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O Silenciar dos Atabaques: trajetória do candomblé de ketu em Goiânia

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Previous issue date: 2009-08-01 / O candomblé de ketu é a denominação para uma das nações
do candomblé. Este é apenas uma das religiões que se configuraram
a partir da matriz africana no país. È importante destacar o culto de
voduns que se desenvolveu no Maranhão, chamado de tambor de
mina, o culto aos orixás no Rio Grande do Sul, o batuque, e o culto
aos egun-guns, principalmente, na Ilha de Itaparica, na Bahia. A
tradição religiosa africana, da África Ocidental, foi reconfigurada sob
várias estruturas religiosas distintas. Foi escolhida a que alcançou
maior número de participantes e a maior influência na sociedade,
tendo seus códigos religiosos mais divulgados e inseridos na cultura
brasileira, se é que esta expressão é Adequada. Grande parcela da
população brasileira já ouviu falar de Oxalá ou Iemanjá, orixás do
povo ioruba e deuses do candomblé brasileiro.
The tratar distigiões e mais especificamente do
candomblé de ketu optou-se pela denominação de religiões afrobrasileiras,
conceito usado pela maioria dos autores que
referenciaram este estudo. Não desconheço a polêmica recente entre
religiões de matriz africana e as afro-brasileiras. Nesta interpretação
a primeira denominação é usada para se referir às que preservam
mais efetivamente a tradição africana e a segunda denominação para
as que sintetizaram outros elementos culturais à matriz africana, caso
da umbanda. A opção pelo conceito de religiões afro-brasileiras dá-se
pela idéia de que a reconfiguração se dá em uma territorialidade
específica, em suens dimensões ambientais, históricas e culturais, o
Brazil, que dá novas dimensões à matriz africana.
A representatividade da fala torna-se mais abrangente à
medida que alcance outros segmentos que comp aem hierarquia das
casas. Neste sentido, foi importante ouvir, também, outros iniciados,
desde os egbomis até os cargos, como ogãs e ekedis de diferentes
casas de Goiânia. Os egbomis expressam uma visão de articulação
das casas, com uma leitura mais ampla sobre a dinâmica que se
desenvolve nelas, do cotidiano, conflitos e tensões. Elementos como
as crises de relacionamento, distribuição de funções e tarefas são
percebidos por outro olhar, que não o de comando, representado pelo
babalorixá ou ialorixá. / O candomblé de ketu é a denominação para uma das nações
do candomblé. Este é apenas uma das religiões que se configuraram
a partir da matriz africana no país. È importante destacar o culto de
voduns que se desenvolveu no Maranhão, chamado de tambor de
mina, o culto aos orixás no Rio Grande do Sul, o batuque, e o culto
aos egun-guns, principalmente, na Ilha de Itaparica, na Bahia. A
tradição religiosa africana, da África Ocidental, foi reconfigurada sob
várias estruturas religiosas distintas. Foi escolhida a que alcançou
maior número de participantes e a maior influência na sociedade,
tendo seus códigos religiosos mais divulgados e inseridos na cultura
brasileira, se é que esta expressão é adequada. Grande parcela da
população brasileira já ouviu falar de Oxalá ou Iemanjá, orixás do
povo ioruba e deuses do candomblé brasileiro.
Para tratar destas religiões e mais especificamente do
candomblé de ketu optou-se pela denominação de religiões afrobrasileiras,
conceito usado pela maioria dos autores que
referenciaram este estudo. Não desconheço a polêmica recente entre
religiões de matriz africana e as afro-brasileiras. Nesta interpretação
a primeira denominação é usada para se referir às que preservam
mais efetivamente a tradição africana e a segunda denominação para
as que sintetizaram outros elementos culturais à matriz africana, caso
da umbanda. A opção pelo conceito de religiões afro-brasileiras dá-se
pela idéia de que a reconfiguração se dá em uma territorialidade
específica, em suas dimensões ambientais, históricas e culturais, o
Brasil, que dá novas dimensões à matriz africana.
A representatividade da fala torna-se mais abrangente à
medida que alcance outros segmentos que compõem a hierarquia das
casas. Neste sentido, foi importante ouvir, também, outros iniciados,
desde os egbomis até os cargos, como ogãs e ekedis de diferentes
casas de Goiânia. Os egbomis expressam uma visão de articulação
das casas, com uma leitura mais ampla sobre a dinâmica que se
desenvolve nelas, do cotidiano, conflitos e tensões. Elementos como
as crises de relacionamento, distribuição de funções e tarefas são
percebidos por outro olhar, que não o de comando, representado pelo
babalorixá ou ialorixá.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ambar:tede/3788
Date01 August 2009
CreatorsTorres, Marcos Antonio Cunha
ContributorsReinato, Eduardo José
PublisherPontifícia Universidade Católica de Goiás, Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em História, PUC Goiás, Brasil, Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS, instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás, instacron:PUC_GO
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-1461180386846979075, 500, 500, 600, 6957070094483315094, -3840921936332040591

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