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[pt] DO LINDY HOP AO FUNK CARIOCA: REPRESENTAÇÕES DO PÂNICO MORAL NA CONSTRUÇÃO MIDIÁTICA DA JUVENTUDE / [en] FROM LINDY HOP TO CARIOCA FUNK: REPRESENTATIONS OF MORAL PANIC IN THE MEDIATIC CONSTRUCTION OF YOUTH

[pt] Das gangues urbanas aos estilos de música e dança extravagantes, das subculturas, com seus estilos espetaculares, à contracultura, o comportamento dos jovens ao longo do século XX desafiou, constantemente, o status quo. Assim, condensando medos e angústias relacionados ao questionamento da ordem social, nasceram diversos pânicos morais relacionados a práticas juvenis, entre essas, vários estilos de dança. O objetivo desse trabalho é refletir sobre a relação entre pânico moral e juventude por meio da dança, mais especificamente a partir do lindy hop e do funk carioca. A primeira parte da pesquisa apresenta a teoria do pânico moral a partir das obras de seus principais autores, Stanley Cohen, Stuart Hall et al e Erich Goode e Nachman Ben-Yehuda. Em seguida, é feita uma análise da relação existente entre as noções de desvio e juventude, buscando-se entender a importância da primeira no processo de construção social da segunda. Nessa parte, que tem Jon Savage, José Machado Pais, Ross Haenfler e Helena Abramo como principais referências, também são apresentados exemplos de pânicos morais motivados por práticas juvenis. Por fim, com base nas obras de Jon Savage, Kendra Unruh, Hermano Vianna e Micael Herschmann, entre outros, e em notícias publicadas pela imprensa, são analisadas as trajetórias do lindy hop e do funk carioca, duas danças que, embora nascidas em épocas e lugares diferentes, possuem um histórico semelhante, marcado pelo pânico moral que causaram. Duas danças nascidas em comunidades negras que, como tantas outras que fizeram sucesso ao longo do século XX, escandalizaram muitos na época de seu surgimento, mas que, apesar disso, ou por causa disso, ficaram muito populares entre jovens dos mais diferentes contextos sociais. Os anos passam, as gerações e os estilos de dança mudam, mas as críticas e os preconceitos continuam, o que confirma que esses pânicos não desaparecem completamente, eles apenas mudam de forma, uma vez que, embora pareçam direcionados a danças específicas, são, frequentemente, um reflexo do mesmo preconceito destinado aos criadores desses estilos. / [en] From urban gangs to extravagant styles of music and dance, from subcultures with their spectacular styles to counterculture, the behavior of young people throughout the twentieth century constantly challenged the status quo. Therefore, condensing fears and anxieties related to the questioning of the social order, several moral panics related to youth practices were born, among them, many associated to dance styles. The objective of this work is to reflect on the relationship between moral panic and youth through dance, more specifically, through lindy hop and carioca funk. The first part of the research presents the moral panic theory based on the works of its main authors, Stanley Cohen, Stuart Hall et al and Erich Goode & Nachman Ben-Yehuda. Then, the relationship between the notions of deviance and youth is analyzed, seeking to understand the importance of the former in the process of social construction of the latter. In this part, which has Jon Savage, José Machado Pais, Ross Haenfler and Helena Abramo as main references, examples of moral panics motivated by youth practices are also presented. Finally, based on the works of Jon Savage, Kendra Unruh, Hermano Vianna and Micael Herschmann, among others, and on news published by the press, the last part analyses the trajectories of lindy hop and carioca funk, two dances that, although born in different times and places, have a similar history, marked by the moral panic they caused. Two dances born in black communities that, like several others that have made success during the twentieth century, shocked many at the time of their arising, but, despite that, or because of that, became very popular among young people from different social contexts. As the years go by, generations and styles of dance change, but criticism and prejudice remain, confirming that these panics do not disappear completely, they only change shape, once, although they seem to be directed at specific dances, they are often a reflection of the same prejudice directed to the creators of these styles.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:47003
Date03 March 2020
CreatorsDIANA VAISMAN
ContributorsCLAUDIA DA SILVA PEREIRA
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

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