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Profissionais do sexo feminino em trÃs Ãreas do cearÃ: fatores que ampliam a vulnerabilidade para DST/AIDS

ProstituiÃÃo pode ser encontrada em qualquer paÃs, independentemente do seu nÃvel de desenvolvimento. Esta ocupaÃÃo expÃe o indivÃduo a uma ampla gama de riscos para a saÃde. Este estudo documental, seccional investigou os fatores de risco para HIV e outras DST entre profissionais do sexo feminino em trÃs Ãreas geogrÃficas do CearÃ. Fatores relativos ao perfil sÃcio-demogrÃfico, conhecimentos e prÃticas relativas Ãs DST/aids, prevalÃncia da infecÃÃo pelo HIV e pelo Treponema palidum foram relacionados ao envolvimento em relaÃÃes sexuais desprotegidas. A amostra foi constituÃda por 819 mulheres que referiram prÃtica sexual remunerada nos 180 dias anteriores à pesquisa recrutadas atravÃs de snowball nos municÃpios de Fortaleza, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato, entre fevereiro e novembro de 2003. A anÃlise foi realizada atravÃs do STATA, versÃo 10.0. A prevalÃncia de HIV e sÃfils foi 2,1% e 19,5%, respectivamente. A maioria sÃo mulheres jovens (<28anos; 64,6%), pardas (61,1%), com ensino fundamental incompleto (56,6%), com relacionamentos estÃveis anteriores (44,1%), atuando em bares (54,2%) e bordÃis (17,5%), com alta frequÃncia de consumo de Ãlcool semanal (44,2%). O comportamento sexual revela envolvimento em relaÃÃes sexuais desprotegidas (35,1%). A prostituiÃÃo caracterizou-se por uma mÃdia de sete parceiros diferentes nos Ãltimos sete (7) dias da realiaÃÃo do estudo, cobranÃa de baixos valores (<R$ 20,00; 40,6%), altas taxas de uso de preservativo com parceiros pagantes (75,5%) e baixa entre os nÃo pagantes (30,4%), Na anÃlise bivariada, observou-se diferenca estatisticamente significante entre envolvimento em relaÃÃes sexuais desprotegidas (RSD) e aquelas maiores de 20 anos (37,0% vs..26,9%; p=0,02), com idade de inÃcio na prostituiÃÃo < 15 anos (43,6% vs..33,8%; p=0,05,escolaridade inferior a 8 anos (40,3% vs.. 27,2%; p=0,000), com relacionamento estÃvel (60,9% vs..30,8%; p=0,000), que tiveram DST nos Ãltimos 12 meses (42,0% vs.30,3%; p=0,001), as que possuÃram menos de 7 parceiros diferentes nos Ãltimos sete dias (38,8% vs.28,5%; p=0,004), com menos de 7 clientes na Ãltima noite (33,5% vs.. 28,5%; p=0,04), as que foram imunizadas contra hepatite B (27,1% vs.39,8%; p=0,001) e a inexistÃncia de ONGs no municÃpio de residÃncia (31,5% vs.. 50,7%; p=0,000). Na anÃlise multivariada, o risco foi acrescido para mulheres na faixa etÃria superior a 20 anos (OR=1.69, IC95%=1.30-2.20), com parceiro fixo (OR=2.99, IC95%=1.30-6.88) e que tiveram DST no Ãltimo ano (OR=1.77, IC95%=1.39-2.25). Ter ONGs de trabalhadoras do sexo com atuaÃÃo especÃfica junto a esta populaÃÃo nos municÃpios de residÃncia (OR=0.38, IC95%=0.32-0.44) e ter sido vacinada contra Hepatite B (OR=0.50, IC95%=0.44-0.58) mostraram ser fatores de proteÃÃo para RSD entre estas mulheres. Conclui-se que esta populaÃÃo à bastante vulnerÃvel ao HIV e outras DST e que aÃÃes prevetinvas desenvolvidas pelas ONG especÃficas parecem nÃo apenas fornecer informaÃÃes associadas a outras fontes, mas tambÃm despertam em seu pÃblico o sentimento de cidadania, auxiliam na melhoria do nÃvel de conhecimento, auto-estima e empowerment. Entretanto, estas aÃÃes ainda sÃo insuficientes na prevenÃÃo das RSD com parceiros nÃo pagantes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:2433
Date20 February 2009
CreatorsRaimunda Hermelinda Maia Macena
ContributorsLÃgia Regina Franco Sansigolo Kerr, Marli Teresinha Gimeniz GalvÃo, Florence Kerr-CorrÃa, Maria LÃcia Duarte Pereira, Carl Kendall
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicas, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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