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Um trabalho coletivo em educação: alfabetização: carência ou possibilidade

Submitted by Estagiário SPT BMHS (spt@fgv.br) on 2012-01-05T13:07:56Z
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Previous issue date: 1983 / Est-ce que le travail pédagogique, comme production collective, est vécu dans les écoles primaires et secondaires? Comment ceux qui quotidiennement expérimentent les contradictions de 'l'éducation comme droit universel' et comme mise a l'écart des classes défavorisées perçoivent la spécificité de ce travail? Ce sont ces questions qui sont ici posées, cherchant à récupérer la place de l'école comme lieu de production et de transmission de connaissances, du minimum nécessaire à la survie matérielle et culturelle de ceux qui sont en général exclus du projet éducatif. C'est pour celà que l'alphabétisation - comprise comme appropriation de la parole, comme instrument d'acquisition de nouvelles connaissances - est au centre des temps et mouvements de l'enquête; l'élément mobilisateur, convergent et rassembleur des discours, des désirs, des espoirs et des possibilités de ceux qui enseignent et apprennent dans les écoles publiques de la Quatorzième Délégation Régionale de Nova Era, dans l'Etat de Minas Gerais. La méthodologie s'est donc construite à mesure que le travail s'est réalisé dans les cours, rencontres, études spécifiques, dans les compte-rendus d'expériences et dans les discussions, confrontant tout le temps les discours du professeur, du spécialiste, des' parents, des enfants et des techniciens de la. ORE (Délégation Régionale de l'Enseignement), des auteurs et des autorités en éducation. Les textes produits, les actions réalisées et les relations vécues expriment ce dialogue et questionnent la pratique éducative d'une école qui l'enseigne même pas à lire, dans un contexte de croissante marginalisation économique, social, politique et culturelle de la plus grande partie de la population. Depuis les classes pré-scolaires jusqu'au secondaire, en passant par les 'classes spéciales' ou par l'éducation d'adultes, est-il possible de penser 'l'enseignement pour tous'? Est-il possible de comprendre et de démystifier l'alphabétisation - tâche primordiale de l'école - comme mécanisme d'exclusion des dépossédés? Une contribution au processus de perte de I' innocence d'une école 'neutre' et â la tentative de supération de son savoir-faire 'technique': tel est le sens de ce travail, vécu non comme une application d'instruments habituels d'enquête, mais comme une construction collective. L'éducation, comme acte de coopération, comme un défi à plonger dans les conditions concrètes où elle est en jeu, c'est la proposition qui parcourt toute l'enquête, dans la certitude qu'il est possible, du point de vue de l'éducateur, de construire les chemins de l'enseignement fondamental. / O trabalho pedagógico, como produção coletiva, é vivido nas escolas de 1o e 2o graus? O seu fazer específico: como e percebido pelos que cotidianamente experenciam as contra dições da 'educação como direito de todos' e como marginalização das classes menos favorecidas? são essas as questões básicas aqui colocadas, procurando resgatar o lugar da escola como produção e transmissão do conhecimento; do mínimo necessário à sobrevivência física e cultural dos que são geralmente excluídos do projeto educa cional. Por isso, a alfabetização - entendida como apropriação da palavra, como instrumento para aquisição de novos conhecimentos - é o foco dos tempos e movimentos da pesquisa, o móvel convergente e aglutinador das falas, anseios, esperanças e possibilidades dos que ensinam e aprendem nas escolas públicas da l4a. Delegacia Regional de Ensino em Nova Era, Minas Gerais. A metodologia foi-se construindo, portanto, à medida que o trabalho se realizou, nos cursos, encontros, estudos específicos, nos relatos de experiências e nas discussões, confrontando, todo o tempo, a fala do professor, do especialista, dos pais, das crianças e a dos técnicos da DRE (Delegacia Re gional de Ensino), dos autores e das autoridades pedagógicas. Os textos produzidos, as ações realizadas e as relações vividas expressam esse diálogo e colocam em questão a prática educativa de uma escola, que não ensina nem a ler, num contexto de crescente marginalização econômica, social, política e cultural da maioria da população. Desde as classes pré-escolares i -passando pelas 'classes especiais', ou pela edu cação de adultos, até o 29 grau: qual a possibilidade de se pensar o 'ensino para todos'? A alfabetização - a tarefabásica da escola - é possível compreendê-la e desmistificá-la corno mecanismo de exclusão dos despossuidos? Urna contribuição ao processo da perda da inocência de urna escola 'neutra' e à tentativa de superação do seu fazer 'técnico': eis o sentido desse trabalho, vivido, não como aplicação de instrumentos usuais 'de investigação, mas como uma construção coletivamente produzida. A educação corno ato cooperativo, corno um desafio ao mergulho nas condições concretas onde a mesma se dá, é a proposta que flui em toda a pesquisa, na certeza de que, do ponto de vista de quem o faz, é possivel construir os caminhosdo ensino fundamental.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:bibliotecadigital.fgv.br:10438/8907
Date08 November 1983
CreatorsFioravante, Maria de Lourdes
ContributorsInstitutos::IESAE, Arantes, Esther Maria de Magalhães
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional do FGV, instname:Fundação Getulio Vargas, instacron:FGV
RightsTodo cuidado foi dispensado para respeitar os direitos autorais deste trabalho. Entretanto, caso esta obra aqui depositada seja protegida por direitos autorais externos a esta instituição, contamos com a compreensão do autor e solicitamos que o mesmo faça contato através do Fale Conosco para que possamos tomar as providências cabíveis., info:eu-repo/semantics/openAccess

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