Return to search

Derivas do texto, derivas da vida. Corpo, escrita e cultura em Virgílio de Lemos, Waly Salomão e Al Berto.

Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2013-05-16T12:30:08Z
No. of bitstreams: 1
Sandro Santos Ornellas.pdf: 1064923 bytes, checksum: a01d45e65be17fe1e7551cf53bfc55da (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-05-28T19:27:04Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Sandro Santos Ornellas.pdf: 1064923 bytes, checksum: a01d45e65be17fe1e7551cf53bfc55da (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-28T19:27:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Sandro Santos Ornellas.pdf: 1064923 bytes, checksum: a01d45e65be17fe1e7551cf53bfc55da (MD5)
Previous issue date: 2005 / A tese parte do valor indecidível da escrita. Sendo historicamente, por um lado, avaliada como uma técnica a serviço do poder, a escrita emerge como materialidade instrumental de inscrição e impressão de uma memória cultural e histórica de uso monumentalizante do passado. Sob a guarda onipresente da língua, uma escrita pode ser alçada à condição de “tesouro da língua”, se se conforma à idéia de imaterialidade, isto é, à condição de valor social em si. Isso acaba por naturalizar a língua enquanto discurso e engendra uma cena originária como motivo organizador de uma dada cultura. Por outro lado, a escrita também arrasta consigo formas mais sutis e finas de transgressão à ordem institucional da língua, sendo colocada, pois, junto ao corpo como força de deslocamento, pela sua precariedade, instabilidade e polimorfismo. Paralelo a isso, a tese detém-se também no corpo como importantíssimo ator no arranjo que constrói a escrita nesse limiar, optando-se, no entanto, em tomá-lo no seu sentido forte, isto é, de mídia primeira dos processos tanto históricos quanto cognitivos de criação e de transgressão. No caso dos poetas Virgílio de Lemos, Waly Salomão e Al Berto, respectivamente, de Moçambique, do Brasil e de Portugal, a prática da escrita se quer – cada uma à sua maneira – saturada dos ruídos do corpo, ganhando o contorno de gestos que vão de figuras de erotização até o flerte com a morte, passando pela vocalidade presente no gesto de escrever. Se o sistema-escrita lançou o homem no tempo linear da razão, esses poetas exploram possíveis fendas selvagens do sistema-escrita em língua portuguesa, inscrevendo traços que podem ser lidos como a emergência de corpos tribais em uma história transnacional. Na medida em que eles subvertem a língua – “tesouro do luso” – pelo uso que fazem da suas economias significantes, também deslocam, às vezes mais, às vezes menos sutilmente, a violência da cena originária de suas culturas. / Salvador

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/11457
Date January 2005
CreatorsOrnellas, Sandro Santos
ContributorsTelles, Lígia Guimarães
PublisherPrograma de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0021 seconds