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Eficiência comparada em sistemas de saúde: um estudo para o Brasil.

Devido ao aumento da demanda por serviços de saúde e às crescentes despesas na prestação desses serviços, a busca pela eficiência em sistemas de saúde é de crítica importância para seus agentes e beneficiários. É comprovado que melhorias de eficiência resultam em economias consideráveis de recursos ou, no mínimo, na expansão dos serviços de saúde para a comunidade. No entanto, a análise de eficiência em sistemas de saúde é complexa, com desafios conceituais, múltiplos objetivos e um contexto abundante de aparentes paradoxos econômicos. Além disso, existem os fatores externos ao sistema que afetam o estado de saúde da população, como a educação e o saneamento básico. Devido à importância da análise de eficiência neste sistema, este trabalho apresenta uma metodologia para a construção de um modelo de eficiência para o caso brasileiro, ressaltando os desafios de se medir eficiência em saúde. Seu propósito é, por meio de um método econométrico, investigar o nível de eficiência do sistema de saúde em cada Unidade Federativa brasileira e identificar os principais fatores que interferem nestes níveis de eficiência. Foi estimada uma fronteira de produção estocástica com os dados de painel referente aos anos de 2002, 2003 e 2004, perfazendo uma amostra de 81 entidades de análise. A opção pela ferramenta estocástica, ao invés da determinística, foi motivada pela facilidade desta de incorporar as variáveis exógenas no modelo de produção e pela possibilidade de identificar a verdadeira ineficiência técnica, depois de separar os desvios causados por ruído amostral. Esse aspecto parece relevante no caso em estudo uma vez que inúmeras incertezas permeiam os dados relativos à saúde. Foram desenvolvidos três modelos representativos da produção de saúde nos quais se consideraram: i) entradas do sistema de saúde: gastos com saúde, número de profissionais de saúde e número de leitos hospitalares; ii) determinantes exógenos ao sistema de saúde: taxa de analfabetismo e cobertura de saneamento básico; iii) indicador de nível de saúde populacional: expectativa de vida e taxa de mortalidade infantil. Os resultados obtidos representam estimativas dos efeitos de cada variável, seja de entrada do sistema ou exógena ao mesmo, em relação ao estado de saúde da população de cada Unidade Federativa. As eficiências dos Estados situaram-se 40% e 97%, constatando que tanto o ambiente como as próprias ações do sistema de saúde influenciam nos indicadores de saúde de sua população.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:agregador.ibict.br.BDTD_ITA:oai:ita.br:499
Date26 October 2007
CreatorsClarissa Côrtes Pires
ContributorsErnesto Cordeiro Marujo
PublisherInstituto Tecnológico de Aeronáutica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ITA, instname:Instituto Tecnológico de Aeronáutica, instacron:ITA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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