Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. / Made available in DSpace on 2012-10-18T03:57:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
185861.pdf: 295659 bytes, checksum: 147ff17ad25ce8e6e566364ac68b1858 (MD5) / A globalização financeira e produtiva derrubou fronteiras e limitações que não permitiam às empresas expandir suas atividades com rapidez e concorrer em igualdade de condições com similares em qualquer parte do mundo. Os benefícios, entretanto, vieram acompanhados de transtornos, principalmente para as empresas menores, que não têm poder financeiro e negocial para competir em igualdade de condições com as grandes multinacionais. Por isso, atualmente, sobreviver e tornar-se indispensável num mundo tão competitivo tem sido o grande desafio das empresas. Na perseguição desse objetivo, estratégias têm sido traçadas e colocadas em prática. No entanto, em muitas situações, não logram êxito e empresas, às vezes aparentemente sólidas, têm sucumbido. Tal fato é conseqüência de estratégias erradas. E um dos grandes motivos de se colocar em prática estratégias ineficientes é a falta de conhecimento sobre o real desempenho econômico das empresas, bem como os fatores que estariam provocando alguma anomalia na mesma. A celeridade com que as transformações vem ocorrendo exige mudanças profundas na forma de administrar as empresas. Mas para que essas mudanças sejam eficazes, necessário se faz que os gestores tenham pleno conhecimento das atividades da empresa, bem como de seu resultado e desempenho econômico. O conhecimento de seus real desempenho econômico e, conseqüente, tomada de decisão com bom grau de acerto, só é possível se a empresa tiver a sua disposição instrumentos de mensuração confiáveis, que lhe permitam descobrir as deficiências. As técnicas tradicionalmente utilizadas para mensurar o desempenho econômico das empresas encontram-se ultrapassadas e não satisfazem essa necessidade dos administradores. Baseiam-se unicamente em demonstrações contábeis elaboradas de acordo com as normas contábeis vigentes, que pecam ao não incluir o custo do capital próprio na apuração do resultado do exercício. Por isso, a apresentação de um modelo que considere o custo de todos os capitais empregados (próprios e de terceiros) na obtenção dos resultados, não só preenche esta lacuna, como permite aos acionistas visualizar se a empresa está criando ou destruindo riquezas para eles. Utiliza-se dos conceitos de criação de valor ao acionista, por isso o resultado apurado através de sua metodologia é ganho real, pois está expurgado de todos os custos de capitais, sejam eles próprios ou de terceiros. A metodologia do EVA/MVA é um avanço em relação a metodologia tradicional. O EVA é superior às medidas de desempenho tradicionais, pois mostra a performance financeira da empresa em detalhes, especialmente para aquelas onde o lucro é visto como livre fonte de recursos e a performance é medida através das figuras tradicionais. Os resultados decorrentes da aplicação dessa metodologia evidenciam o verdadeiro lucro das empresas, informando se as mesmas, através de suas atividades, estão ou não agregando valor e, consequentemente, aumentando ou diminuindo a riquezas dos sócios. Desta forma, esta ferramenta ajuda a criar uma nova perspectiva para a organização, encorajando administradores e empregados a pensar como proprietários. Analisando o desempenho da empresa através da metodologia do EVA/MVA, os administradores condições de priorizar projetos mais rentáveis, que agregam maior valor a empresa, e descartar aqueles que estão prejudicando o seu desempenho. Permite, ainda, avaliar, de forma mais profunda, a estrutura de capitais da empresa, adequando-a de forma que haja a maximização da rentabilidade sem desprezar a segurança. A avaliação de desempenho econômico da empresas através da metodologia do EVA/MVA ainda encontra muitas barreiras, tais como o desconhecimento de suas técnicas, as deficiências do sistema contábil vigente, a cultura contábil em voga sugerindo que o lucro contábil é a remuneração do capital próprio, a ausência, no Brasil, de um mercado de capitais eficiente, o custo financeiro dos financiamentos e as poucas linhas de crédito de longo prazo existentes, entre outras. Entretanto, em que pese negativamente todos esses fatores, o atual ambiente é propício à implementação da metodologia do EVA/MVA. As atuais exigências do mercado, com o acirramento da concorrência, estão forçando as empresas a buscarem novas alternativas administrativas, que ofereçam com rapidez e eficiência respostas que lhes tornem vencedoras. A mudança no sistema de governança corporativa vem alterando o comportamento de muitos gerentes. Regras, normas e valores tradicionais estão sendo alterados e adaptados às novas exigências do mercado, facilitando a tomada de ações que fortaleçam as empresas, contribuindo para o crescimento econômico do país, através de geração de mais empregos, mais renda e mais impostos.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/79444 |
Date | January 2001 |
Creators | Macorim, Adinel |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Silva, Harrysson Luiz da |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 1v.| tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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