Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. / Made available in DSpace on 2012-10-23T16:25:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
260105.pdf: 896224 bytes, checksum: 9b7e723f8489754a5ff958c107b37fa4 (MD5) / O acolhimento tem sido estudado no âmbito da saúde por autores que o definem como sendo responsável pela reorganização dos serviços de saúde, pela garantia de acesso e pela criação de vínculos. É tratado em meio à discussão da integralidade da atenção e da humanização das relações entre profissionais de saúde e usuários. O objetivo do presente estudo é analisar como o acolhimento tem sido operacionalizado pelos Assistentes Sociais. A investigação foi do tipo exploratória, de natureza qualitativa, e o universo, formado por treze Assistentes Sociais, de cinco Hospitais Estaduais situados na grande Florianópolis. Por meio de entrevistas gravadas, averiguou-se como as entrevistadas compreendem o acolhimento no tocante à sua concepção, aos objetivos, à operacionalização e quais os fundamentos em que baseiam seu fazer profissional. Os resultados alcançados revelaram que as definições sobre o acolhimento contêm diferentes elementos, como: fornecimento de informações; conhecimento da demanda do usuário; escuta; postura profissional; comportamento cordial; e classificação de risco. Os objetivos estabelecidos para o acolhimento foram: garantir o acesso do paciente; estabelecer o vínculo e subsidiar decisões das ações a serem empreendidas. A operacionalização do acolhimento ocorre mediante a realização de entrevistas, que é o momento do reconhecimento entre os sujeitos envolvidos bem como da situação do usuário. Quanto às bases que sustentam o agir profissional para a realização do acolhimento, foram identificados: conhecimento oriundo da formação interdisciplinar do Assistente Social; conhecimento das particularidades e normativas do campo da saúde; apropriação dos fundamentos teórico-metodológicos da profissão; e exigências do Código de Ética. Conclui-se que as bases de sustentação advindas do arsenal teórico e metodológico permearam as concepções acerca do acolhimento, com a inserção de práticas calcadas na integralidade e na totalidade, entretanto, com menos força, em oposição ao forte conteúdo ético e político. Nesse aspecto, pôde ser observado que, embora os Assistentes Sociais se alinhem ao pensamento de determinados autores, esse alinhamento nem sempre é demonstrado claramente. Ao contrário, muitas vezes, parece se realizar de forma bastante intuitiva. Pode-se dizer que, para o Serviço Social, o acolhimento é parte integrante do processo interventivo dos Assistentes Sociais. Ele congrega três elementos que agem em concomitância: a escuta, a troca de informações e o conhecimento da situação em que se encontra o usuário. Objetiva o acesso a direitos das mais diversas naturezas, bem como a criação de vínculo e a compreensão de elementos para fundamentar uma futura intervenção. É o momento de aproximação com o usuário, que demanda exigências quanto ao conhecimento, desde a utilização da entrevista até dos fundamentos teórico-metodológicos, ético-políticos da profissão, bem como das normativas do campo da saúde e da rede de proteção social, a fim de melhor atender as necessidades do usuário de forma resolutiva e com vistas ao cumprimento do princípio da integralidade.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/90888 |
Date | January 2008 |
Creators | Chupel, Cláudia Priscila |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Mioto, Regina Célia Tamaso |
Publisher | Florianópolis, SC |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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