Tese de doutorado apresentado ao Programa de Pós-Graduação Ciências da Saúde para obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde. / Undernutrition is a common problem in Intensive Care Unit (ICU). The consequences of malnutrition are considerable and include an increase in morbidity and mortality. Additionally, gastrointestinal problems occur regularly in critically ill patients and are related to worse outcomes. To determine the prevalence of nutritional risk and undernutrition in ICU patients using screening and assessment nutritional tools, identifying the ability for predicting mortality; and to determine the relationship between enteral nutrition discontinuation and outcome in general critically ill patients. A prospective, observational study including with patients over 18 years in an ICU of a hospital in Criciúma, Santa Catarina, Brasil. All patients admitted from May- August 2009 and Jun-Nov 2012 were selected. Patients were followed up until leaving the intensive care unit or a maximum of 28 days. The Gastrointestinal Failure (GIF) score was calculated daily by difference between enteral nutrition received and prescribed in 155 patients. Screening tests (NRS and NRS 2002) and nutritional assessment (SGA) were applied to 42 patients within 24 hours of admission. NRS detect, respectively, 65,22% (n=30) and 13,04% (n=6) of medium or high nutritional risk; NRS 2002, 56,5% (n = 26); and SGA, 45,7% (n = 21) and 2,17% (n=1) of moderate and severe malnutrition, respectively. NRS was significantly associated with outcome. Decreased appetite, elevated age and high weights were significantly related to death. The mean, worst and categorical gastrointestinal failure scores were associated with lower survival in these patients. Categorical gastrointestinal failure score, type of admission, need for mechanical ventilation, sequential organ failure assessment and acute physiologic and chronic health evaluation II scores were selected for analysis with binary regression. In both models, the categorical gastrointestinal failure score was related to mortality. NRS had better performance in predicting nutritional risk. In addition, the determination of the difference between prescribed and received enteral nutrition seemed to be a useful prognostic marker and is feasible to be incorporated into a GIF score. / A desnutrição é um problema comum em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). As consequências da desnutrição são consideráveis e incluem um aumento na morbidade e mortalidade. Adicionalmente, problemas gastrintestinais ocorrem regularmente em pacientes críticos e estão relacionados ao desfecho clínico negativo. Determinar a prevalência de risco nutricional e desnutrição em pacientes de UTI por meio de teste de triagem e avaliação nutricional, identificando a habilidade em predizer mortalidade; e determinar a relação entre a interrupção da nutrição enteral e desfecho em pacientes críticos. Estudo prospectivo, não intervencionista com pacientes acima de 18 anos na UTI de um hospital em Criciúma, Santa Catarina, Brasil. Todos os pacientes admitidos de maio a agosto de 2009 e junho a novembro de 2012 foram selecionados. Pacientes foram seguidos até alta ou, no máximo, 28 dias. O Escore de Insuficiência Gastrintestinal (EIG) foi calculado diariamente pela diferença entre a nutrição enteral prescrita e recebida em 155 pacientes (maio-agosto 2009). Testes de triagem (Nutritional Risk Screening-NRS e NRS 2002) e avaliação nutricional (Subjective Global Avaliation-SGA) foram aplicados a 42 pacientes até 24 horas após admissão (junho-novembro de 2012). o NRS detectou médio e alto risco nutricional em 65,22% (n=30) e 13,04% (n=6) dos pacientes, respectivamente; NRS 2002 detectou risco nutricional em 56,5% (n=26); SGA detectou desnutrição moderada e severa em 45,70% (n=21) e 2,17% (n=1), respectivamente. O NRS demonstrou significante desempenho em predizer o desfecho clínico. A meta calórica não foi atingida por 22% dos pacientes. Constatou-se que 65,2% (n=101) dos pacientes receberam no mínimo 75% da TNE prescrita, porém 34,8% (n=54) receberam menos de 75%. Quando pacientes foram estratificados usando o EIG categórico, baixa mortalidade foi observada em pacientes com menor EIG. Entre os 88 sobreviventes, 76 (86%) apresentaram um EIG baixo, indicando que receberam 75% ou mais de TNE. As piores médias do EIG foram associadas com a menor sobrevida dos pacientes. Idade, EIG categórica, tipo de admissão, necessidade de ventilação, SOFA, APACHE II foram selecionados para análises com regressão binária. Em ambos os modelos, o EIG categórica relacionou-se a mortalidade (p>0,05). NRS apresentou melhor desempenho em predizer risco nutricional. Adicionalmente, a determinação da diferença entre a nutrição enteral prescrita e recebida pelo paciente demonstrou-se significante em relação ao prognóstico, podendo ser incorporada ao EIG.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unesc.net:1/1938 |
Date | 31 October 2013 |
Creators | Silva, Marco Antonio da |
Contributors | Ritter, Cristiane |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNESC, instname:UNESC, instacron:UNESC |
Coverage | Universidade do Extremo Sul Catarinense |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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