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Avaliação do efeito de derivados lipofílicos da genisteína na ativação de macrófagos in vitro e na modulação da resposta imune no modelo de EAE

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Previous issue date: 2011-12-08 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / A Esclerose Múltipla (EM) caracteriza-se por ser uma doença inflamatória crônica desmielinizante do Sistema Nervoso Central (SNC), que afeta aproximadamente um milhão de pessoas em todo o mundo. Entre os agentes terapêuticos aprovados atualmente para o tratamento da EM podemos citar o interferon beta (IFN-β) e o acetato de glatirâmer, entretanto, estes agentes não promovem a cura da doença ou
a recuperação total dos pacientes que estão em fase avançada. Diversos estudos demonstram a propriedade que os hormônios sexuais, como o estradiol e progesterona possuem em diminuir a gravidade da Encefalomielite Autoimune Experimental (EAE). Estruturalmente, as isoflavonas compartilham muitas similaridades com os estrógenos endógenos. Estudos realizados com genisteína
mostram os efeitos benéficos deste isoflavonóide na EAE. Entretanto, alguns fatores limitam sua aplicação clínica, como por exemplo, sua rápida excreção e declínio dos níveis séricos, sendo que estas características podem estar relacionadas à sua estrutura química. Dentro deste contexto, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de sete derivados lipofílicos da genisteína na modulação da resposta in vitro de macrófagos murinos J774.A1 ativados com lipopolissacarídeo e IFN-g, e verificar a atuação de um análogo selecionado na etapa in vitro na modulação da resposta imune in vivo no modelo de EAE. Na etapa in vitro foi avaliada a citotoxicidade dos compostos, no sobrenadante da cultura foram dosados óxido nítrico, IL-12 e TNF-α. Na etapa in vivo foi investigado o uso do derivado da genisteína 3 (7-Otetradecanoil-genisteína – TDG) na evolução da EAE induzida em camundongos C57Bl/6 através da aplicação do MOG35–55. No 14° dia após a indução com o MOG, os camundongos foram tratados com TDG por sete dias. No 21° dia após a indução, as porcentagens de células mononucleares isoladas de cérebro expressando marcadores de superfície (CD4+, CD3+ e CTLA-4) e produzindo citocinas IL-
17+CD4+, IL-10+CD4+ ou fator de transcrição Foxp3+CD4+ foram determinadas por citometria de fluxo. A concentração de IL-6, IFN-γ e IL-10 em macerado de cérebro e medula foram determinadas por ELISA. As análises histológicas de cérebro e medulas foram realizadas por coloração de Hematoxilina e Eosina. Os resultados apresentados indicam que a modificação estrutural da genisteína originou derivados
não citotóxicos, com elevada capacidade de inibir a concentração de IL-12. Entretanto, estes derivados da genisteína não foram capazes de inibir TNF-α. A produção de NO foi significativamente inibida pelos derivados monoésteres (2,3) e monoéter (6,7) de maneira dose-dependente. Os dados obtidos in vivo indicam que o tratamento com o TDG melhora os sinais clínicos da EAE e isto pode ser correlacionado com uma redução na porcentagem de células produzindo IL-17 e um aumento de células Foxp3+CD4+ no cérebro. Além disso, o tratamento com o TDG aumentou a liberação de IL-10 e a expressão de CTLA-4 além de reduzir a liberação de IFN-γ e IL-6. Desta forma, os dados sugerem um papel imunomodulatório do TDG na EAE e possivelmente na EM / Multiple Sclerosis (MS) is a severe and disabling chronic autoimmune inflammatory demyelinating disease of the central nervous system (CNS), that affect around one million people at entire world. Among the therapeutic agents currently approved for the treatment of MS can be cited the interferon beta (IFN-β) and the glatiramer acetate, however, these agents do not promote the cure or full recovery of patients in
advanced stages. Several studies showed that hormones, such as estradiol and progesterone, could reduce the severity of experimental autoimmune encephalomyelitis (EAE). The isoflavones share many structural similarities with endogenous estrogens. Studies with genistein showed the beneficial effects of
isoflavones in EAE. However, the chemical structure of genistein has characteristics that limit its clinical application, such as rapid excretion and decreased serum levels. This study aimed evaluate the effect of seven lipophilic derivatives of genistein in the modulation of in vitro response of murine J774A.1 macrophages activated with lipopolysaccharide and IFN-g, and verify the performance of one in vitro selected analogue on modulating in vivo the immune response in EAE. The lipophilic derivatives were evaluated in LPS+IFN-g-activated J774A.1 macrophage cultures to their effects on cytotoxicity and nitric oxide, IL-12 and TNF-α production. The effects of the selected genistein derivative 3 (7-O-genistein-tetradecanoil - TDG) on the development of EAE induced in C57BL/6 mice immunized with MOG35-55 were performed. At 14th day after induction, mice were treated with TDG for seven days. At 21st day the percentage of mononuclear cells isolated from brains expressing CD4+, CD3+, CTLA-4+ and Foxp3+ and producing IL-17+ and IL-10+ were determined by flow cytometry. The concentration of IL-6, IFN-g and IL-10 in brain and spinal cord were determined by ELISA. Histological analysis of brain and spinal cord were performed by hematoxylin and eosin staining. The results showed that the modification of genistein enables the generation of non-cytotoxic compounds with increased IL-12 inhibition, despite of failed TNF-α inhibition. The NO production was inhibited by the monoester (2,3) and monoether (6,7) compounds in a dose-dependent manner. The in vivo data indicated that treatment with TDG improved the clinical signs of EAE which can be correlated with a reduction in the percentage of cells producing IL-17 and the increment of Foxp3+CD4+ cell population at brain. Furthermore, treatment with TDG increased the release of IL-10 and expression of CTLA-4 and reduced the release of IFN-g and IL-6. Altogether, the data suggest an immunomodulatory role of the TDG in EAE and possibly MS.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4590
Date08 December 2011
CreatorsCastro, Sandra Bertelli Ribeiro de
ContributorsFerreira, Ana Paula, Almeida, Mauro Vieira de, Souza, Maria Aparecida de, Rezende, Rafael Machado, Gameiro, Jacy, Rezende, Alice Belleigoli
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira, UFJF, Brasil, Faculdade de Medicina
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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