Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:24:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
320920.pdf: 2746071 bytes, checksum: ecec0d8b6fad7274458e84d374678091 (MD5)
Previous issue date: 2013 / A escolha dos alimentos ainda no momento da compra reflete o início da cadeia de consumo no ambiente familiar. No entanto, a alimentação saudável é associada a preços mais elevados e baixa disponibilidade e o orçamento familiar pode ser uma barreira para a escolha e a compra de alimentos saudáveis e de qualidade. Tendo em vista que as famílias brasileiras de todos os estratos de renda têm adquirido, cada vez mais, alimentos industrializados ultraprocessados e, em contrapartida, quantidade insuficiente de frutas e hortaliças, estudar não somente o comportamento de compra, mas o consumo de frutas e hortaliças de responsáveis pela aquisição de alimentos para a família possibilita conhecer como percepção sobre preço e disponibilidade influencia a aquisição e o consumo de alimentos saudáveis. Objetivou-se, com esta pesquisa, caracterizar o comportamento de compra de alimentos e o consumo de frutas e hortaliças de uma amostra de pais responsáveis pela aquisição de alimentos para a família. Foi realizado um estudo quantitativo, de caráter observacional, tipo exploratório e descritivo. Foram convidados 489 indivíduos responsáveis pelas compras de alimentos para a família, pais ou mães de escolares com idades entre 7 e 10 anos matriculados em nove escolas públicas de Florianópolis, SC, Brasil. Os resultados foram obtidos de 215 indivíduos que retornaram os questionários preenchidos, a maioria mulheres (88,8%). O supermercado foi o local habitual de compras mais citado (91,2%). A maioria dos entrevistados referiu basear suas compras nos critérios de qualidade (69,6%) e valor nutricional dos alimentos (36,9%), além de possuir conhecimento sobre o que são alimentos saudáveis, relatando alta frequência de compra dos mesmos (80%). Relataram também sempre considerar os alimentos saudáveis disponíveis nos locais habituais de compra (78,1%), porém consideraram caro o preço desses alimentos (85,6%). O consumo semanal de frutas e hortaliças foi classificado como regular apenas para um terço dos respondentes (34,1%). No entanto, quanto mais frequente foi a compra de alimentos saudáveis, maior foi a prevalência de consumo regular de frutas e hortaliças (p=0,002). Os resultados indicam que os alimentos saudáveis estãodisponíveis nos locais habituais de compra, no entanto, podem não apresentar-se acessíveis, pelo preço que lhes é conferido. O conhecimento sobre alimentos saudáveis e a preocupação com a qualidade e o valor nutricional da alimentação ofertada nos lares não foram suficientes para proporcionar o consumo de frutas e hortaliças nas quantidades preconizadas. Deste modo, acredita-se que estratégias focadas apenas na educação nutricional podem não ser suficientes, sendo necessárias também ações voltadas para facilitar a aquisição de alimentos saudáveis, sobretudo em supermercados. O contexto e condições ambientais em que as pessoas vivem e fazem suas escolhas alimentares devem ser considerados na elaboração e implementação de políticas públicas de saúde, nos moldes do que é proposto no Marco de Referência para a Educação Alimentar e Nutricional. <br> / Abstract : The choice and purchase of food by parents plays an important role in the development of healthy behaviors by children. It has been shown that food purchasing behavior are similar between mothers and children, and that children of parents who buy more fruits and vegetables are more willing to taste these foods. Thus, the food choice during purchase constitutes the starting point of the consumption chain in the home environment. Nevertheless, it is common for a healthy diet to be associated with higher prices and limited availability, and the family budget may be a barrier when choosing and buying high quality healthy foods. Considering that Brazilian families of all income levels have been acquiring increasingly higher quantities of ultra-processed industrialized foods and, conversely, insufficient amounts of fruits and vegetables, to study not only the purchase behavior, but also the consumption of fruits and vegetables by those responsible for family grocery shopping, allows understanding how perception regarding price and availability may affect the consumption and purchase of healthy foods. This research?s aim was to characterize food purchase behavior and intake of fruits and vegetables in a sample of parents responsible for family grocery shopping. It was an observational, exploratory and descriptive quantitative study. Were invited 489 individuals responsible for family grocery shopping, fathers or mothers of school children aged between 7 and 10 years enrolled in nine public schools from Florianópolis, SC, Brazil. Results were based on data obtained from 215 individuals who returned completed surveys, mostly women (88.8%). The supermarket was the most mentioned place of usual grocery shopping (91.2%). The majority of respondents said their purchases were based on quality (69.6%) and nutritional value criteria (36.9%), that they were knowledgeable about healthy foods, and that they bought them frequently (80%). They also considered healthy foods to be always available at their usual places of purchase (78.1%), albeit expensive (85.6%). The weekly consumption of fruits and vegetables was classified as regular for only a third of the respondents (34.1%). However, the more frequent was the purchase of healthy foods, the higher was the prevalence of regular consumption of fruits andvegetables (p = 0.002). Results indicate that healthy foods are available in the usual places of grocery shopping, however, may not be accessible, given their prices. Knowledge about healthy foods and concerns with quality and nutritional value of foods available at home were not enough to promote consumption of fruits and vegetables in recommended quantities. Therefore, traditional strategies aimed at nutritional education only may not be effective. Strategies aimed at facilitating acquisition of healthy foods, especially in supermarkets, are also needed. The context and environmental conditions in which people live and make food choices must be considered when elaborating and implementing health public policies.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/106809 |
Date | January 2013 |
Creators | Moreira, Caroline Camila |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Fiates, Giovanna Medeiros Rataichesck |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 105 p.| il., grafs., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0031 seconds