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Dessertação_enf_Aritusa Martins.pdf: 985304 bytes, checksum: 81ca1d4608f497fa1fd88855a86f7a5f (MD5) / O processo de cuidar do adolescente tem suscitado preocupações dos profissionais das
diversas áreas de conhecimento, em especial, da educação e da saúde. Para que entendamos
este processo precisamos considerar que a adolescência envolve alterações de natureza
biológicas com aceleração do desenvolvimento cognitivo e estruturação da personalidade. No
Brasil, existem, aproximadamente, 35 milhões de adolescentes. Este grupo, apesar de ser
considerado sadio, está vulnerável a diversos problemas de saúde, entre eles, susceptibilidade
às doenças infecciosas, problemas nutricionais, fatores de risco cardiovascular, doenças
sexualmente transmissíveis, o uso/abuso de drogas, fragilidade da saúde mental, alterações de
crescimento e desenvolvimento, além de outras circunstancias próprias desta fase. Este estudo
teve como objetivo apreender e analisar as percepções das enfermeiras, que atuam nas
unidades do PSF (Programa de Saúde da Família), das cidades de Itabuna e Ilhéus, sobre o
adolescente e o processo de cuidar. É um estudo descritivo de abordagem qualitativa. A
coleta de dados foi realizada através de entrevistas semi-estruturadas. Os sujeitos foram oito
enfermeiras do município de Itabuna e quatro do município de Ilhéus, no estado da Bahia, que
atuam nas unidades do PSF. Foi utilizado como referencial teórico a literatura sobre a
temática e as políticas públicas de saúde voltadas para a adolescência, com ênfase no
PROSAD e no PSF. Os dados apontaram que as enfermeiras têm percepções variadas acerca
do adolescente tais como, um ser em fase de transição/transformação; um ser complicado,
agitado, inquieto, inconstante e desinformado; e sem referência no serviço de saúde. Quanto
aos sentimentos acerca do cuidar do adolescente, as enfermeiras sentem-se despreparadas,
sem capacitação, necessitando de treinamento específico, educação continuada; sentem a
necessidade de parcerias com grupos da comunidade; algumas não gostam de trabalhar com
adolescentes, acham difícil; outras se sentem, ainda, inseguras, angustiadas e desanimadas.
Tais percepções e sentimentos podem estar influenciando na situação em que se encontra a
saúde dos adolescentes nas unidades onde atuam as entrevistadas, a qual não é trabalhada,
especificamente, e, quando acontece é no contexto da saúde da mulher ou em palestras
esporádicas sobre sexualidade. Como fatores que refletem na abordagem ao adolescente e no
processo de cuidar deste, identificamos: a necessidade de um espaço físico; a formação
acadêmica pouco direcionada para o adolescente; tabus e valores impregnados nas
enfermeiras; imposição de conceitos por parte das enfermeiras que não oferecem
oportunidade ao adolescente de expressar seus próprios conceitos, de desenvolver um
pensamento crítico; e a falta de capacitação específica para atuar no processo de cuidar do
adolescente. Esperamos que este estudo possa contribuir com os profissionais, estimulando-os
a exercitar um esforço conjunto visando a mudança da situação em que se encontra o processo de cuidar de adolescentes, nas unidades do PSF. / Salvador
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/12867 |
Date | 09 September 2013 |
Creators | Martins, Aretusa de Oliveira |
Contributors | Vieira, Therezinha Teixeira |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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