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"A lata faz foto? Ah, então a lata é mágica!": estudo etnográfico sobre itinerários urbanos e a circulação de imagens e olhares em oficinas de fotografia pinhole, Porto Alegre-RS

Essa dissertação relata, a partir de um estudo etnográfico, a experiência de duas oficinas de fotografia pinhole de que participei igualmente como pesquisadora e professora da técnica, realizadas nos bairros Partenon e Lomba do Pinheiro na cidade de Porto Alegre. A partir das experiências vividas com os alunos dessas atividades, analisam-se aspectos sobre itinerários urbanos e a troca de olhares e imagens na paisagem urbana. A técnica pinhole consiste na utilização de câmeras sem lentes que, pelo princípio da câmara escura, permite a obtenção de imagens de maneira bastante simplificada. As câmeras são construídas a partir de latas de tintas forradas de preto, onde a passagem da luz é controlada por um pequeno furo de agulha. As oficinas, ministradas pelo grupo de fotógrafos Lata Mágica, serviram como ponto de partida para a análise desse ato fotográfico diferenciado abordado a partir das “artes de fazer” dos alunos ao construírem suas imagens de forma mais artesanal do que na fotografia convencional. Assim, a fotografia pinhole é considerada enquanto uma ruptura em relação à fotografia que utiliza câmeras com lentes e é significada pelos alunos das oficinas de acordo com a construção de seus olhares. Consideram-se suas relações com a imagem que construíram e com o artefato fotografia enquanto um objeto de apropriações sociais, evocando o trabalho da memória e suas trajetórias conformadas por visões de mundo e estilos de vida diferenciados. O olhar apresentado nas imagens possibilita a reflexão sobre os alunos enquanto habitantes do espaço urbano da cidade de Porto Alegre e suas relações com os locais, nos termos de espaços vividos, e pessoas que fotografaram. / Based on an ethnographic study, this paper tells the experience of two pinhole photography workshops taken place in the locations of Partenon and Lomba do Pinheiro, in the city of Porto Alegre. Having taken part of such workshops, both as a researcher and as a teacher of this technique, I have analysed some aspects of urban itineraries and the trade of sights and images of the urban landscape considering the experiments lived by the students of such activities. Pinhole technique consists on the use of lenses-free cameras, which allow the obtainance of images through the camera obscura principle in a rather simplified manner. These cameras are manufactured out of black covered paint tins, where the light goes through controlled by a small hole made with a pin. The workshops, given by a team of photographers called Lata Mágica (Magic Tin), were taken as start line for the analysis of this differential photographic act, based on the arts of making of the students while building the images more hand-craftily than in conventional photography. Thus, pinhole photography is considered to be a burst related to photography obtained through cameras provided of lenses and it is meant by the workshop students while building their sights. The relations to the built image and the photography artefact are considered as an object of social appropriation, evoquing memory work and its trajectory conformed to different world views and lifestyles. The sight presented in the images allows the reflection on the students as inhabitants of the urban zone of Porto Alegre and their relations to the locations, in terms of lived spaces, and the photographed people.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/14653
Date January 2006
CreatorsBiazus, Paula de Oliveira
ContributorsEckert, Cornelia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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