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Do formal para o informal: executivos em trabalhos flexíveis

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Previous issue date: 2008-02-26T00:00:00Z / Quando observamos o mundo do trabalho atual, percebemos que, há um movimento em direção à maior flexibilidade, tanto em relação aos empregados formais quanto aos trabalhadores que passam a atuar por meio de formas flexíveis de contrato de trabalho. O contrato de emprego flexível refere-se àquele que não segue o modelo formal de contrato de trabalho, regido por CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), e, vem sendo estudado ultimamente como um resultado das mudanças na organização do trabalho, em geral, associado à busca por trabalhadores mais produtivos e de menor custo. Devido à amplitude dos fenômenos envolvidos nestas transformações, delimitamos o tema e o público a ser estudado: adotando a idéia de construção social da realidade, de Berger e Luckmann (1966/2002), analisamos os processos de “migração” de 30 executivos, residentes no município de São Paulo, ex-empregados de grandes corporações, que tiveram experiências em cargos de gerência média e alta em organizações nacionais e multinacionais, e, que atualmente, trabalham no mercado sob regime de contratos flexíveis. Para nosso estudo, entendemos os executivos como trabalhadores formais que ocupam posições de alta e média gerência na hierarquia organizacional e detêm posições de poder e prestígio. Assim, o objetivo deste estudo é descrever o sentido atribuído por executivos, ao processo de “migração” para formas mais flexíveis de trabalho e à nova realidade vivida no trabalho. A pesquisa segue uma abordagem qualitativa, utilizando-se de entrevista em profundidade semi-estruturada, para a coleta de dados; para a análise das entrevistas realizadas, usamos, como base, as idéias de práticas discursivas e produção de sentidos, de Spink e Medrado (1999/2004). A abordagem construcionista permitiu verificar que os executivos em trabalhos flexíveis possuem alto nível de autoconfiança, uma visão missionária sobre o seu trabalho, e diversos motivos diferentes para a “migração”. Por meio de seus relatos, pode-se observar as estratégias para a sobrevivência e obtenção de sucesso como um trabalhador flexível; a percepções dos entrevistados sobre o mercado brasileiro; a mudança de relacionamento com os clientes, a família e a rede de contatos. Apesar dos problemas enfrentados para se estabilizar, a maioria demonstra a vontade de permanecer no trabalho flexível, contrariando grande número de estudo que enxergam a flexibilização de contratos de trabalho como precarização para os trabalhadores. Para os executivos em regime flexível, a vida como trabalhador CLT parece fazer parte do passado: agora, eles precisam se mostrar competentes a qualquer custo, planejar-se para as “entressafras”, buscar melhorar a rede de contatos, aumentar o conhecimento e passar um tempo com a sua família. Os motivos de permanência são diversos, mas possuem um ponto de conversão: a sensação de deter o domínio sobre a sua vida, seu tempo, seu dinheiro, seu conhecimento, seu futuro. Talvez, o cotidiano apresente muitas situações de submissão à vontade do cliente e de dedicação maior do que na época de empregado formal; mas, na “realidade cotidiana”, a sensação é de ser o “dono” da sua vida. / When we observe the present work in the world, we can notice a move towards the direction of greater flexibility in regards to formal employees and workers that act through flexible forms of labor contracts. The flexible employment contract refers to the contract that does not follow the formal model of labor contract, governed by CLT (Consolidation of the Labor Laws), and, has been studied lately as a result of changes in the workplace organization, usually associated with the search of more productive and cheaper workers. Due to the enlargement of the involved phenomena of these transformations, we delimited the subject and the public to be studied: adopting the idea of social construction of reality, from Berger and Luckmann (1966/2002), we analyzed the "migration" processes of 30 executives, residents of São Paulo city, ex-employees of large corporations, that had experiences in high and middle management at multinational and national organizations, and, at present, work in the markets under flexible labor contracts. For our study, we understand that the executives are formal workers that occupy positions of high and middle management in the organizational hierarch and have the power of decision and prestige. Being so, the objective of this study is to describe the sense attributed by executives, to the "migration" process to more flexible forms of work and to the new reality lived in the workplace. The research follows a qualitative approach, utilizing semi-structured in-depth interviews to gather the information; for the interview analysis, we used, as the basis, the ideas of speeches practices from Spink and Medrado (1999/2004). The constructionist perspective permitted to verify that executives in flexible workplaces possessed high level of selfconfidence, a missionary vision of his/her work, and different motives for the "migration". Through their statements we can observe the survival strategies and how to become successful as a flexible worker; the interviewees perceptions of the Brazilian market; the change in customer relationships, the family and the personal network. Despite the problems faced to settle in, the majority want to continue with flexible work, even though a large number of studies have shown that flexible labor contracts as a factor that make workers’ lives more precarious. For the executives in flexible employment, life as a formal CLT worker is a thing of the past: now, they need to show themselves as competent at any cost, plan themselves for the "dry spells" improve their network, increase their knowledge and to spend time with their family. The motives to stay are diverse, but all possesses a conversion point: the sensation that they dominate their own lives, time, money, knowledge, and future. Perhaps, many situations will present themselves in daily life to give in to the customer and greater dedication than a formal employee; but, in the "everyday reality", the sensation is that they are the "owner" of their lives.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:bibliotecadigital.fgv.br:10438/2528
Date26 February 2008
CreatorsKim, Han Na
ContributorsLacombe, Beatriz Maria Braga, Silveira, Rafael Alcadipani da, Limongi-França, Ana Cristina, Wetzel, Ursula, Escolas::EAESP, Tonelli, Maria José
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional do FGV, instname:Fundação Getulio Vargas, instacron:FGV
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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