Return to search

Estratégias e táticas cotidianas : um estudo sobre os sentidos das práticas sociais e suas influências no fazer estratégia de uma barraca em feiras-livres

Made available in DSpace on 2016-08-29T14:09:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
tese_4077_.pdf: 603675 bytes, checksum: 98b9922200c6b75c5e16f6e7c825472f (MD5)
Previous issue date: 2011-06-28 / CAPES / A palavra estratégia tem ganhado espaço em escritos acadêmicos, discursos e
consultorias. Apesar da intensificação do uso da palavra, ainda há uma lacuna entre
o discurso sobre a estratégia e o que é realizado pelas pessoas na prática em
relação aos direcionamentos tomados pelas organizações. Isso suscita
questionamentos sobre o que é estratégia e como ela surge nas organizações.
Nesse ínterim, discute-se também a possibilidade de a pesquisa em estratégia
organizacional tomar direcionamentos epistemológicos diferentes daqueles
apregoados pelo Modernismo (WHITTINGTON, 2004). Esses direcionamentos de
pesquisa incluem a perspectiva da estratégia como prática social, em que a
estratégia não é algo pertencente à organização, mas aquilo que as pessoas fazem
no desempenho de suas atividades. Isso inclui não somente os membros da cúpula
organizacional, mas também todos aqueles que, diretamente e indiretamente, se
relacionam com as organizações. Ao ser considerada como uma prática social, a
estratégia deixa de ser reconhecida somente como algo formal, racional e
hierárquico. Em consonância com isso, abre-se a possibilidade de investigar o
fenômeno da estratégia em organizações em outros contextos, a qual inclui
ambientes onde a informalidade dita o desenvolvimento das atividades
organizacionais. Nesse sentido, almejando revelar como as pessoas participam da
construção das estratégias organizacionais em ambiente informal por meio dos
conceitos de estratégia cotidiana e de tática cotidiana discutidas por Certeau (2007),
realizou-se um estudo de caso com uma barraca que participa de três feiras-livres
no município de Vitória-ES. Para a concretização da investigação, foram realizadas
observações participantes e entrevistas informais, centradas na forma pela qual os
atores sociais agem e interagem entre si e com isso moldam os “fazer feira”. A
análise do diário de campo, decorrente das observações e entrevistas, evidenciou
15 temas com os quais as ações desenvolvidas pelos sujeitos de pesquisa estão
relacionadas. Observados esses temas e a correlação entre eles, algumas
considerações puderam ser feitas, entre as quais uma versa sobre os vários
sentidos de uma prática podendo estar centrada na estratégia ou na tática
cotidianas. Ademais, mostrou-se como o sentido de uma prática se altera à medida
que os atores e circunstâncias também se alteram. Por fim, verificou-se o
posicionamento do proprietário da barraca como alguém que deseja não apenas ser
o único a pensar a estratégia da barraca, mas também executar compartilhadamente
os trabalhos que dão delineamentos à estratégia. Aos demais que trabalham na
barraca ele atribui apenas a execução do trabalho, na tentativa de efetivar a
separação entre aqueles que pensam a estratégia e os que a executam. No entanto,
os dados empíricos mostraram que corpo e mente estão interligados, mesmo diante
de uma força que tenta movê-los em sentido contrário. Essa força desempenhada
por um dos feirantes que pensa e executa, quer tornar os demais feirantes diferentes
e privados de trabalhar com a mente. / The word strategy has gained ground in academic writings, speeches and consulting.
Despite the increased use of the word there is still a gap between talking about
strategy and what people really acomplish in practice relating to directions taken by
the organizations. This rises questions about what strategy is and how it arises in
organizations. Meanwhile, there is also the possibility of the organizational strategy
research take different espitemological directions from the ones announced by
modernism (WHITTINGTON, 2004). This research directions include the perspective
of strategy as social practice in a way that it is not something which belongs to the
organization but something people do at performing their activities. This includes not
only members of the organizational summit but also those who are related to the
organization in a direct or indirect way. The strategy, being considered as a social
practice, is not reconized only by something formal, rational or hierarchical. In line
with this, it opens the possibility os investigating the phenomenon of strategy in
organizations in other contexts, which includes environments where informality
dictatesthe development of organizational activities. In this sense, aiming to reveal
how people participate in the construction of organizational strategies in an informal
setting, using the concepts of strategy and everyday tactics discussed by Certeau
(2007), a case study of a stall which participate in three street fairs took place in
Vitória – ES. In implementing the research, participant observation and informal
interviews were performed, focusing on ways in which social actors act and interact
with it and shape the "make trade fair". The analysis of field notes, derived from
observations and interviews revealed 15 themes with which the actions developed by
the research subjects are related. After observing these issues and the correlation
between them, some considerations could be made, and one is versed on the many
ways that a practice may have, and can be focused on strategy or tactics everyday.
Moreover, it showed as the sense of a practice changes as the actors and
circumstances also change. Finally, it was veryfied the positioning of the stall owner
as someone who not only wants to be alone in thinking the strategy of the stall, but
also the one who executes, sharing the work that designs the strategy. To other
workers in the stall he attributes only realizing their work trying to effect the
separation between those who think on that strategy and who execute it. However,
empirical evidence showed that body and mind are interconnected, even when facing
a force trying to move them to the contrary. This force, exercised by one of the
stallholders who thinks and performs, want to make the others different merchants
and private them to work with their mind.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufes.br:10/2835
Date28 June 2011
CreatorsPeixoto, Daniel Lanna
ContributorsJunquilho, Gelson Silva, Ferraço, Carlos Eduardo, Silva, Alfredo Rodrigues Leite da, Zanquetto Filho, Hélio
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Administração, Programa de Pós-Graduação em Administração, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0032 seconds