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Prevalência do adenocarcinoma do esôfago em área geográfica de risco para o câncer de esôfago : resultados no Hospital de Clinicas de Porto Alegre entre 1997 e 2006

Introdução: O câncer do esôfago tem média a alta incidência na região sul do Brasil e em regiões vizinhas no Uruguai e Argentina. Os tipos histológicos mais freqüentes são o carcinoma epidermóide e o adenocarcinoma numa proporção de 4:1. Essa proporção, também presente nos Estados Unidos da América e na Europa até a década de 1960 tem mudado dramaticamente nos últimos 30 anos pela crescente incidência do adenocarcinoma. Esse fato tem sido associado à epidemia de obesidade e doença do refluxo gastresofágico naquelas áreas geográficas. Um aumento do adenocarcinoma do esôfago é desconhecido no Brasil. Objetivos: Determinar a prevalência do adenocarcinoma do esôfago durante 10 anos em hospital universitário, referência do sistema único de saúde no sul do Brasil, e compará-la aos dados do período imediatamente anterior na mesma instituição. Métodos: Prontuários consecutivos de pacientes submetidos à endoscopia digestiva alta entre 1997 e 2006, relatando “ câncer esofágico “ ou “ suspeita para câncer esofágico” foram revisados e os laudos histopatológicos das biópsias endoscópicas revistos. Todos os laudos descrevendo neoplasia foram incluídos e classificados nas categorias “adenocarcinoma”, “carcinoma epidermóide” ou “outras neoplasias”. Os resultados foram comparados aos dados observados em período anterior (1987-1996) pelo teste qui-quadrado. Resultados: Houve confirmação de neoplasia em 509 pacientes na presente série histórica. Adenocarcinoma foi identificado em 90 (17,7%), carcinoma epidermóide em 390 (76,6%) e “outras neoplasias” em 29 (5,7%) com uma distribuição anual estável. A prevalência de adenocarcinoma (17,7%) foi mais elevada na presente série quando comparada à série anterior (15,2%), mas não houve diferença estatisticamente significativa entre as duas séries (p= 0, 229). Conclusões: A prevalência do adenocarcinoma aumentou quando comparada com o período anterior, mas os resultados não atingiram significância estatística. Esses dados podem representar um aumento do adenocarcinoma do esôfago, mas estudos populacionais, com maior amostragem, são recomendados. / Introduction: Esophageal cancer has a medium to high incidence in the geographic areas of southern Brazil and neighboring Uruguay and Argentina. The main histological types are squamous cell carcinoma and adenocarcinoma in a proportion of 4:1. This proportion, also reported in the United States of America and Europe in the 1960s has been dramatically changing over the past 30 years due to adenocarcinoma growing incidence, most likely associated to obesity epidemics and gastroesophageal reflux disease. Such a growing incidence in Brazil is unknown. Objectives: Determine adenocarcinoma prevalence during a consecutive 10 years period in a single university hospital referral center in southern Brazil and compare it to data from a similar past study in the same hospital. Methods: Consecutive records from patients that underwent upper digestive endoscopy between 1997 and 2006 reporting “esophageal cancer” or “suspicious for esophageal cancer” were surveyed and histopathology reports from endoscopic biopsies reviewed. All reports describing neoplasia were included and classified either as “adenocarcinoma”, “squamous cell carcinoma” or “other neoplasia” and results compared to the data observed in the period 1987-1996 using a qui-square test. Results: Neoplasia were confirmed in 509 patients in the presents series. Adenocarcinoma was found in 90 (17,7%) squamous cell carcinoma in 390 (76,6%) and “other neoplasias” in 29 (5,7%) with a stable yearly distribution. Adenocarcinoma prevalence (17,7%) was higher in the present series when compared to the previous one (15,2%) but there was no statistical difference (p= 0, 229). Conclusions: In this series from a single institution in southern Brazil adenocarcinoma prevalence increased when comparing to a previous series, but results did not reach statistical significance. This may represent a trend towards an increasing frequency of adenocarcinoma of the esophagus, but populational studies with larger sample are recommended.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/27747
Date January 2009
CreatorsChiochetta, Fabiana Veiga
ContributorsBarros, Sergio Gabriel Silva de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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