que ainda alcançam tais marcas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/951
Date January 2007
CreatorsDámaris Pereira Alvarenga, Lisi
ContributorsCavalcanti Pôrto, Kátia
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0031 seconds