Submitted by PPGH null (poshisto@ufba.br) on 2017-06-20T14:00:55Z
No. of bitstreams: 1
Tese versão final Philipe Murillo.pdf: 3466567 bytes, checksum: c8fe01faf2d6f656a699468f88db5a08 (MD5) / Approved for entry into archive by Uillis de Assis Santos (uillis.assis@ufba.br) on 2017-06-27T23:44:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Tese versão final Philipe Murillo.pdf: 3466567 bytes, checksum: c8fe01faf2d6f656a699468f88db5a08 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-27T23:44:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese versão final Philipe Murillo.pdf: 3466567 bytes, checksum: c8fe01faf2d6f656a699468f88db5a08 (MD5) / O principal objetivo desta tese é analisar a relação entre os trabalhadores, o associativismo e a
política no sul da Bahia – Ilhéus e Itabuna – entre 1918 e 1934. Desde o final da década de
1910, o contingente de trabalhadores se tornou numeroso e heterogêneo nas duas principais
cidades do sul do estado. Preocupados em fugir da pobreza extrema, artistas, operários,
estivadores e caixeiros desenvolveram associações de classe, cujos objetivos eram o auxílio
mútuo, a beneficência e a assistência. Estas sociedades expressavam os modos pelos quais o
operariado enxergava a si próprio e o mundo ao seu redor. Em busca de reconhecimento
social e de atenção dos poderes públicos, estas categorias profissionais cunhavam uma
identidade baseada na ética positiva do trabalho para demonstrarem-se cidadãos laboriosos e
honestos. Desta forma, pretendiam não apenas se distinguir do restante da população pobre e
miserável – vista de forma pejorativa pelas autoridades como classes perigosas. Por
acréscimo, as associações se tornaram também um palco para a política de convivência e
reciprocidade entre trabalhadores e chefes políticos das oligarquias. O envolvimento dos de
baixo com deputados, coronéis e partidos a partir destas agremiações nos permite por em os
limites da participação política na I República. Em paralelo, os grêmios mutualistas não
ficaram restritos apenas à prática do assistencialismo. Nos anos 1920, eles foram também
protagonistas de campanhas e de protestos por direitos e contra a exploração de patrões,
tocando em questões como jornada de 8 horas, caixa de aposentadoria e pensões, férias e
demissão arbitrária. O saldo da cultura associativa de trabalhadores que se desenvolveu na I
República se depara com o pós-1930, tempo em que o Estado interfere na questão social.
Tornando-se um ator social coletivo emergente, as sociedades operárias vivenciaram de
diferentes formas a política de sindicalização das classes e da criação de leis trabalhistas
durante o Governo Provisório. Portanto, amparada em pesquisas de jornais, atas, relatórios,
correspondências, boletins e fontes judiciais, coletadas em arquivos da Bahia e de outros
estados, este trabalho se propõe a investigar como trabalhadores do interior da Bahia
formaram suas próprias agremiações, atuaram nas franjas de uma República oligárquica,
coronelista e excludente, encamparam a defesa de seus interesses e emergiram como sujeitos
históricos em Ilhéus e Itabuna.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/23329 |
Date | January 2015 |
Creators | Carvalho, Philipe Murillo Santana de |
Contributors | Negro, Antonio Luigi, Leal, Maria das Graças Andrade, Castellucci, Aldrin Amstrong Silva, Souza, Robério Santos, Rodrigues, Rogério Rosa |
Publisher | Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, UFBA, brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0015 seconds