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Previous issue date: 2016-04-11 / O jovem que vive a situação de dupla carreira escolar e esportiva, deve obrigatoriamente frequentar a escola, estudar, realizar provas e trabalhos escolares e participar da vida escolar. Ao mesmo tempo, a carreira de formação esportiva exige treinamento regular diário, viagens, participações de competições e os cuidados necessários com o corpo e o estado psíquico do atleta. O estudo aqui apresentado, problematiza a relação constituída entre a escolarização formal e a formação profissional para o esporte de alto desempenho, vivida por jovens que optam em conciliar essa dupla carreira nessa fase da vida. O trabalho que apresentamos a seguir, busca entender como esses jovens conciliam ou conciliaram a carreira da escola e a carreira do esporte. Para tal, buscamos informações em duas frentes. Uma frente foi a dos alunos/atletas beneficiários do Programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte, categoria Estudantil. Outra fonte de dados para o entendimento da questão que pretendemos responder foram as biografias de atletas de alto nível, buscando ali também, o entendimento de como estes atletas conseguiram lidar com a carreira esportiva e a carreira escolar simultaneamente e de como a família contribuiu e influiu no desenvolvimento deste processo de dupla carreira. Quando pensamos a conciliação entre esporte e escola olhando a trajetória de atletas do nível dos biografados, todos campeões mundiais com um desempenho esportivo muito alto, percebemos que apesar das famílias valorizarem o aprendizado escolar, quando os resultados esportivos falam muito alto e deixam claro que aquela pessoa já tem uma vida profissional definida no esporte, os atletas não hesitam em parar de estudar para se dedicar especificamente a carreira esportiva. Na pesquisa produzida junto aos alunos/atletas beneficiados pelo Programa Bolsa-Atleta, a negociação entre jovem, escola e esporte acontecia de formas diferentes. Os mecanismos de flexibilização das normas regulares da escola apareciam discretamente. Em alguns casos, o clube, na figura do treinador, incentivava o comparecimento do atleta à escola e o cumprimento das tarefas escolares. O sucesso nos acordos de dupla carreira depende da boa vontade das partes envolvidas e assim percebemos a necessidade de um instrumento sistematizado, para que esses acordos deixem de acontecer a partir da boa vontade dos participantes, e sim de forma legal em todos os seus aspectos. Assim, concluindo este trabalho, entendemos ser importante apontar sugestões para avançarmos no atendimento às necessidades dos alunos/atletas envolvidos em situação de dupla carreira.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/7312 |
Date | 11 April 2016 |
Creators | SILVA, A. L. C. E. |
Contributors | FERREIRA NETO, A., COSTA, F. R., SANTOS, W., SOARES, A. J. G. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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