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Regra e criatividade no comportamentalismo radical de B.F. Skinner

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Previous issue date: 2010-03-08 / Universidade Federal de Minas Gerais / Through a critical reading of Skinner s works it was intended to clarify ambiguitiesconcerning scientific and philosophical communities regarding the concepts of rule and verbalstimulus. It was also sought an appropriate statement of creative behavior and thoughtconcepts according to Skinner s Radical Behaviorism. This research had, therefore, a twofoldobjective which was to identify: (1) Skinnerian interpretation of creative behavior and thoughtand (2) Skinner s conception of rule and rule-governed behavior. The steady relation pointedout by B. F. Skinner among the concepts of verbal stimulus, rule and creative behavior and, atthe same time, the controversy spread out by Skinner s commentators and scientists, seeking asufficient and non-ambiguous definition of rule, mainly justifies this study enterprise. Usually, these commentators treat verbal stimulus and rule concepts as identical, being thisidentity a satisfying condition for a definition of the latter as a corollary of the statementsrelating to the Verbal Behavior matter. Moreover, commonly Skinner s work reviewersdefine creative behavior as a variation or unit recombination, which implies supposing thatcreative behavior does not differ from other emissions of operant behavior, since the variationis a ubiquitous characteristic on behavior emissions according to Skinnerian model ofselection by consequences. Part of this study consisted in demonstrating how an explanationof the distinctions existing between verbal stimulus and rule can collaborate with a preciseand productive definition of complex and creative human behavior without losing sight of thebehavioral interpretation object s inherent characteristics. Aiming these goals, the course ofresearch went the following route: (1) identification, in texts by the author, of the conceptsunderlying behavioral interpretation; (2) a systematic analysis of the verbal stimulus concepton its possible behavioral functions and, thus, also its relation to the rule concept; (3) theformulation of an alternate interpretation of creative behavior and rule-governed behaviorbased on Skinnerian explanatory system. Finally, there was a brief foray into formulations ofDewey and Wertheimer on creative behavior and thinking in order to, thereby, outlinepossible convergence on interpretative perspectives brought by the three authors. Among themost important results, it was demonstrated that: (1) simply presume variability does notexplain creative behavior, not only from B. F. Skinner perspective, but neither from JohnDewey s and Max Wertheimer s; (2) four Skinner notions are fundamental in a conceptualrelation between behavioral analysis and interpretation: strength, property, continuum andcomplexity; (3) rule is not defined as verbal stimulus and neither it is a conceptual subcategoryof this kind of stimulation; (4) creative behavior is necessarily complex andorganized, and its structure is functionally defined; (5) rule is one of the creative complexbehavior elements; and (6) rule is a new complex discriminative stimulus with a functionalcomplication typical of a creative emission, although it is not restricted to this behavioralcontext. / Por meio de uma leitura crítica da obra skinneriana, pretendeu-se esclarecer as ambiguidades presentes na comunidade científica e filosófica no que diz respeito aos conceitos de regra e estímulo verbal. Também buscou-se uma formulação satisfatória das concepções de comportamento criativo e pensamento, conforme o comportamentalismo radical de B. F. Skinner. A presente investigação teve, portanto, um duplo objetivo, que consistiu em identificar: (1) a interpretação skinneriana de comportamento criativo e pensamento e (2) a concepção skinneriana de regra e comportamento controlado por regra. A principal justificativa para tal empreendimento está na constante relação que B. F. Skinner apresenta entre os conceitos de estímulo verbal, regra e comportamento criativo e, ao mesmo tempo, na controvérsia, disseminada pelos comentadores e cientistas da área, que caracteriza a busca de uma definição suficiente e sem ambiguidades de "regra". Geralmente, os comentadores apresentam uma identificação entre estímulo verbal e regra que parece satisfazer a definição desse como um corolário dos argumentos envolvidos no tópico "Comportamento Verbal." Por outro lado, é comum que comentadores da obra de B. F. Skinner definam o comportamento criativo como variação ou recombinação de unidades, o que implica em supor que o comportamento criativo não se diferenciaria de outras emissões do comportamento operante,uma vez que a variação é, segundo o modelo skinneriano de seleção pelas consequências,aspecto onipresente das emissões comportamentais. Parte do trabalho consistiu em demonstrar como uma explicitação das distinções que existem entre estímulo verbal e regra podem colaborar com uma definição precisa e produtiva do comportamento humano complexo e criativo, sem perder de vista as características inerentes ao objeto da interpretação comportamental. Visando tais objetivos, o curso da investigação seguiu o seguinte itinerário:(1) identificação, em textos do autor, das noções que fundamentam a interpretação comportamental; (2) análise sistemática do conceito de estímulo verbal em suas possíveis funções comportamentais e, desse modo, também sua relação com o conceito de regra; (3)formulação de uma interpretação alternativa do comportamento criativo e controle por regra baseada no sistema explicativo skinneriano. Por fim, realizou-se uma breve incursão nas formulações de Dewey e Wertheimer sobre o comportamento criativo e o pensamento visando, desse modo, delinear possíveis convergências na perspectiva interpretativa apresentada pelos três autores. Dentre os resultados mais importantes, demonstrou-se que: (1)a simples suposição de variabilidade não explica o comportamento criativo, segundo a perspectiva não somente de B. F. Skinner, mas também de John Dewey e Max Wertheimer;(2) quatro noções skinnerianas são fundamentais na relação conceitual entre análise e interpretação comportamentais: força, propriedade, contínuo e complexidade; (3) regra não se define como estímulo verbal, e nem é uma subcategoria conceitual desse tipo de estímulo; (4) o comportamento criativo é necessariamente complexo e organizado, apresentando uma estrutura funcionalmente definida; (5) regra é um dos elementos do comportamento complexo criativo; e (6) regra é estímulo discriminativo complexo novo com uma complicação funcional característica da emissão criativa, embora não se restrinja a esse contexto comportamental.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/4774
Date08 March 2010
CreatorsFerreira, Paulo Roberto dos Santos
ContributorsRose, Julio Cesar Coelho de
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Filosofia e Metodologia das Ciências, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccess

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