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Desenvolvimento de um produto desidratado combinando pescado salgado com uma base proteica obtida de farinhas de soja e trigo

Orientador : Emilio S. Contreras Guzman / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-07-16T10:56:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1985 / Resumo: Neste trabalho estudou-se o desenvolvimento de um produto desidratado na forma de bolinhos de peixe, através da combinação de farinha de soja, farinha de trigo e pescado salgado. Farinha de soja desengordurada e farinha de trigo foram misturadas nas proporções de 1,0 : 1,0; 0,75 ; 1,0, 0,50 : 1,0 e 0,25 : 1,0 respectivamente, fermentadas com 6% de fermento bio1ógico comercial durante 45 minutos, cozidas a 200 - 210°C por 15 ¿ 25 minutos e secas em estufa de ar circulante a 65°C. As bases proteicas assim obtidas tinham uma estrutura porosa e propriedades funcionais parecidas com as da proteína texturizada de soja (PTS). A base proteica 0,5 ; 1,0 foi considerada a mais adequada para ser misturada com pescado salgado nas proporções de 35%, 50% e 65% e formar os Bolinhos de peixe dos lotes 1, 2 e 3. As formulações continham ainda 10% de clara de ovo e 2,5% de condimentos, sendo desidratadas nas mesmas condições usadas para as bases proteicas. O peixe utilizado foi a Merluza (Merllucius hubbsi), salgado pelo processo de salga mista, prensado e triturado tendo um teor de proteínas de 49,74%, 2,45% de lipídios e 39,35% de NaCI. As bases proteicas 1 ,0:1 ,0 , 0,75: 1 ,0 , 0,5:1 ,0, 0,25:1,0 apresentaram teores de proteína de 34,02%, 31,96%, 28,70% e 24,10% respectivamente sendo que o aumento no teor de farinha de soja nas bases causou diminuição nos valores de volume especifico, velocidade de secagem, capacidade de absorção de agua, taxa de rehidratação e um aumento da resistência a desintegração durante cocção em água fervente. Com relação a esses parâmetros» notou-se uma menor eficiência quando o fermento biológico foi substituído por diversos fermentos químicos. A inclusão de 5% de gordura vegetal hidrogenada no preparo das bases não alterou significativamente esses parâmetros. A adição de pescado salgado triturado diretamente na massa crua, e posterior cocção e secagem da mistura, produziu bolinhos densos e de baixa rehidratação. A adição de peixe à base, pré-cozida, produziu bolinhos de estrutura porosa e rehidratação rápida. A secagem dos bolinhos levou aproximadamente 6 horas, não se observando diferenças importantes na velocidade media de secagem dos três lotes. Os Bolinhos dos lotes 1, 2 e 3 apresentaram, respectivamente, um teor de proteínas de 36,20%, 38,50% e 39,10% e 12,40%, 16,50% e 21,50% de NaCl. A rehidratação por 10 minutos praticamente dobra o peso dos bolinhos, aumenta o seu volume e é efetiva na retirada de sal do produto. O teor de umidade após rehidratação ficou entre 56,5% e 59,4% e o teor de NaCl em torno de 4,5%. O produto rehidratado não perde o formatos tem textura parecida'com a de pescado e pode ser preparado para consumo por simples fritura. Com relação ao aspecto nutricional s a cocção e secagem da base proteica 0,5 : 1,0 causou perdas de 37,0%, 8,5% e 15,6% de lisina, sulfurados e tirosina respectivamente. Os outros aminoácidos não sofreram mudanças acima de 5%. A mistura da base com pescado salgado compensou as deficiências de aminoácidos mencionadas, igualando ou excedendo as recomendações da FAO. A energia disponível nos bolinhos após a rehidratação foi de 123,65 kcal, 129,87 fecal, e 120,52 kcal respectivamente para os bolinhos dos lotes 1, 2 e 3. Para o produto submetido a rehidrataçao e fritura esses valores foram de 220,55 kcal, 236,78 kcal e 20,91 kcal respectivamente. A avaliação sensorial dos bolinhos de peixe apenas fritos e fritos com molho revelou diferenças significativas a nível de 1% para o sabor, no caso do produto frito, e a nível de 5% para a textura, no caso do produto frito e com molho. Concluiu-se que aproximadamente 35% de pescado confere ao bolinho frito bom sabor e textura. Essa porcentagem deve subir para 65% no caso do produto frito e com molho. Os parâmetros microbiológicos revelaram que as condições de processamento da base proteica, peixe salgado e bolinhos são satisfatórias e que os produtos estão dentro dos padrões exigidos / Abstract: The present work was undertaken with the aim of developing a dehydrated product (fish-balls) by combining defatted soy flour, wheat flour and minced salted fish. Defatted soy flour and wheat flour were mixed at levels of 1.0 : 1.0 , 0.75 : 1.0 , 0.50 : 1.0 and 0.5 : 1.0 parts respectively, leavened with 6% of commercial yeast for 45 minutes, baked at 200-210°C for 15-25 minutes and dried at 65°C to yield protein mixtures of fibrous texture and functional properties similar to those of conventional texturised soya protein (TSP). The protein mixture 0.5 : 1.0 was considered the most adequate to be mixed with approximately 35%, 50% and 55% of salted fish, resulting in three different formulations (fish-balls) called 1, 2 and 3, These formulations, also containing egg white (10%) and spices (2,5%), were dried in the conditions stated previously for the protein mixtures. Hake (Merluccius hubbsi), the fish used in the experiment, was salted by using a mixed salting process, pressed and minced. The salted fish had 49.74% protein, 2.45% lipids, 39.36% NaCl and a moisture content of 53,34%. Protein contents of 34.02%, 31.96%, 28,70% and 24.10% were found for the protein mixtures 1.0 : 1.0 s 0.75 : 1.0 , 0.5 : 1.0 and 0.25 : 1.0 respectively. The increase in the amount of soy flour in the mixtures caused a decrease in the values of loaf volume, drying rate, water absorption capacity and rehydration ratio on the contrary, an improvement in the ability to resist disintegration in boiling water was observed. So far as these variables are concerned, a smaller degree of efficiency was noted when the yeast was replaced by chemical leavening agents. The addition of hydrogenated vegetable fat (5%) during the preparation of the protein mixtures did not cause relevant changes in the above mentioned variables. The addition of minced salted fish into the uncooked dough, and further baking and drying of the protein mixture, yielded very compact fish-balls of poor hydration capacity. However, the addition of the fish after cooking the dough yielded fish-balls of fibrous texture which were quickly and easily rehydrated. The drying of the fish-balls took approximately 6 hours, but no significant changes were observed in the drying rate of the different formulations. Protein contents of 36.20%, 38.50% and 39.10% and NaCl contents of 12.40%, 16.50% and 21.50% were found for formulations 1,2 and 3 respectively. Rehydration in excess of water for 10 minutes was effective in increasing the fish-ball volume, doubling its weight and desalting the product to acceptable level. The moisture content after hydration was found to vary between 56.5% and 59.4% and the NaCl content to be approximately 4.5%. The hydrated product had a firm, typical fish texture and could be readily prepared for consumption by frying. As regards the nutritional aspect, it was observed that the baking and drying of the protein mixture 0.5 : 1,0 caused losses of 37%, 8-5% and 15.6% of lysine, sulphur, containing aminoacids and tyrosine respectively. The content of other essential aminoacids did not undergo changes above 5%. The addition of salted fish to the mixture compensated the above mentioned losses and allowed formulations 1,2 and 3 to meet the FA0 requirements. After rehydratation, the available energy for formulations 1,2 and 3was 123.65 kcal , 129.87 kcal and 120.52 kcal, respectively. After frying, these values were found to be 220.55 kcal, 236.78 kcal and 220.91 kcal respectively for the afore-said formulations. Sensory evaluation was conducted with fried hydrated fish balls and fried hydrated fish-balls with tomato sauce. Significant differences at 1% level were revealed for the parameter Taste of the fried fish-balls. Significant differences at 5% level were also observed for the parameter Texture of the fried product with tomato sauce. The conclusion was that 35% of salted fish was enough to provide fried fish-balls with good texture and taste; 65% of salted fish would be necessary if tomato sauce was to be added to the product. Microbiological determinations showed that the processing conditions of the protein mixtures, salted fish and fish-balls were satisfactory and that all products met the obligatory counts required / Mestrado / Mestre em Tecnologia de Alimentos

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/256242
Date17 June 1985
CreatorsJorge, Julio Carlos Miranda
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Guzman, Emilio S. Contreras
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia de Alimentos e Agrícola, Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format166f., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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