Return to search

Taxonomia de diatomáceas das classes bacillariophyceae e fragilariophyceae no plâncton da Baía do Almirantado, Península Antártica

Resumo: As diatomáceas constituem a biomassa majoritária dos produtores primários no plâncton marinho da Antártica, podendo ser indicadoras de condições relacionadas ao gelo da região. As espécies epônticas (espécies que crescem sobre o gelo) passam a compor o fitoplâncton no verão antártico, servindo de indicação que o período é de degelo, e desempenhando importante função no ecossistema, pois tornam-se disponíveis para os consumidores na coluna de água. As primeiras pesquisas com diatomáceas da Antártica foram realizadas por meio de expedições no início do Sec. XIX, as quais geraram trabalhos clássicos e importantes para o conhecimento da flora marinha planctônica. Os critérios utilizados para a proposição de novas espécies, o caráter preliminar de algumas descrições, a inexistência de alguns tipos nomenclaturais e a dificuldade de comunicação entre os pesquisadores, acarretaram problemas de ordem nomenclatural e taxonômica. Esse estudo realizou a taxonomia das diatomáceas pertencentes às Classes Bacillariophyceae e Fragilariophyceae ocorrentes no plâncton na Baía do Almirantado, Península Antártica. As amostras foram coletadas em nove pontos, na primavera-verão de 2002 a 2010 com rede de fitoplâncton através de arrastos verticais do fundo á superfície. O material examinado foi descrito e comentado em microscopias óptica e eletrônica de varredura. Como resultado foram determinados e descritos 53 táxons infragenéricos distribuídos em 30 gêneros, sendo Cocconeis Ehrenberg o mais representativo (10 espécies e uma variedade), seguido por Fragilariopsis Hustedt (6 espécies), Licmophora Agardh (4 espécies), Navicula Bory (3 espécies) e Gyrosigma Hassal (3 espécies). As frústulas de Licmophora antarctica e L. belgicae foram descritas pela primeira vez em microscopia eletrônica. A presença de diatomáceas bentônicas como Licmophora, Cocconeis, Amphora Ehrenberg e Trachyneis Cleve sugere a presença da comunidade bentônica na coluna d'àgua na Baía do Almirantado. No presente estudo, 31 de 53 táxons observados não apresentam registros anteriores na Baía do Almirantado. Pleurosigma strigosum e Bacillaria paxillifer foram registrados pela primeira vez na Antártica.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/29060
Date21 January 2013
CreatorsFeres, Mariana Calixto Lopes
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Programa de Pós-Graduaçao em Botânica, Fernandes, Luciano Felicio
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0019 seconds